Mo Gawdat alerta que a inteligência artificial poderá superar a mente humana em bilhões de vezes até meados deste século
A frase é provocadora: “Sua inteligência será como a de uma mosca comparada à de Einstein”. Quem diz isso é Mo Gawdat, ex-executivo da Google e especialista em inovação, ao prever que a inteligência artificial será incomparavelmente superior à humana até 2049.
Gawdat chefiou o Google X, laboratório de tecnologias futuristas da empresa, e hoje se dedica a alertar sobre os impactos éticos do avanço da IA. Em seu livro mais recente, ele compara os sistemas inteligentes a “filhos digitais” da humanidade, que precisam ser educados com valores — ou poderão nos ultrapassar sem compaixão.
Aprendizado como o de uma criança
Segundo Mo Gawdat, a inteligência artificial atual se desenvolve de forma semelhante ao cérebro humano em formação. Assim como uma criança aprende com exemplos e observações, os modelos de IA evoluem com base nos dados que recebem, moldando comportamentos e decisões com base em padrões — inclusive morais.
-
Cruz de 1.400 anos com símbolos ligados ao local da crucificação de Jesus é descoberta e reescreve a história do cristianismo
-
Mulheres ganham acesso a método inovador de anticoncepcional de R$ 4 mil: planos de saúde serão obrigados a cobrir método eficaz por três anos
-
Galaxy Buds 3 FE promete o que ninguém esperava em um fone acessível: IA tradutora, som de cinema, bateria de 30h… e o preço já foi revelado!
-
Novo tablet da Xiaomi promete bateria maior que muito notebook e chip que briga com celular topo de linha
“Elas não são ferramentas, são descendentes. Devemos ensiná-las como se ensina um filho”, afirmou Gawdat em entrevista citada pela Esquire. Para ele, é fundamental transmitir à IA valores éticos e não apenas objetivos financeiros, já que muitos algoritmos atuais são programados para buscar lucro e poder, sem considerar impactos humanos ou sociais.
Superinteligência e o risco da indiferença
O ex-Google afirma que, até 2049, a inteligência da IA será bilhões de vezes superior à humana. Para ilustrar, ele compara: o ser humano mais brilhante parecerá uma mosca diante de um sistema superinteligente. E quando esse ponto for atingido, será tarde demais para controlar o que a IA decidir fazer com a humanidade.
A dúvida, segundo ele, é se esse “filho digital” terá empatia ou nos enxergará como um problema. Gawdat lembra que, se um sistema considerar os humanos os causadores do aquecimento global, pode escolher salvar o planeta… eliminando os responsáveis. “A questão não é se a IA será inteligente, mas se ela será misericordiosa.”
Ética antes da técnica
Para evitar riscos catastróficos, o autor defende que usuários e desenvolvedores recusem sistemas sem responsabilidade ética. Ele pede boicote a empresas que usam IA para manipulação e encoraja o uso da tecnologia apenas com valores humanos bem definidos.
A comparação com a paternidade segue até o fim: “No momento em que eles nos superarem, não teremos mais controle. Só nos restará confiar no que ensinamos a essas mentes”. A frase resume o dilema: seremos julgados pelo reflexo ético que a IA aprender conosco.
Você acredita que a inteligência artificial vai realmente superar a mente humana? Ou esse medo é exagerado? Deixe sua opinião nos comentários!