A gripe aviária está impactando o mercado de países como EUA, Portugal, Reino Unido e outros. Consequentemente, uma possível escassez de ovos está por vir, deixando os brasileiros cada vez mais preocupados.
Consumidores de países como Reino Unido, Portugal, Nova Zelândia e Estados Unidos possuem uma nova preocupação: a falta de ovos de galinha nas prateleiras dos supermercados. A ausência deste produto em escala global possui diversas explicações. Uma delas é a gripe aviária, uma doença viral altamente contagiosa que afeta diversas espécies de aves produtoras de alimentos como galinhas, perus, codornas, entre outras.
Escassez de ovos em cada país
Na Europa, a escassez de ovos é outro efeito da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que tem gerado uma preocupação também no fornecimento de gás ao longo do inverno. A alta dos custos da energia elétrica e dos grãos, aliada ao surto de gripe aviária no continente, impacta a oferta do alimento. Além da Europa, o surto também impacta a oferta nos Estados Unidos.
Com a redução da oferta, o número de apreensões de ovos contrabandeados do México aumentou. Por ora, não há nenhum caso de gripe aviária no Brasil e, portanto, a expectativa é que não haja escassez, mas os preços podem sofrer alterações devido à menor produção prevista para 2023.
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Na Nova Zelândia, a ausência de ovos é explicada pelo processo gradual de zerar a criação de aves em gaiolas. Esta iniciativa iniciou-se há cerca de 11 anos e levou ao aumento dos custos de produção, não acompanhado pela expansão da demanda.
Brasil conta com barreiras contra a gripe aviária
Na última semana, Augusto Omena, presidente da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas (Adaf), informou que o estado está com barreiras e com toda a estrutura de vigilância sanitária animal em alerta para evitar que a gripe aviária entre no Brasil, gerando assim uma escassez de ovos.
Omena destaca que o governador Wilson Lima, ao ser informado pelo ministério sobre casos em países vizinhos, determinou que fossem adotadas todas as estratégias para evitar que a doença chegue ao país pelas fronteiras. De imediato, o presidente da Adaf enviou técnicos para coletar sangue em 102 granjas de 25 municípios do Amazonas.
Em novembro do último ano, foram detectados casos de Influenza Aviária (IA) na Colômbia, no Peru, no Equador, na Venezuela e no Chile, expandindo o nível de atenção para a doença no Amazonas. Assim que foi confirmada a doença nos países vizinhos, uma equipe de fiscais agropecuários, composta por médicos veterinários da Adaf, foi formada para atuar com vigilância ativa em Tonantins, Amaturá, Santo Antônio do Içá, Benjamin Constant, São Paulo de Olivença, Tabatinga e Atalaia do Norte, que compõem a área de fronteira do país com outros países atingidos pela doença.
Para que servem os materiais coletados?
Um total de 25 cidades do estado foram selecionadas pelo Mapa e a ação cumpre o plano de Vigilância de Influenza Aviária e Doença de Newcastle. A coleta dos materiais tem como objetivo a detecção precoce de casos de Influenza Aviária (IA) e Doença de Newcastle (DNC) nas populações de aves silvestres e domésticas.
Além disso, a coleta visa demonstrar a falta destas doenças na avicultura industrial, conforme as diretrizes internacionais de vigilâncias para fins comerciais e também para o monitoramento da ocorrência de cepas virais de gripe aviária, para subsidiar estratégias de saúde animal e pública.
A Adaf iniciará a campanha de vacinação “Amazonas sem Febre Aftosa” e, segundo informações do presidente da entidade, conta com o apoio do Laboratório Central da Fundação de Vigilância em Saúde (FVS) para a conservação destas amostras.
É importante mencionar que, eventualmente, a doença atinge os seres humanos, podendo até mesmo provocar a morte. Normalmente, a gripe aviária infecta pessoas com contato direto com os animais doentes, como profissionais que trabalham em granjas.