Subaru Tribeca H6 é o SUV 4×4 de 7 lugares que surpreende: tração integral permanente, motor boxer ~250 cv, interior versátil e preço que cabe no bolso.
O mercado brasileiro tem seus queridinhos quando o assunto é SUV 7 lugares. Mas, de vez em quando, surge um “fora da curva” com proposta técnica séria, construção caprichada e preço que desmonta qualquer preconceito. É o caso do Subaru Tribeca H6: um SUV grande, japonês, com tração integral permanente, pacote de segurança completo e interior versátil digno de carro família — tudo isso com tabela na casa de R$ 49 mil e negócios reais aparecendo até abaixo de R$ 60 mil, dependendo do estado de conservação e procedência. Pouca gente lembra dele, mas quem conhece fica impressionado: é um 4×4 de verdade, com engenharia que remete à escola clássica da Subaru.
Subaru Tribeca H6: 4×4 de verdade com sete lugares e construção robusta
Lançado para disputar espaço com SUVs tradicionais de grande porte, o Tribeca foi o topo de linha da Subaru no Brasil. Mede 4,86 m de comprimento, 1,88 m de largura e 1,72 m de altura, com entre-eixos de 2,75 m.
A suspensão é independente nos dois eixos e os freios são a disco nas quatro rodas com ABS. A altura livre do solo de 21 cm e os pneus 225/55 R18 reforçam a vocação “família que gosta de estrada ruim”, sem perder conforto no asfalto.
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Motor boxer de 6 cilindros: suavidade e força constantes
O coração do Tribeca é o H6 boxer (seis cilindros opostos horizontalmente), famoso pelo funcionamento suave, baixo nível de vibração e entrega linear de torque.
Em catálogos e materiais de época, há variações de potência por mercado e ano, girando entre cerca de 250 e pouco menos de 280 cv.
Para o leitor brasileiro, vale fixar a referência de ~250 cv, que conversa bem com a proposta da matéria e com o que se encontra na prática por aqui.
O câmbio automático é de 5 marchas com conversor de torque, priorizando conforto. O 0–100 km/h na faixa de 9 segundos mostra que, mesmo pesado (quase 2 toneladas), o Tribeca anda forte quando solicitado.
Tração integral permanente: estabilidade e segurança no molhado
Diferente de SUVs que “viram 4×4” só quando a frente patina, o sistema do Tribeca trabalha o tempo todo, repartindo o torque de forma inteligente e auxiliado por controles eletrônicos de estabilidade e tração.
Em piso molhado, serras com asfalto ruim ou estradas de terra, a sensação é de segurança constante. Não é um jipe “purista”, mas passa longe de ser apenas um crossover: entrega aderência e controle típicos da engenharia da Subaru.
Interior versátil de sete lugares: espaço, ar para todos e praticidade de verdade
Para família grande, o Tribeca acerta na configuração interna. No modo de cinco lugares, o porta-malas oferece cerca de 525 litros.
Com a terceira fileira erguida, ainda sobram aproximadamente 200 litros, e rebatendo tudo o volume pode passar dos 2.000 litros com espaço para bicicleta, pequenos móveis e aquela mudança de fim de semana. Os bancos do meio são tripartidos, corrediços e reclináveis, permitindo múltiplas combinações para levar pessoas e bagagem.
Há saídas de ar para as fileiras traseiras, pontos de energia 12 V, Isofix e um bom nível de conforto para viagens. A terceira fileira, como em quase todos os SUVs de 7 lugares, atende melhor crianças e adultos por trechos curtos.
Equipamentos que surpreendem num usado de R$ 50–60 mil
Mesmo sendo um projeto de meados dos anos 2000, o pacote impressiona: teto solar, bancos dianteiros elétricos (com memória para o motorista), aquecimento de bancos, volante multifuncional, ar-condicionado com atendimento às fileiras traseiras (na prática, um gerenciamento “tri-zona”), faróis com projetor e xenônio, lavador de faróis, faróis de neblina dianteiro e traseiro, airbags múltiplos incluindo cortina até a terceira fileira e acabamento interno de boa qualidade.
É um daqueles casos em que o usado “custo-benefício” entrega coisas que SUVs compactos atuais, muito mais caros, ainda deixam na lista de opcionais.
