Startup britânica desenvolve plataforma orbital para manufatura em microgravidade e estima geração de até £45 milhões por quilo fabricado
A startup Space Forge, sediada em Cardiff, Reino Unido, está prestes a colocar em órbita um projeto que pode transformar a indústria global. Com o lançamento da ForgeStar-1, a empresa pretende iniciar a produção de semicondutores em microgravidade, com desempenho 50% mais eficiente em consumo de energia do que qualquer componente similar produzido na Terra.
A missão será realizada com suporte da SpaceX, e a recuperação dos materiais será feita no litoral dos Estados Unidos. O projeto mostra o potencial de uma nova revolução industrial em órbita, mesmo que o ecossistema britânico ainda não ofereça suporte total para escalar iniciativas desse porte em solo nacional.
Space Forge aposta na microgravidade para fabricar tecnologia de ponta
O grande diferencial do projeto da Space Forge está nas condições únicas do espaço. Em microgravidade, processos industriais como fusão, solidificação e deposição de materiais podem ser otimizados de forma que estruturas moleculares mais precisas e puras sejam formadas. Isso resulta em produtos com desempenho superior, especialmente em áreas como eletrônica, telecomunicações e energia renovável.
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A ForgeStar-1 é uma plataforma de manufatura reutilizável em órbita baixa (LEO). Ela será equipada com sistemas automatizados para produzir componentes de alto valor agregado, como semicondutores e materiais compostos avançados.
O retorno dos produtos será feito por meio de um sistema de reentrada e pouso seguro, possibilitando a recuperação e reintegração dos materiais diretamente no mercado terrestre.
Semicondutores espaciais podem valer £45 milhões por quilo
Estudos de viabilidade indicam que semicondutores fabricados em ambiente espacial podem atingir valores de mercado de até £45 milhões por quilo. Isso se deve à eficiência energética, pureza estrutural e desempenho térmico superior que esses materiais oferecem.
A Space Forge já chamou a atenção de investidores e especialistas do setor aeroespacial, posicionando-se como uma das poucas empresas no mundo capazes de combinar fabricação orbital e retorno de carga útil de forma autônoma.
Reino Unido ainda não oferece escala local para o projeto
Apesar do sucesso técnico e da ambição da Space Forge, a startup precisou transferir operações estratégicas para os Estados Unidos. O lançamento será feito pela SpaceX, e a recuperação dos produtos ocorrerá ao largo da costa americana, evidenciando a falta de infraestrutura orbital e de risco comercial no Reino Unido.
A situação levanta o debate sobre o futuro da inovação no país. Se startups com potencial transformador global continuam buscando apoio no exterior, o Reino Unido corre o risco de perder protagonismo na nova corrida espacial comercial.