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Surto de diarreia e vômito em plataforma da Petrobras

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 22/08/2019 às 01:00

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plataforma merluza Petrobras

Segundo o Sindipetro, empresa está ignorando problema, que pode comprometer o funcionamento e a segurança da plataforma. Petrobras nega omissão.

O Sindipetro informou nesta quarta-feira, 21 que os trabalhadores embarcados na plataforma de Merluza, a 180 quilômetros da costa de Praia Grande, no litoral de São Paulo, estão enfrentando um surto de diarreia e vômito desde o fim de semana. A Petrobras afirma ter prestado assistência apesar de recentemente um funcionário ter se ferido na plataforma da companhia.

Segundo o Sindicato dos Petroleiros do Litoral Paulista, a suspeita é que tenha ocorrido contaminação da água ou da comida servida aos trabalhadores. Pelo menos seis deles já tinham apresentado os sintomas até a noite desta terça-feira, 20, mas há outros funcionários terceirizados, não quantificados, com o mesmo quadro.

A direção do sindicato que representa a categoria informou que a situação enquadra-se no protocolo de suspeita de Doença Transmitida por Alimentos (DTA). Os trabalhadores teriam que ser desembarcados o mais rápido possível e toda a estrutura de suprimento deveria ser analisada para evitar comprometer a operação da plataforma.

O Sindipetro afirma que a Petrobras ignora a situação e que não quer classificar a suspeita como surto. “A gerência de Merluza se negou a participar de reunião convocada pelos representantes da Cipa (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes), prevista em situações como essa”, declarou a entidade por meio de comunicado.

“O descaso com a saúde do trabalhador é tão escancarado, que até mesmo o livro de queixas e elogios que ficava disponível no refeitório [da plataforma de Merluza] está sendo escondido dos petroleiros”, escreveu a diretoria do sindicato no mesmo texto. Eles cobram uma ação da Petrobras para reparar, conter e reverter o problema.

A plataforma de Merluza está em operação desde 1993 nos campos de gás de Merluza e Lagosta, a uma profundidade de 131 metros. Segundo a Petrobras, a produção é escoada para o continente por meio de um gasoduto de 215 quilômetros entre a plataforma até a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC) em Cubatão.

A Petrobras, por nota, informou que “quatro trabalhadores da plataforma tiveram indisposição alimentar no domingo”, mas que foram liberados para as atividades. Segundo a companhia, os funcionários foram atendidos preventivamente e de imediato na enfermaria da unidade, com acompanhamento médico por videoconferência.

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Paulo Nogueira

Com formação técnica, atuei no mercado de óleo e gás offshore por alguns anos. Hoje, eu e minha equipe nos dedicamos a levar informações do setor de energia brasileiro e do mundo, sempre com fontes de credibilidade e atualizadas.

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