Não há milagre: um H6 aspirado movendo quase 2 toneladas não será referência de economia. Em perímetro urbano, espere algo entre 4 e 7 km/l, variando com trânsito, relevo e pé do motorista. Em viagem, com velocidade de cruzeiro estável, cabem médias na casa de 9 a 12/13 km/l.
O tanque de 64 litros garante alcance decente e, graças ao câmbio de 5 marchas, o giro em estrada fica civilizado. Onde ele brilha é no conforto de rodagem, silêncio a bordo e estabilidade — a combinação de tração integral e acerto de suspensão deixa o carro plantado no asfalto.
Seguro e sensação de propriedade
Cotação de seguro depende de perfil, CEP e histórico do condutor, mas a experiência de donos indica prêmios viáveis para a categoria, especialmente se a apólice for focada em roubo/furto e perdas maiores.
O ponto é que o Tribeca já parte de uma base de compra baixa para o que entrega: dá para montar um pacote racional de custos como seguro, manutenção preventiva e pneus sem estourar o orçamento típico de quem mira SUVs familiares usados.
“Fama de não dar manutenção”: o que é mito e o que é verdade
A robustez mecânica e o projeto japonês ajudam. Porém, qualquer SUV de grande porte exige manutenção preventiva em dia.
O Tribeca não costuma ser um “come-bolso” se você compra um bom exemplar e segue o plano de revisões. Para o leitor organizar o orçamento, uma fotografia de peças e serviços de rotina que se vê no mercado independente:
• Troca de óleo (cerca de 6 litros) + filtro: valores acessíveis no comparativo com outros SUVs.
• Amortecedores: dianteiros e traseiros podem somar algo entre baixo e médio quatro dígitos, conforme marca e qualidade.
• Velas e bobinas: velas por volta de algumas centenas de reais o jogo; bobinas individuais na casa de algumas centenas cada (são seis).
• Bandejas, bieletas, buchas: custos condizentes com o porte; nada fora da realidade para um SUV grande.
• Sistema de arrefecimento (radiador, bomba d’água, válvula termostática): valores honestos na reposição paralela de qualidade.
O grande alerta é a compra certa: por ser um modelo raro no Brasil, componentes de acabamento, faróis específicos, para-brisa e itens “de carroceria” podem ser mais chatos de achar e às vezes exigem importação. Entre pagar menos em um carro cansado e pagar um pouco mais em um carro íntegro, vá na segunda opção.
Como comprar o Tribeca certo: checklist prático
- Histórico e procedência: consulte laudos, eventuais passagens por leilão, multas e sinistros.
- Arrefecimento: examine vazamentos, estado do radiador e da bomba d’água; H6 trabalha com tolerâncias justas.
- Suspensão e direção: verifique folgas, barulhos e amortecedores; o carro pesa quase 2 t.
- Transmissão automática: trocas suaves, sem trancos; confirme manutenção preventiva do fluido.
- Elétrica e ar-condicionado: teste tudo, inclusive aquecimento de bancos, teto solar e ventilação traseira.
- Acabamentos e iluminação: faróis com projetor, lavador, para-brisa e plásticos internos em bom estado evitam dor de cabeça.
Na época, ele orbitava entre Touareg, Grand Cherokee, Sorento, Veracruz, Outlander V6 e até Ford Edge em algumas leituras.
Em uso real, o Tribeca entrega o “pacote Subaru”: tração integral honesta, construção sólida, ergonomia bem pensada e um interior que funciona para família. O depreço o deixou numa faixa de preço irresistível para quem entende o que está comprando.
Se você busca um 7 lugares confortável, seguro e com verdadeiro 4×4 para enfrentar chuva, serra e chão batido e quer fugir do óbvio, o Subaru Tribeca H6 é uma compra inteligente. Ele combina engenharia de respeito, equipamento de carro caro e um preço que, hoje, cabe no bolso de quem estava mirando SUVs menores e bem mais simples.
A condição é clara: achar um exemplar bem cuidado e seguir a cartilha da manutenção preventiva. Feito isso, você leva para a garagem um “quase esquecido” que dá aula de estabilidade, silêncio e versatilidade.
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