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Shell faz investimento de US$ 40 milhões na desenvolvedora de créditos de carbono Carbonext e avança na redução das emissões de CO2

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 15/07/2022 às 17:22
A companhia de petróleo e gás Shell busca mais sustentabilidade na sua cadeia produtiva e, avançando no seu projeto de redução das emissões de CO2, fez um investimento de US$ 40 milhões em na companhia de créditos de carbono Carbonext.
Foto: CARL COURT/AFP/Getty Images

A companhia de petróleo e gás Shell busca mais sustentabilidade na sua cadeia produtiva e, avançando no seu projeto de redução das emissões de CO2, fez um investimento de US$ 40 milhões em na companhia de créditos de carbono Carbonext.

Dando mais um passo em busca de contribuir com a sustentabilidade e a redução dos impactos ambientais, a Shell se tornou acionista da desenvolvedora de créditos de carbono Carbonext na terça-feira, (11/07). A empresa realizou um investimento de US$ 40 milhões e terá preferência no mercado de carbono da Carbonext, acelerando assim o seu projeto de redução das emissões de CO2 na sua cadeia produtiva.

Desenvolvedora de créditos de carbono Carbonext recebeu investimento de US$ 40 milhões da Shell, que expande projeto de redução das emissões de CO2

A Shell anunciou na última terça-feira um investimento milionário de US$ 40 milhões na companhia de desenvolvimento de créditos de carbono Carbonext, visando o mercado de carbono internacional, que pode chegar a valer até US$ 50 bilhões até o ano de 2030. E, com o investimento na empresa de carbono, a petroleira agora terá prioridade no mercado de carbono durante os próximos anos, passando também a ser acionista da companhia. 

O principal objetivo da empresa no investimento milionário na desenvolvedora de créditos de carbono é a colaboração com o seu projeto de redução das emissões de CO2. Isso, pois André Araújo, presidente da Shell Brasil, comentou que a petroleira tem meta de compensar 120 milhões de toneladas de CO2 por ano até 2030. Dessa forma, a aplicação na Carbonext será essencial para isso, uma vez que a empresa executa projetos de preservação em milhões de hectares na Floresta Amazônica. 

E, no mercado de produção de petróleo e gás natural, diversas empresas, assim como a Shell, investem no segmento de créditos de carbono. Isso, pois essa é uma forma de abatimento das emissões a partir de soluções baseadas na natureza, como o projeto de sustentabilidade e preservação ambiental da Carbonext.

 A transição energética é cada vez mais uma realidade próxima dessas companhias e, enquanto as petroleiras não acham uma alternativa para substituir as emissões de CO2 por uma solução sustentável, a principal medida para reduzir os impactos é capturar carbono com árvores, aplicando investimento em projetos ambientais. 

Investimento da Shell na Carbonext para redução nas emissões de CO2 contribuirá para crescimento do mercado de créditos de carbono 

Após o anúncio do investimento milionário na Carbonext por parte da petroleira Shell, a empresa de desenvolvimento de créditos de carbono destacou que o valor será aplicado para a preservação florestal e para o desenvolvimento de novas áreas de negócios, como bioeconomia e reflorestamento na Floresta Amazônica.

Assim, o valor será utilizado para melhorias nos processos de desenvolvimento dos créditos de carbono, que visam dar valor à floresta em pé, uma alternativa economicamente viável à pecuária e à agricultura.

A Carbonext é referência no ramo dos créditos de carbono e possui clientes de nível internacional, como a  Raízen, Isa Cteep, TIM, C6 Bank, Uber, Liberty Seguros, Buser, entre outras corporações. Assim, 70% do investimento da Shell para a redução das emissões de CO2 ficará na própria floresta, como forma de expandir as técnicas de preservação ambiental e captura de carbono. 

Por fim, a parceria com a Shell, que é acionista do grupo de créditos de carbono, possibilitará novas inovações nas áreas de biotecnologia e monitoramento da Floresta Amazônica. Ademais, as empresas também anunciaram que os próximos 100 dias serão essenciais para a parceria, uma vez que contarão com uma série de estudos técnicos para as soluções de preservação ambiental na região.

Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

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