Os bioinsumos reforçam a sustentabilidade no agronegócio brasileiro, unindo inovação científica, cooperativismo e políticas públicas para impulsionar uma agricultura de baixo carbono e competitiva no cenário global
A sustentabilidade no agronegócio tornou-se um dos maiores diferenciais competitivos do Brasil, segundo uma matéria publicada.
No centro dessa transformação estão os bioinsumos, que são produtos biológicos derivados de microrganismos, plantas e minerais que substituem ou complementam insumos químicos na produção agrícola.
O tema foi destaque no 2º Fórum Bioinsumos no Agro, realizado no último dia 9 de outubro, em São Paulo, reunindo autoridades, pesquisadores e líderes do setor.
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Promovido pela Embrapa, Sistema Ocesp e Sociedade Rural Brasileira (SRB), o evento consolidou o papel estratégico dos bioinsumos como pilares de uma economia de baixo carbono, inovação tecnológica e preservação ambiental.
A iniciativa evidenciou que o caminho para o futuro do campo passa pela união entre ciência, regulamentação eficiente e comunicação com a sociedade, fatores essenciais para fortalecer o agro nacional e preparar o país para a COP30, que acontecerá no Brasil no mês de novembro.
Agricultura de baixo carbono e inovação científica no avanço dos bioinsumos
Durante o fórum, especialistas como Paula Packer, chefe-geral da Embrapa Meio Ambiente, reforçaram que os bioinsumos são fundamentais para acelerar a transição para uma agricultura de baixo carbono.
Essa abordagem integra práticas sustentáveis que reduzem emissões e aumentam a eficiência do uso dos recursos naturais.
No painel “Prioridades para o desenvolvimento sustentável”, nomes como Eduardo Bastos (IEAg/ABAG) e Rodrigo Mendes (Embrapa Meio Ambiente) destacaram que o avanço do setor depende diretamente da ampliação de investimentos em pesquisa e inovação.
Mendes salientou que a pesquisa básica é o ponto de partida para descobertas capazes de transformar o campo, abrindo espaço para tecnologias biológicas mais acessíveis e eficazes.
Essa conexão entre ciência e produção fortalece a sustentabilidade no agronegócio, criando condições para que o Brasil lidere uma nova era de produtividade limpa e competitiva.
Cooperativismo rural e comunicação estratégica na consolidação dos bioinsumos
O painel sobre cooperativismo rural e gestão sustentável mostrou que a união entre produtores, cooperativas e instituições é essencial para fortalecer o mercado de bioinsumos.
Sob moderação de Francisco Matturro (Rede ILPF/ABAG), o debate reuniu especialistas como Matheus Kfouri Marino (Coopercitrus), Marco Vinholi (Sebrae-SP) e Camila Macedo Soares (Biomarketing).
Eles destacaram que a comunicação eficiente é um instrumento decisivo para ampliar a percepção pública sobre os benefícios dos bioinsumos e consolidar a imagem positiva da produção sustentável.
Além disso, a capacitação de profissionais e o incentivo à inovação nas cooperativas têm permitido o acesso de pequenos e médios produtores a soluções biológicas antes restritas a grandes propriedades.
Essa integração reforça a sustentabilidade no agronegócio, promovendo inclusão, geração de renda e fortalecimento das cadeias produtivas regionais.
Regulamentação moderna e papel estratégico do Brasil na economia verde rumo à sustentabilidade no agronegócio
No debate sobre economia verde e regulamentação de bioinsumos, liderado por Roberto Betancourt (Fiesp), representantes de órgãos como MAPA, Abisolo e CropLife Brasil apontaram os avanços e desafios da Lei dos Bioinsumos.
A principal meta é construir um marco legal moderno e alinhado às normas internacionais, garantindo segurança jurídica e estimulando novos investimentos no setor.
Segundo os painelistas, a previsibilidade regulatória é indispensável para dar escala à produção e consolidar o Brasil como referência global em sustentabilidade agrícola.
Na visão do professor Roberto Rodrigues (FGV), o país tem uma vantagem competitiva singular: clima favorável, biodiversidade abundante e capacidade científica para liderar a transição rumo a uma economia mais verde.
Essa visão estratégica reforça que a sustentabilidade no agronegócio não é apenas um conceito, mas uma rota concreta de desenvolvimento econômico e ambiental, capaz de colocar o Brasil na vanguarda da agricultura global.



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