A jornada da Suíça para se tornar líder em infraestrutura de transporte. A Suíça, conhecida por seu desenvolvimento econômico robusto, cultura rica e paisagens estonteantes, não é apenas um marco no setor financeiro e turismo.
O país também se destaca em inovação e tecnologia, agora tendo em seu currículo o maior túnel do mundo: o túnel base de São Gotardo.
Localizada no coração dos Alpes, a Suíça sempre enfrentou desafios geográficos para transportar mercadorias e pessoas. O túnel base de São Gotardo foi projetado para resolver esses problemas.
Uma das motivações principais para a construção do túnel foi aumentar a eficiência no transporte, tanto de cargas quanto de passageiros, melhorando a conectividade entre as regiões linguísticas diferentes da Suíça. Além disso, a intenção era minimizar acidentes rodoviários e impactos ambientais.
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Gigantesco projeto e desafios na construção na Suíça
Construído a um custo colossal de US$ 12 bilhões, o projeto começou em 1999 e durou quase duas décadas. Coordenado por diversas empresas de engenharia e tecnologia, o túnel enfrentou vários obstáculos.
Escavações revelaram 73 tipos distintos de rochas, desde as mais resistentes até as mais frágeis, algo como “cortar açúcar“, para usar uma expressão popular.
A construção do túnel foi um feito de engenharia preciso. Apenas um desvio de 8 cm na horizontal e 1 cm na vertical foi registrado, o que é vital quando se trata de uma estrutura desse porte. O túnel possui 176 galerias transversais para diversas finalidades, incluindo sistemas de emergência e ventilação.
Impacto ambiental e social
A Suíça não deixou pedra sobre pedra para garantir que o projeto tivesse o mínimo impacto ambiental possível. O túnel também foi construído com tecnologias modernas de segurança, embora, infelizmente, nove trabalhadores tenham perdido suas vidas durante a construção.
Inaugurado em 1º de junho de 2016, o túnel base de São Gotardo não é apenas uma vitória para a Suíça, mas para todo o continente europeu, melhorando a logística e a mobilidade. Trens de passageiros alcançam velocidades de até 250 km/h, encurtando o tempo de viagem significativamente.
O túnel base de São Gotardo não é apenas um testamento à engenharia e inovação suíças, mas também um exemplo de como investimentos maciços em infraestrutura podem beneficiar tanto a economia quanto a sociedade em geral.
Agora, o mundo volta seus olhos para a Suíça, que mais uma vez mostra que tamanho não é documento quando se trata de fazer história.
Em um cenário recente de incidentes, como o descarrilamento ocorrido em agosto deste ano, fica o alerta para a necessidade contínua de investimento em segurança e manutenção.
Mesmo sendo uma obra-prima da engenharia, ainda há desafios a serem enfrentados para garantir a operação segura e eficaz deste gigante subterrâneo.