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Shell desiste de novos projetos de energia solar em Minas Gerais por inviabilidade técnica

Publicado em 02/05/2025 às 17:34
Multinacional Shell cancela projetos de usinas solares em Brasilândia de Minas, em Minas Gerais. Projetos somariam 150 MW de potência instalada.
Multinacional Shell cancela projetos de usinas solares em Brasilândia de Minas, em Minas Gerais. Projetos somariam 150 MW de potência instalada. Fonte: Shell.
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Multinacional Shell cancela projetos de usinas solares em Brasilândia de Minas, em Minas Gerais. Projetos somariam 150 MW de potência instalada.

A gigante do setor energético Shell Brasil solicitou à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) a revogação da autorização para implantação das Centrais Solares Aquarii 1 a 3, que seriam construídas no município de Brasilândia de Minas, em Minas Gerais.

Com potência total de 150 megawatts (MW), os empreendimentos foram cancelados devido à inviabilidade técnica e econômica para escoamento da energia produzida. A decisão reforça o reposicionamento estratégico da companhia, que vem descontinuando seus projetos solares e eólicos no Brasil.

Impasse logístico inviabilizou usinas solares em Minas Gerais

De acordo com informações divulgadas pela Shell, a principal dificuldade encontrada foi a ausência de uma solução viável para conexão das usinas à rede elétrica.

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A alternativa considerada mais econômica pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) envolvia a conexão à subestação de rede básica 138 kV Paracatu 04.

No entanto, essa opção exigiria a construção de uma linha de transmissão de 115 quilômetros — um custo que a Shell considerou proibitivo para a continuidade do projeto.

A empresa destacou que, diante dessas limitações, optou por não prosseguir com os empreendimentos de energia solar em Minas Gerais, solicitando formalmente a revogação das outorgas à Aneel.

Estratégia da Shell prioriza comercialização de energia

Além dos desafios técnicos enfrentados nos projetos de energia solar em Minas Gerais, a Shell Brasil vem revendo sua estratégia no setor de energia renovável em todo o país.

Segundo a própria companhia, há atualmente mais vantagens em negociar energia de outros geradores do que manter projetos próprios de geração.

A Shell Energy Brasil, sua unidade comercializadora, tem concentrado esforços nesse modelo de negócios. Isso permite maior flexibilidade e eficiência na operação, evitando os altos custos de implantação de novas estruturas.

Revogações se estendem a projetos em outros estados

A desistência das Centrais Solares Aquarii 1 a 3 não foi um caso isolado. A Shell também pediu a revogação de outorgas dos projetos Gatria Solar 1 a 13 e Gatria Solar 15, que seriam instalados em Goiás e somariam 700 MW de potência instalada.

Outro empreendimento cancelado foi o das usinas Canis 1 a 7, previstas para o município de São João do Rio do Peixe, na Paraíba, com capacidade total de 315 MW.

Em paralelo, a empresa solicitou em 2024 a transferência de titularidade das outorgas das usinas solares Draco 1 a 11 para a Atlas, movimento que ainda está em análise pela Aneel.

Isenções fiscais e ausência de contratos minimizaram impacto

Como as centrais solares em Minas Gerais nunca chegaram a operar comercialmente, a Shell não foi penalizada com encargos regulatórios.

A empresa ficou isenta do pagamento da Taxa de Fiscalização dos Serviços de Energia Elétrica (TFSEE) e da obrigatoriedade de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D), considerando que a fonte era solar e os empreendimentos ainda estavam em fase de planejamento.

Com informações do MegaWhat

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Andriely Medeiros de Araújo

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