A Panasonic do Brasil prevê um crescimento gradual da mão de obra contratada na cidade em torno de 20% ao longo do desenvolvimento do projeto
Com R$ 300 milhões, a Panasonic do Brasil, subsidiária brasileira do conglomerado japonês Panasonic Corporation, ainda tem muitos planos para Minas Gerais se materializando através desse investimento significativo. Esse é a maior aporte que a corporação já fez na última década e tem como objetivo a ampliação da fábrica de linha branca de Extrema, no sul do estado. As metas do projeto incluem aumentar a produtividade, trazer novos produtos e dobrar a capacidade da empresa de fabricar refrigeradores e máquinas de lavar.
O projeto de expansão da planta de Extrema começou em fevereiro do ano passado e está programado para terminar em abril. O espaço de produção vai dobrar, de 60.000 metros quadrados para 80.000 m², e a instalação expandida começará a operar com capacidade total em agosto. Mais banheiros e uma área de armazenamento maior estão entre as atualizações estruturais da unidade.
A Panasonic anseia por expansão de seu projetos
A corporação prevê um crescimento gradual da mão de obra contratada na cidade em torno de 20% ao longo do desenvolvimento do projeto. Atualmente, existem cerca de 1.200 pessoas trabalhando na indústria em Extrema. Com unidades fabris em Manaus (AM) e São José dos Campos (SP) e escritório administrativo e comercial no estado de São Paulo, a empresa emprega mais de 2.000 pessoas em todo o Brasil.
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Sergey Epof, vice-presidente de Appliance da Panasonic do Brasil, forneceu os detalhes. Ele afirma que a popularidade do produto da Extrema no Brasil foi um fator importante para convencer os investidores a apoiar a empresa. Como “trouxemos produtos diferentes dos existentes no mercado”, diz ele, “conseguimos atender às necessidades do consumidor”.
Quando comparados aos requisitos básicos do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, os produtos da Epof, como os refrigeradores, são mais silenciosos, possuem melhor tecnologia de conservação de alimentos e consomem menos energia (Inmetro). No mesmo sentido, introduziu classes de lavadoras com menor consumo de água e energia e maior eficiência de lavagem.
Políticas de ESG Panasonic
Segundo a Epof, a unidade mineira é a “fábrica verde” da corporação por conta de diversas práticas ambientalmente conscientes, como a coleta e o reaproveitamento da água da chuva. Em janeiro de 2024, ela poderá fornecer 60% da usina de Extrema com energia solar, graças a um projeto que acabou de ser concluída em conjunto com outra empresa.
Assim como as outras duas fábricas brasileiras, a do sul de Minas não emite carbono e ajuda a empresa a cumprir suas metas ESG (Ambiental, Social e de Governança). A saber: “A Panasonic valoriza a responsabilidade social. Segundo ele, “tudo está ligado ao ESG” quando se trata de trabalhar em questões como eficiência de produto e eficiência de fabricação.
A matriz japonesa estabeleceu metas e procedimentos para atingir a neutralidade de carbono em um documento intitulado “Impacto Verde”. A meta é não ter emissões líquidas de CO2 de empresas operacionais até 2030 e reduzir as emissões em mais de 300 milhões de toneladas até 2050, o que equivale a cerca de 1% das emissões mundiais atuais. Epof enfatiza: “É um desafio muito corajoso que a corporação enfrenta, e as unidades no Brasil já estão alguns passos à frente disso”.