Aeronave WindRunner da startup Radia promete transportar caças, helicópteros e sistemas completos sem desmontagem, com volume inédito e operação em pistas curtas
Uma startup dos Estados Unidos promete revolucionar a logística aérea com um cargueiro sem precedentes. A aeronave, batizada de WindRunner, é desenvolvida pela Radia, empresa sediada no Colorado. O objetivo é transportar caças, helicópteros e sistemas inteiros sem desmontagem.
Segundo a companhia, o projeto busca atender tanto as Forças Armadas americanas quanto países aliados.
Dimensão sem comparação
O WindRunner terá mais de 6.800 m³ de volume interno, superando em sete vezes o C-5 Galaxy e em doze vezes o C-17 Globemaster III, atualmente os maiores cargueiros militares em operação.
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Com esse espaço, seria possível levar em apenas um voo 12 helicópteros AH-64 Apache, 6 CH-47 Chinook, 4 CV-22 Osprey ou até 4 caças F-16 ou F-35C montados.
Portanto, a aposta recai sobre o volume, não sobre o peso.
Origens e evolução
O avião nasceu para transportar pás gigantes de turbinas eólicas. Mas, ao longo do desenvolvimento, a Radia decidiu expandir a ideia.
O CEO da empresa, Mark Lundstrom, afirmou na conferência Air, Space & Cyber da Associação da Força Aérea que a mobilidade estratégica oferece “tempo e espaço para a força”.
Ele reforçou que a proposta elimina desmontagens, estruturas extras e atrasos.
Operação em condições difíceis
Além do tamanho, outro diferencial é a capacidade de operar em pistas curtas e não pavimentadas.
O cargueiro deverá decolar e pousar em faixas de cerca de 1.800 metros, alcançando locais isolados ou regiões afetadas por crises e desastres. A empresa projeta realizar o primeiro voo até o fim da década.
Capacidade e limitações do avião gigante
Apesar do porte, o WindRunner terá 72 toneladas de carga útil, abaixo da capacidade do C-5 Galaxy. O foco, porém, está em transportar sistemas volumosos que hoje exigem desmontagem ou várias viagens.
Como afirmou a Radia em comunicado: “Capacidades conjuntas modernas frequentemente ficam sem espaço antes de ficarem sem capacidade de elevação”.
Fase atual do projeto
Até agora, existem apenas imagens conceituais. A empresa informou que trabalha com modelos digitais, testes em túnel de vento e já prepara os primeiros protótipos.
O Departamento de Defesa acompanha de perto. Um acordo de pesquisa foi assinado com o Comando de Transporte dos EUA, sinalizando interesse do governo.
Obstáculos e financiamento
A proposta ainda enfrenta barreiras técnicas e custos elevados. O setor americano não apresenta um cargueiro estratégico de grande porte há mais de cinquenta anos.
Mesmo assim, a Radia já obteve US$ 130 milhões em aportes. O time conta com executivos experientes, como o major-general aposentado Kenneth Bibb, ex-líder da 18ª Força Aérea.
Perspectivas do avião militar gigante
Se concretizado, o WindRunner poderá transformar o transporte militar em cenários críticos. Regiões como o Indo-Pacífico e o Ártico, conhecidas por longas distâncias e falta de infraestrutura, podem se tornar o palco principal para a nova aeronave.
Assim, o projeto pode redefinir a mobilidade estratégica aérea nos próximos anos.
As informações são do UOL.