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Sim, dá para embarcar com paraquedas em um voo comercial — mas ele não vai te salvar em uma emergência. Entenda os motivos

Publicado em 04/05/2025 às 12:19
Avião, Voo comercial, paraquedas, Riscos
Créditos: Unsplash
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Levar um paraquedas em voos comerciais é permitido, mas envolve regras específicas, riscos técnicos e muita preparação — além de não oferecer a segurança que muitos imaginam

Houve um tempo em que voar de avião era sinônimo de luxo. Hoje, a realidade é bem diferente. A experiência atual, para muitos, se resume a ficar espremido em uma lata com asas. E, mesmo sendo um transporte extremamente seguro, a ansiedade de estar a 10 mil metros de altura pode levar algumas pessoas a considerar alternativas radicais — como levar um paraquedas na viagem.

A resposta rápida é: sim, você pode. A resposta longa é: pode, mas com restrições específicas e muitos motivos para esse equipamento nunca ter feito parte da segurança padrão dos voos comerciais.

Muito acima da zona de salto

Logo nas primeiras pesquisas, já surgem informações de que não existe necessidade de paraquedas em aviões comerciais porque eles são muito seguros. A segurança é de fato alta, mas há outros fatores práticos e técnicos que tornam o uso do paraquedas inviável.

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O primeiro deles é a altitude. Aviões comerciais voam entre 10.000 e 12.000 metros, muito acima do que seria ideal para um salto com paraquedas. Nessas alturas, mesmo com máscara de oxigênio, a temperatura é extremamente baixa e o risco de congelamento ou perda de consciência é real.

Outro ponto crítico é a velocidade. Um avião comercial voa entre 800 e 950 km/h. Já saltos de paraquedas normalmente ocorrem a cerca de 3.000 a 4.000 metros de altura, em aeronaves que se deslocam a aproximadamente 200 km/h. A diferença torna um salto de emergência num voo comercial algo extremamente perigoso.

Além disso, abrir as portas em pleno voo para tentar um salto causaria despressurização da cabine, colocando todos os passageiros em risco. Mesmo a tripulação, como mostrado em alguns filmes, não usa paraquedas — justamente pelos mesmos motivos.

A física contra o passageiro

Em caso de pane ou qualquer outro problema, tentar saltar de um avião comercial pode ser fatal. A pessoa poderia ser sugada pelos motores ou atingir o rotor traseiro. A aerodinâmica em alta velocidade e altitude pode desestabilizar o corpo, impedindo até o acionamento correto do paraquedas.

Esses são os principais motivos pelos quais os aviões comerciais não têm paraquedas disponíveis a bordo, nem mesmo para emergências.

Sim, você pode levar um paraquedas

Mesmo com todos esses riscos, ainda é possível embarcar com um paraquedas em um avião. O equipamento, quando dobrado, tem o formato de uma mochila grande, parecida com uma de acampamento. As companhias aéreas consideram o item como mais uma bagagem.

Em algumas situações, isso significa que o passageiro precisa escolher entre levar o paraquedas ou sua mochila comum. Também é possível despachar o equipamento, desde que siga algumas regras.

Regras claras para o transporte

A companhia aérea e os órgãos de segurança permitem o embarque com paraquedas, mas o item deve estar embalado da forma correta. Ele precisa ser colocado em uma bolsa própria, resistente, exclusiva para transporte de equipamentos esportivos. Não pode conter roupas nem outros itens pessoais.

Também há proibições específicas: não é permitido embarcar com cilindros de gás, dispositivos pirotécnicos ou qualquer item de segurança que possa ser considerado perigoso.

Um exemplo disso são os cilindros de fumaça usados em alguns tipos de paraquedas. Todos esses elementos são barrados nas regras de segurança aérea.

As orientações são bem diretas:
As bolsas e estojos de equipamentos esportivos não devem conter roupas ou outros itens pessoais. Devem ser usados exclusivamente para o transporte de equipamentos esportivos. Todo o material deve estar devidamente embalado em um contêiner especial para paraquedismo ou em uma bolsa resistente, ou de lona, própria para artigos esportivos.

Prepare-se para explicar

Mesmo cumprindo todas as exigências, é possível que o passageiro tenha que explicar o conteúdo da bagagem. Por isso, é recomendado:

– Embalar o paraquedas separadamente, para facilitar inspeções.
– Levar uma cópia da regulamentação oficial, em caso de questionamentos.
– Chegar com antecedência ao aeroporto, para lidar com possíveis verificações extras.

Se até rolos de câmera instantânea causam confusão no raio-x, imagine o trabalho de explicar um paraquedas. Nesse caso, o excesso de precaução pode evitar problemas maiores.

Com informações de Xataka.

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Romário Pereira de Carvalho

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