Com novo investimento de R$ 105 milhões, a Sudene acelera a geração de energia eólica no parque Borborema II
A Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) anunciou nesta segunda-feira (15), a liberação de R$ 105,3 milhões do Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) para a Central Eólica Borborema II S.A., localizada no município de Pocinhos, na Paraíba. Este aporte representa a segunda parcela de um financiamento total de R$ 235,7 milhões, destinado à expansão da geração de energia eólica no estado.
O investimento é parte de uma estratégia nacional para fortalecer a matriz energética brasileira com fontes renováveis, especialmente no Nordeste, onde o potencial eólico é elevado. A iniciativa reforça o papel da Sudene como agente de transformação regional, promovendo desenvolvimento sustentável e inovação tecnológica.
Investimento da Sudene impulsiona geração de energia eólica na Paraíba
O parque eólico Borborema II integra o Complexo Eólico Serra da Borborema, composto por quatro parques operados pela EDP Renováveis Brasil, subsidiária do grupo português EDPR. Com oito aerogeradores e potência instalada de 47,2 MW, Borborema II se destaca como o maior empreendimento de geração de energia eólica da Paraíba, segundo o diretor de Fundos, Incentivos e de Atração de Investimentos da Sudene, Heitor Freire.
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O investimento total para viabilizar o projeto é de R$ 437,3 milhões, sendo que o financiamento da Sudene cobre 53% desse valor. A primeira parcela, de R$ 62,6 milhões, foi liberada em fevereiro de 2025, com o Banco do Brasil atuando como agente financeiro operador. A liberação da segunda parcela marca um avanço decisivo na conclusão do projeto.
Detalhes técnicos do parque eólico Borborema II
O parque Borborema II está em fase final de implantação e deve ser inaugurado nas próximas semanas. Os oito aerogeradores instalados utilizam tecnologia de ponta, com alta eficiência na conversão de energia cinética em elétrica. A operação será integrada ao sistema nacional de distribuição, garantindo estabilidade e confiabilidade no fornecimento.
A geração de empregos também é um ponto relevante. Estima-se que Borborema II criará 56 postos de trabalho diretos e indiretos. Considerando todo o Complexo Serra da Borborema, o número sobe para 337 vagas, promovendo desenvolvimento socioeconômico na região. Além disso, a infraestrutura do complexo inclui 30 km de linhas de transmissão, conectando os parques à rede elétrica nacional.
Sudene e o papel estratégico do FDNE no desenvolvimento regional
A Sudene tem desempenhado papel fundamental na promoção de investimentos estruturantes no Nordeste. O FDNE é um dos principais instrumentos de financiamento da autarquia, permitindo a alavancagem de projetos alinhados ao Plano Regional de Desenvolvimento do Nordeste (PRDNE), à Nova Indústria Brasil (NIB) e ao Plano de Transição Ecológica (PTE).
O fundo pode financiar até 80% do valor de um empreendimento, com prazos de pagamento que chegam a 20 anos. Além de parques eólicos e solares, o FDNE tem viabilizado iniciativas como a Ferrovia Transnordestina, a fábrica da Stellantis em Goiana (PE) e a modernização do saneamento básico da Região Metropolitana do Recife.
A atuação da Sudene, por meio do FDNE, tem sido decisiva para transformar o potencial energético do Nordeste em realidade econômica e ambiental. O investimento em Borborema II é um exemplo claro dessa política de fomento.
Geração de energia eólica e sustentabilidade ambiental
A ampliação da geração de energia eólica no Nordeste é uma prioridade estratégica para o Brasil. O Complexo Serra da Borborema, que inclui Borborema II, possui capacidade instalada de 123 MW, suficiente para abastecer uma cidade com cerca de 300 mil habitantes diariamente.
Além de contribuir para a segurança energética, o projeto reforça o compromisso com a transição ecológica e a redução das emissões de carbono. A energia eólica é uma das fontes mais limpas e sustentáveis disponíveis, e sua expansão na Paraíba representa um avanço significativo na matriz energética nacional.
A geração de energia eólica também reduz a dependência de fontes fósseis, como carvão e petróleo, e contribui para o cumprimento das metas do Acordo de Paris. O Brasil, ao investir em projetos como Borborema II, fortalece sua posição como líder global em energia limpa.
Paraíba como polo de geração de energia eólica
A Paraíba tem se destacado como um dos estados com maior potencial para geração de energia eólica. Estudos indicam que a região possui ventos constantes e de alta velocidade, ideais para a instalação de aerogeradores. O apoio da Sudene e o investimento privado têm sido decisivos para transformar esse potencial em realidade.
Com a inauguração de Borborema II, o estado reforça sua posição estratégica no mapa energético brasileiro, atraindo novos investimentos e promovendo desenvolvimento regional. A geração de energia eólica na Paraíba não apenas fortalece a economia local, mas também contribui para a diversificação da matriz energética nacional.
Além disso, o projeto Borborema II serve como modelo para futuras iniciativas no setor, demonstrando a viabilidade técnica e econômica da energia renovável no Nordeste.
Dados atualizados sobre o setor eólico no Brasil
Segundo a Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), o Brasil possui mais de 33,7 GW de capacidade instalada em energia eólica, distribuídos em mais de 1.103 parques. O Nordeste concentra cerca de 85% dessa produção, com destaque para os estados da Bahia, Rio Grande do Norte, Ceará e Paraíba.
A expectativa é que o setor continue crescendo nos próximos anos, impulsionado por políticas públicas, incentivos financeiros e avanços tecnológicos. O projeto Borborema II se insere nesse contexto como exemplo de eficiência, planejamento e impacto positivo.
A ABEEólica também aponta que a energia eólica já representa cerca de 12% da matriz elétrica brasileira, com tendência de crescimento contínuo. A expansão de parques como Borborema II é essencial para alcançar metas de sustentabilidade e segurança energética.
Investimento da Sudene fortalece o futuro energético do Brasil
A liberação de R$ 105 milhões pela Sudene para o parque eólico Borborema II representa mais do que um simples investimento. É um marco na trajetória de fortalecimento da geração de energia eólica na Paraíba e no Brasil. O projeto alia inovação, sustentabilidade e impacto social, contribuindo para uma matriz energética mais limpa e eficiente.
Ao integrar o maior empreendimento do setor no estado, Borborema II se torna símbolo de progresso e compromisso com o futuro. A atuação da Sudene, por meio do FDNE, demonstra como políticas públicas bem estruturadas podem transformar realidades e impulsionar o desenvolvimento regional.
Para quem acompanha o setor energético, este é um exemplo claro de como o Nordeste brasileiro está se consolidando como protagonista na transição energética global. A geração de energia eólica, especialmente em estados como a Paraíba, é uma aposta segura para garantir um futuro sustentável, competitivo e inovador.