A escassez de chips se apresenta, neste terceiro trimestre de 2022, de forma mais branda, porém com certos atrasos no fornecimento
O setor de aparelhos eletrônicos vem, de forma gradual, sentindo uma menor dificuldade de abastecimento de chips. Contudo, a recuperação do setor mostra-se bastante devagar, com uma persistente irregularidade no fornecimento de chips, ainda prejudicando a produção de grande parte das fábricas do setor de eletrônicos.
De acordo com uma análise feita pelos associados da Abinee, entidade que representa a indústria de produtos eletroeletrônicos, as fábricas com dificuldade de encontrar chips no mercado caiu no mês passado para 62% do total cujos produtos dependem deste item. Por mais que o número seja considerado muito alto, ele ainda é o menor em um ano.
A escassez mundial de chips se tornou o maior gargalo do setor de eletrônicos e, com os lockdowns na China, incluindo o fechamento do porto de Xangai por cerca de dois meses, a dificuldade de adquirir chips chegou a ocorrer, no mês de maio, em três a cada quatro empresas do setor de eletrônicos.
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Durante o mês de julho, cerca de 48% das fábricas de aparelhos eletroeletrônicos tiveram atrasos ou, em menor parte, uma parada de parte da produção por conta da escassez de componentes eletrônicos. Após bater no pico de 57% em maio, a parcela já tinha recuado para 50% em junho.
Com os gargalos logísticos desde o início da pandemia, impulsionados ainda mais pela combinação da guerra na Ucrânia e com a lentidão no desembaraço das mercadorias por conta da operação-padrão dos fiscais da Receita Federal, os indicadores da Abinee sugerem que a escassez de chips segue distante da normalidade.
Mais da metade das fábricas de produtos como celular, notebook e tevês aguarda somente para o ano que vem a normalização no abastecimento de componentes eletrônicos. Há uma divisão entre as empresas se a regularização de fluxo acontecerá no primeiro ou no segundo semestre.
A cada cinco fábricas de produtos eletroeletrônicos, uma permanece com estoques de componentes e matérias-primas abaixo do normal. Nas importações das peças, 65% ainda se queixam, de acordo com o levantamento da Abinee, dos atrasos no recebimento das cargas.
Escassez de chips pode permanecer até o ano de 2024
O setor da Intel que lida com chips para PCs observou que as vendas de laptops e desktops caíram 13% no primeiro trimestre do ano, cerca de US$ 9,3 bilhões, de acordo com balanço divulgado pela empresa. Gelsinger, o CEO da Intel, diz que a desaceleração das vendas foi ocasionada, principalmente, pelo declínio na demanda dos consumidores por PCs de baixo custo, em contrapartida, a busca corporativa por computadores permaneceu forte.
O CEO da Intel disse, ainda, que a escassez global de chips, que antes ele tinha uma previsão de que duraria até 2023, provavelmente durará ainda mais, já que os fabricantes de chips lutam para comprar equipamentos suficientes para o aumento da produção a fim de atender à demanda.
Pat afirma que a escassez vai durar até 2024, uma vez que a escassez de equipamentos está afetando a capacidade da indústria de aumentar a oferta em um ritmo constante. O CEO da Intel diz ainda que tais desafios não vão atrapalhar a expansão da indústria que ele lidera, a Intel, que inclui novas fábricas nos EUA e na Europa nos anos futuros.
Diversos setores da indústria de chips estão sendo atingidos diretamente diante da escassez de chips no mercado, um cenário que perdura desde 2020 e ganhou ainda mais força ao longo da pandemia do novo Covid-19.
Apesae dos esforços incansáveis de várias gigantes do setor, como a Intel, os planos de novas fábricas de chips, bem como a expansão de indústrias de chips já existentes não vão mudar a situação a curto prazo, segundo especialistas. Contudo, uma saída confortável para amenizar o problema é melhorar os rendimentos no processo da manufatura de chips, algo que pode ser alcançado graças a uma nova técnica refinada de impressão.