A companhia de petróleo e gás Shell busca mais sustentabilidade na sua cadeia produtiva e, avançando no seu projeto de redução das emissões de CO2, fez um investimento de US$ 40 milhões em na companhia de créditos de carbono Carbonext.
Dando mais um passo em busca de contribuir com a sustentabilidade e a redução dos impactos ambientais, a Shell se tornou acionista da desenvolvedora de créditos de carbono Carbonext na terça-feira, (11/07). A empresa realizou um investimento de US$ 40 milhões e terá preferência no mercado de carbono da Carbonext, acelerando assim o seu projeto de redução das emissões de CO2 na sua cadeia produtiva.
Desenvolvedora de créditos de carbono Carbonext recebeu investimento de US$ 40 milhões da Shell, que expande projeto de redução das emissões de CO2
A Shell anunciou na última terça-feira um investimento milionário de US$ 40 milhões na companhia de desenvolvimento de créditos de carbono Carbonext, visando o mercado de carbono internacional, que pode chegar a valer até US$ 50 bilhões até o ano de 2030. E, com o investimento na empresa de carbono, a petroleira agora terá prioridade no mercado de carbono durante os próximos anos, passando também a ser acionista da companhia.
O principal objetivo da empresa no investimento milionário na desenvolvedora de créditos de carbono é a colaboração com o seu projeto de redução das emissões de CO2. Isso, pois André Araújo, presidente da Shell Brasil, comentou que a petroleira tem meta de compensar 120 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. Dessa forma, a aplicação na Carbonext será essencial para isso, uma vez que a empresa executa projetos de preservação em milhões de hectares na Floresta Amazônica.
- Argentina descobriu uma das maiores reservas de petróleo do mundo, mas isso virou um grande problema
- Novo pré-sal pode tornar Brasil potência econômica por conta do petróleo. Mas tem um problema: Ibama não quer liberar a exploração à Petrobras. Agora, ministro dá prazo para o órgão liberar estudos na Margem Equatorial
- Vazamento de petróleo causa desastre ambiental, poluindo rios e afetando várias cidades no Equador
- Petrobras ‘acaba’ com home office e funcionária desabafa: ‘já está me deixando preocupada, elevando meu nível de estresse, afetando minha saúde e minha produtividade’; empresa agora adota sistema híbrido
E, no mercado de produção de petróleo e gás natural, diversas empresas, assim como a Shell, investem no segmento de créditos de carbono. Isso, pois essa é uma forma de abatimento das emissões a partir de soluções baseadas na natureza, como o projeto de sustentabilidade e preservação ambiental da Carbonext.
A transição energética é cada vez mais uma realidade próxima dessas companhias e, enquanto as petroleiras não acham uma alternativa para substituir as emissões de CO2 por uma solução sustentável, a principal medida para reduzir os impactos é capturar carbono com árvores, aplicando investimento em projetos ambientais.
Investimento da Shell na Carbonext para redução nas emissões de CO2 contribuirá para crescimento do mercado de créditos de carbono
Após o anúncio do investimento milionário na Carbonext por parte da petroleira Shell, a empresa de desenvolvimento de créditos de carbono destacou que o valor será aplicado para a preservação florestal e para o desenvolvimento de novas áreas de negócios, como bioeconomia e reflorestamento na Floresta Amazônica.
Assim, o valor será utilizado para melhorias nos processos de desenvolvimento dos créditos de carbono, que visam dar valor à floresta em pé, uma alternativa economicamente viável à pecuária e à agricultura.
A Carbonext é referência no ramo dos créditos de carbono e possui clientes de nível internacional, como a Raízen, Isa Cteep, TIM, C6 Bank, Uber, Liberty Seguros, Buser, entre outras corporações. Assim, 70% do investimento da Shell para a redução das emissões de CO2 ficará na própria floresta, como forma de expandir as técnicas de preservação ambiental e captura de carbono.
Por fim, a parceria com a Shell, que é acionista do grupo de créditos de carbono, possibilitará novas inovações nas áreas de biotecnologia e monitoramento da Floresta Amazônica. Ademais, as empresas também anunciaram que os próximos 100 dias serão essenciais para a parceria, uma vez que contarão com uma série de estudos técnicos para as soluções de preservação ambiental na região.