A Shell entrará em breve no mercado de energia eólica offshore do Brasil, disse o country manager André Araujo em um webinar.
André Araujo, presidente da Shell Brasil, sobre o mercado de energia eólica offshore ontem(02): “Neste momento estamos focando na criação de um grupo no mercado de energia solar, mas estou em contato direto com o nosso grupo eólico offshore e temos discutido o fato de que o Brasil não pode ficar de fora dessa jornada. Então é só questão de tempo ”, disse Araújo durante webinar organizado pela Câmara de Comércio Brasil-Inglaterra nesta quarta-feira.
A Shell já está investindo em energia eólica offshore fora da América Latina, principalmente nos Estados Unidos e no Mar do Norte. No Brasil, porém, a empresa tem se concentrado na exploração e produção de óleo e gás, com mais de 32 contratos, 21 dos quais como operadora, nas bacias de Campos, Santos, Barreirinhas, Espírito Santo e Potiguar.
Precursor para projetos em energia eólica offshore
O Brasil deve se tornar o primeiro país da América Latina a receber investimentos em energia eólica offshore. Diversas petroleiras, inclusive a Shell, com atividades offshore no país estão de olho no mercado. No mês passado, a Equinor da Noruega iniciou um processo de licenciamento ambiental com o regulador Ibama para desenvolver um projeto eólico offshore de 4GW no estado do Rio de Janeiro. Total e Enauta disseram no ano passado que estão interessados em projetos semelhantes.
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Um estudo da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) mostrou que o Brasil tem potencial para 7 TW em suas zonas econômicas exclusivas, se pudesse desenvolver tudo isso. Do total, 700 MW poderiam estar em águas rasas com ventos de 7 a 7,5 m / s. Os estudos também destacam a possibilidade de integração entre a indústria de óleo e gás e o segmento eólico offshore, o que poderá permitir que os fornecedores atendam as duas indústrias.
A capacidade de energia eólica onshore do Brasil cresceu amplamente. Em 2010, era de 928 MW e agora ultrapassa os 16 GW com 637 parques e 7.738 turbinas. A capacidade aumentará para 24,2 GW até 2024, considerando apenas os projetos já contratados por meio de leilões de energia do governo e contratos no mercado livre de energia.