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Subiu de novo: barril de petróleo Brent passa dos US$120 e pressiona Petrobras a reajustar o preço dos combustíveis no Brasil

Escrito por Sabrina Moreira Paes
Publicado em 01/06/2022 às 23:17
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Aumento mundial no barril de petróleo pode trazer consequências para o Brasil também | Foto: Canva Pro

A alta no preço do barril de petróleo já é a maior dos últimos 2 meses e novas sanções à Rússia e fim das restrições na China podem ser responsáveis

Na última segunda-feira, 30 de maio de 2022, a cotação internacional do barril de petróleo do tipo Brent bateu mais de US$ 120. O valor é considerado o mais alto nos últimos 2 meses e um dos maiores nos últimos 4 anos. Especialistas apontam que isso pode ser resultado de novas sanções impostas à Rússia devido à guerra contra a Ucrânia e o fim de restrições ao coronavírus em Xangai, na China. Essa alta pode pressionar a Petrobras para aumentar os preços dos combustíveis no Brasil e aumentar as tensões.

O cenário ainda tem previsões para piorar, segundo especialistas, pois novas sanções podem acontecer à Rússia e o consumo de petróleo pela China pode aumentar significativamente após queda das restrições em Xangai por causa do coronavírus.

Saiba mais sobre essa alta no preço do barril de petróleo com o vídeo abaixo

Alta mundial pressiona Petrobras para aumento no preço de combustíveis | Reprodução – Youtube: TV Brasil

O preço do barril de petróleo tipo Brent tem crescido mensalmente e agora chega a um dos maiores valores em 4 anos

São conhecidos alguns tipos de petróleo no mundo, conforme sua origem e características. Por exemplo, o Dubai Crude é um tipo de petróleo mais pesado e produzido no Oriente Médio. Todavia, um dos tipos mais difundidos atualmente é o Brent, produzido no mar do norte da Europa e da Ásia e com características mais leves.

Estima-se que a cotação do petróleo para julho alcance o valor de US$ 121,67 o barril e o contrato de agosto também tende a ser maior em comparação ao ano passado, com a previsão de preço estabelecida em US$ 116,84 na máxima do dia.

Todavia, o que se vê até o momento é a alta constante do barril de petróleo. No ano de 2020 houve uma queda significativa no valor, o que pode ter sido devido ao lockdown e às medidas de restrição da circulação de pessoas devido ao coronavírus, o que reduziu o consumo de petróleo.

Todavia, com o reestabelecimento da economia nos anos seguintes, o consumo de combustíveis passou a aumentar gradativamente, sendo que agora o preço do barril foi o mais alto nos últimos 4 anos, conforme mostra o gráfico abaixo.

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O valor do barril de petróleo chegou a um dos patamares mais altos dos últimos 4 anos | Foto: Tendências Consultoria

União Europeia deve se reunir nos próximos dias para organizar novo pacote de sanções à Rússia

O famoso ditado “nada é tão ruim que não possa piorar” nunca fez tanto sentido como agora. Membros da União Europeia vão se reunir no começo da próxima semana para discutir novo pacote de sanções à Rússia. Isso acontece devido à falta de acordo entre o país e a Ucrânia para cessar-fogo em prol das vidas civis.

Sendo assim, a comercialização do petróleo russo ficará ainda mais difícil, o que pode aumentar ainda mais o valor do barril. Além disso, a flexibilização da circulação de pessoas em Xangai, na China, vai contribuir para aumento do consumo local de petróleo, o que pode também elevar o valor.

Petrobras pode ser pressionada pela alta no preço do barril de petróleo a nível mundial

O petróleo do tipo Brent é essencial e tido como referência para a Petrobras no Brasil. Esse aumento pode ter impacto na necessidade de reajuste dos combustíveis para os próximos meses. Isso se soma a uma possível escassez de diesel, o que vai exercer grande pressão sobre a estatal e pode pesar no bolso dos consumidores. Todavia, por enquanto não há anúncio de novos reajustes programados.

Sabrina Moreira Paes

Moradora da Grande São Paulo, 25 anos, formada pela UFPR com MBA em marketing pela USP. Possui mestrado pela Unicamp e doutorado em andamento na USP. Profissional de marketing, Copy, SEO e Ghost Writer certificada pelas Universidades de Stanford, California, Northwestern e Toronto. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos.

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