Investimento em descarbonização feito pela siderúrgica visa aumentar a utilização de material reciclado na produção de aço da Ternium
A empresa Ternium progrediu no seu projeto de investimento na ampliação do uso de sucata no seu pátio industrial no Rio de Janeiro, tendo como foco o seu plano de descarbonização. A partir da próxima semana, a maior siderúrgica da América Latina vai receber uma das três caixas de sucata que vão ser usadas com o intuito de ampliar a utilização de material reciclado na produção de aço, motivo pelo qual foi feito o investimento.
O material reciclado que a siderúrgica Ternium vai utilizar é produzido pela Emalto, uma indústria mecânica com sede na cidade de Ipatinga (MG). A ação intensifica a relação da Ternium com o Vale do Aço mineiro. A entrada dos novos equipamentos adquiridos com o investimento feito pela empresa é a primeira fase no projeto que visa aumentar e modernizar o pátio de sucata já existente na siderúrgica, em Santa Cruz.
A finalização do projeto está prevista para setembro do ano de 2023, com investimentos de R$ 100 milhões. O investimento feito na proposta possui foco no plano de descarbonização da siderúrgica e pressupõe um aumento de cerca de 80% no uso da sucata na produção de aço da Ternium no Brasil.
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Na opinião do CEO da Ternium, Marcelo Chara, “Para além de avançar no plano de descarbonização, a Ternium está movimentando o setor industrial do Vale do Aço com esse investimento feito. Vale destacar que o uso da sucata incorpora o ferro metálico ao processo industrial e substitui parte do consumo de minério. Com isso, o processo se torna mais eficiente, permitindo a descarbonização da indústria.” A companhia noticiou no início de 2021 uma proposta de investimento para de reduzir em 20% a intensidade de carbono por tonelada de aço até o ano de 2030.
Conheça a Ternium
A Ternium é a maior siderúrgica da América Latina e desde o ano de 2017 exerce o maior polo industrial do Rio de Janeiro, localizado em Santa Cruz. Com capacidade de produção anual de 5 milhões de toneladas de tarugos de aço, a unidade de última geração atende indústrias nos Estados Unidos, México, Brasil e Europa.
A empresa tem cerca de 8.000 funcionários, mais de 60% dos quais moram na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A Ternium fez investimentos de mais de R$ 10 milhões por ano no desenvolvimento socioeconômico de Santa Cruz e região, através de programas sociais voltados para a educação, atendendo diretamente mais de 9.000 pessoas.
A companhia foi criada em 2005 como resultado da fusão de várias empresas do mesmo setor, adquiridas pela Techint. Sua história começou em 1969, quando o grupo iniciou o processo de laminação a frio na Argentina e iniciou as operações da Propulsora Sideúrgica, a qual se juntou posteriormente à recém-adquirida Companhia de Aço Estatal Somisa, criando a Siderar.
Em 1998, a empresa venezuelana Sidor foi privatizada pelo Consórcio Amazônia, formado pelo grupo Techint, Hylsamex e Usiminas. Após seis anos, Matesi e Tenaris em parceria adquiriram uma fábrica de briquetes. Assim, somente em 2005, o grupo adquiriu a Hylsamex e junto com Siderar e Sidor criaram uma única siderúrgica: a Ternium.
Hoje, além de possuir plantas que abrangem toda a cadeia produtiva do aço, a empresa atende clientes de diversos setores, incluindo automotivo, construção, metalurgia, embalagens, energia e transporte.
Com um modelo de gestão e especialização firmado em unidades produtivas estrategicamente posicionadas, a Ternium e suas subsidiárias possuem dezessete centros de produção em seis países, incluindo Argentina, Colômbia, Estados Unidos, Guatemala, México e Brasil, e é acionista majoritária da Usiminas, controlando o cargo de presidente da siderúrgica.