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Os sobrenomes mais comuns no mundo: Wang domina com 106 milhões de pessoas, Mohamed soma 15 milhões na África e Da Silva lidera no Brasil

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 06/10/2025 às 12:44
Wang reúne 106 milhões de pessoas na Ásia, Mohamed domina a África e Da Silva lidera no Brasil, mostrando como história e cultura moldam identidades.
Wang reúne 106 milhões de pessoas na Ásia, Mohamed domina a África e Da Silva lidera no Brasil, mostrando como história e cultura moldam identidades.
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Da China ao Brasil, a lista revela como fé, colonização e cultura moldaram os sobrenomes mais repetidos em cada continente.

A distribuição dos sobrenomes mais comuns no planeta revela caminhos de migração, domínios coloniais e tradições culturais que atravessam séculos.

A genealogia de cada nome carrega fragmentos de identidade e mostra como religião, profissão e território moldaram famílias em todos os continentes.

Segundo os sites Forebears e HowStuffWorks, as origens dos nomes mais repetidos do mundo ajudam a compreender transformações sociais e linguísticas de diferentes povos.

África: a influência do islamismo e da colonização

De acordo com o site Forebears, o sobrenome Mohamed é o mais comum na África, pertencendo a cerca de 7,5 milhões de pessoas.

Em seguida aparecem variações como Mohammed (4,9 milhões), Muhammed (1,8 milhão) e Mahamat (829 mil). Somados, quase 15 milhões de africanos compartilham nomes derivados de Muhammad.

Segundo o HowStuffWorks, essa prevalência está diretamente ligada à expansão do islamismo e aos processos de colonização muçulmana no norte e em partes do oeste do continente.

Esses sobrenomes representam não apenas crença religiosa, mas também a herança de séculos de trocas culturais e migrações internas.

Ásia: a força da China e das tradições milenares

A Ásia concentra o maior número de pessoas com um mesmo sobrenome.

Segundo o Forebears, Wang é o sobrenome mais comum do mundo, com mais de 106 milhões de indivíduos. Logo depois vem Li, com cerca de 105 milhões.

Esses números refletem a densidade populacional chinesa e o valor ancestral da genealogia. Ainda segundo o site, Kim, Lee e Park dominam na Coreia; Devi, na Índia; e Nguyen, no Vietnã. Cada um desses nomes possui raízes simbólicas próprias, conectadas à história e às tradições locais.

O HowStuffWorks explica que Wang, que significa “rei” ou “príncipe”, tornou-se amplamente utilizado durante a Dinastia Xin, quando famílias reais adotaram o nome como forma de proteção. A partir daí, o sobrenome atravessou gerações e se consolidou como símbolo de status e continuidade familiar.

Europa: profissões, regiões e linhagens

Na Europa, o sobrenome García lidera o ranking, com 1,7 milhão de portadores, sendo também o mais popular da Espanha. O HowStuffWorks indica que o termo vem do basco para “urso”, um símbolo de força e proteção.

Outros sobrenomes tradicionais refletem profissões. Müller, comum em países de língua alemã, significa “moleiro” e tem equivalentes como Molina (na Espanha) e Melnik (na Ucrânia). Essas variações surgiram em sociedades agrárias, onde a moagem de grãos era essencial.

Ainda segundo o site, nomes como Murphy (Irlanda), Smith (Escócia e Inglaterra) e Jones (País de Gales) também aparecem com destaque. Eles representam ocupações — ferreiro, guerreiro do mar — ou vínculos familiares transmitidos de geração em geração.

América do Norte: herança colonial e diversidade

A composição de sobrenomes na América do Norte é marcada pela colonização e pela imigração. Segundo o Forebears, os nomes mais frequentes têm origem hispânica, refletindo a presença de países como México, América Central e Caribe.

Quando a análise se restringe ao Canadá e aos Estados Unidos, Smith ocupa o topo da lista, seguido por Johnson, Williams, Brown e Jones. Esses nomes, conforme o HowStuffWorks, remontam aos colonizadores europeus — principalmente ingleses, escoceses e galeses — que estabeleceram as primeiras comunidades da região.

Na Inglaterra, Smith também é o sobrenome mais popular, resultado do trabalho dos ferreiros, profissão fundamental durante o crescimento urbano e industrial.

Oceania: colonização e adoção de nomes britânicos

Antes da chegada dos europeus, muitos povos indígenas da Oceania não possuíam sobrenomes formais. Segundo o Forebears, a colonização britânica modificou esse cenário, e muitos passaram a adotar nomes impostos ou derivados dos colonizadores.

O HowStuffWorks explica que sobrenomes anglo-saxões tornaram-se predominantes na Austrália e na Nova Zelândia — países que concentram quase três quartos da população da região. Assim, nomes como Smith, Brown, Johnson e Williams também dominam o registro civil oceânico.

América do Sul: entre Espanha e Portugal

Na América do Sul, a origem dos sobrenomes varia conforme o passado colonial. Segundo o Forebears, embora grande parte da população seja descendente de espanhóis, o Brasil — que abriga metade dos sul-americanos — foi colonizado por Portugal, o que explica a prevalência de nomes lusitanos.

O HowStuffWorks destaca Ferreira (relacionado à ferraria) e Da Silva (associado a áreas florestais) como alguns dos mais frequentes. Outros sobrenomes regionais compartilham significados semelhantes, variando apenas no idioma e na grafia.

Migrações, imposições e adaptações

O uso e a persistência dos sobrenomes estão ligados a fatores culturais, religiosos e históricos. Muitas sociedades criaram nomes a partir de características físicas, locais de origem, ocupações ou laços familiares.

Em certos períodos, porém, os sobrenomes foram impostos. Durante a escravidão nos Estados Unidos, por exemplo, muitos negros adotaram os sobrenomes de seus senhores, como Williams, Davis e Jackson.

O HowStuffWorks observa que a migração alterou ainda mais essa paisagem. Imigrantes de países como Polônia e Rússia modificaram ou encurtaram seus nomes para se adequar à ortografia e à pronúncia de suas novas pátrias.

Um retrato global de identidade

Entre todos, Wang se destaca como o sobrenome mais difundido do planeta, associado a mais de 106 milhões de pessoas. Sua origem na nobreza chinesa e sua manutenção ao longo dos séculos refletem como os nomes podem atravessar impérios, culturas e fronteiras.

De Mohamed a Da Silva, cada sobrenome guarda em si ecos de fé, território e trabalho. As genealogias, embora pessoais, formam uma história coletiva da humanidade — um mosaico de heranças e trajetórias que continuam a evoluir com o tempo.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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