A gigante Shell vai investir pesado no Brasil em projetos de gás, energia elétrica, solar e eólica offshore. Atualmente, o grupo desenvolve a usina termelétrica de Marlim Azul em Macaé (RJ).
Em entrevista coletiva a jornalistas realizada ontem, 16 de abril, o presidente da Shell no Brasil, André Araújo, revelou o interesse da anglo-holandesa em participar dos leilões de energia que serão realizados esse ano. Além disso, a petroleira mira também projetos de gás, energia solar e eólica offshore. Atualmente, o grupo desenvolve a usina termelétrica de Marlim Azul, em Macaé (RJ).
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A Shell Brasil se prepara para, a partir de janeiro do ano que vem, já iniciar a comercializar contratos de gás no mercado livre, com base no novo marco regulatório do setor, desde que sanadas pendências.
“Vai depender um pouco de negociações comerciais também, mas a estrutura da companhia está se preparando poder lidar diretamente com o consumidor a partir do ano que vem”.
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Usina Termelétrica de Marlim Azul, em Macaé (RJ), vai ser a primeira usina a usar o gás da camada pré-sal
A Shell é uma das sócias, junto com a Pátria Investimentos e a Mitsubishi da UTE Marlin Azul (RJ – 565 MW), viabilizada em leilão de 2017. A UTE vai ser a primeira usina a usar o gás da camada pré-sal. A obra, já em andamento, começou junto com a pandemia e, no momento, reúne cerca de 800 trabalhadores no canteiro.
De acordo com o executivo, a Shell apresentou aos seus acionistas uma espécie de ‘voto de conselho’ acerca do plano de transição energética. A estratégia vai ser levada à discussão na assembleia geral ordinária, de modo que os acionistas também tenham participação na revisão do projeto, com compromisso que a estratégia seja revista em três anos.
Outro ponto destacado foi a imersão na estratégia pelos quadros da empresa, uma vez que houve um envolvimento muito forte dos funcionários. “Ao mesmo tempo que ela estava sendo encaminhada aos investidores, estava sendo discutida e analisada dentro da Shell”, comenta.
Shell mira investimentos de energia solar e eólicas offshore no Brasil
A Shell Brasil aguarda a liberação de outorgas para projetos de usina solar nos estados de Minas Gerais e Paraíba. A empresa avalia parcerias para investimentos e também para o mercado consumidor.
Segundo Araujo, os projetos podem ter velocidades diferentes, por possuírem medições mais claras de radiação solar, por períodos mais longos.
Outra fonte de energia renovável que a Shell acompanha o desenvolvimento no Brasil é a eólica offshore. Segundo André Araújo, a fonte é uma prioridade no mundo para a empresa, que tem ativos dessa categoria no mar do Norte e nos Estados Unidos.
“Temos discutido se colocamos o Brasil na prioridade nos próximos anos e temos acompanhado a evolução da discussão de um marco regulatório e a forma que o governo definir para essa linha de negócios”, disse o executivo.
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Depois da Petrobras, a Shell é a maior produtora de petróleo no Brasil, de onde extrai e exporta cerca de 400 mil barris dia de petróleo crú, isentos de impostos.
Faz-se necessário ressaltar que Shell, em sociedade com a Cosan (50/50), em 2011, criou a empresa Raizen, hoje a terceira maior empresa brasileira em faturamento, e uma das maiores produtoras mundiais de etanol de cana-de-açúcar. Já a Cosan, proprietária da empresa Ruma Logística, adquiriu a Ferrovia Norte Sul.