1. Início
  2. / Construção
  3. / Será instalado em Minas Gerais a primeira fábrica de células de baterias de lítio-enxofre do mundo
Localização MG Tempo de leitura 4 min de leitura

Será instalado em Minas Gerais a primeira fábrica de células de baterias de lítio-enxofre do mundo

Escrito por Flavia Marinho
Publicado em 27/05/2020 às 16:14
Macaé vai receber 23 milhões de reais de socorro financeiro do Governo Federal
Será instalado em Minas Gerais a primeira fábrica de células de baterias de lítio-enxofre do mundo

No início das operações, serão gerados cerca de 100 empregos diretos em Minas Gerais. A nova fábrica deverá atender o setor de mobilidade, além de indústrias de defesa e aeroespacial.

Minas Gerais: será instalada em Juiz de Fora, na Zona da Mata, a primeira fábrica de células de bateria de lítio-enxofre do mundo. Com investimentos de aproximadamente 245 milhões de reais o empreendimento recebeu o nome de Oxis Brasil. A maior refinaria da Petrobras, a Replan registra a maior queda na produção de petróleo desde 2010

Leia também

A iniciativa tem à frente a Companhia de Desenvolvimento de Minas Gerais (Codemge) e a empresa britânica Oxis Energy.

A primeira fábrica de células de baterias de lítio-enxofre do mundo será instalado em um galpão de 20 mil metros quadrados, que pertence à Mercedes-Benz do Brasil. O contrato de locação é de 15 anos e as obras de adequação vão começar imediatamente.

As operações deverão ter início no ano de 2023. Está previsto que a fábrica comece a operar com uma produção de 300 mil células de bateria anuais, mas com capacidade de produzir até 5 milhões por ano.

No início das operações, serão gerados cerca de 100 empregos diretos. A nova fábrica em Minas Gerais deverá atender o setor de mobilidade, além de indústrias de defesa e aeroespacial.

“Estamos trazendo mais que uma fábrica para Minas, para o interior do Estado: é tecnologia na fronteira do conhecimento que está sendo colocada a serviço do desenvolvimento mineiro. Nesse momento complexo e delicado em que vivemos, é fundamental contribuir para que o Estado se fortaleça e focar nossos recursos e esforços em soluções criativas, pioneiras”, destaca o diretor-presidente da Codemge, Dante de Matos.

O executivo também destacou como vantagens do empreendimento “a transferência de tecnologia, a geração de novos empregos, além da projeção do Estado no cenário econômico internacional em um segmento de vanguarda”.

Segundo a Codemge, Juiz de Fora foi escolhida, sobretudo, por causa da sua posição geográfica, que atribui ao município diversas facilidades logísticas. Outros pontos importantes que a região do estado de Minas Gerais oferece, segundo a entidade, são as boas escolas e universidades, além de uma rede de serviços ampla e mão de obra especializada.

Empresa – A Oxis foi fundada no ano de 2005 e já conta com mais de 43 famílias de patentes. Agora, a empresa espera contribuir para uma nova realidade no Brasil.

“Nosso objetivo é auxiliar o governo brasileiro a eliminar todos os ônibus movidos a motores de combustão interna em um período de 25 anos, o que equivale à produção de 4 bilhões de células. O Brasil tem a terceira maior frota de ônibus do mundo, com 700.000 unidades movidas a combustão interna em circulação”, afirma o presidente da Oxis Energy, Huw Hampson-Jones, também em material enviado para a imprensa.

Algumas vantagens das baterias de lítio-enxofre em relação às baterias de íon lítio, mais empregadas no mercado atualmente, são observadas nas aplicações em que o peso é um fator crítico ou a densidade energética elevada é requisitada.

As baterias de lítio-enxofre são mais leves e ambientalmente amigáveis, já que não possuem metais pesados em sua formulação. Têm alto valor agregado, embora sejam econômicas, e garantem maior segurança, em comparação a outras baterias.

Mercedes-Benz – Segundo a Mercedes-Benz do Brasil, o espaço alugado pela empresa em sua fábrica em Minas Gerais estava em desuso. A companhia afirmou, em nota, que vai seguir produzindo as cabinas de todos os seus caminhões nas instalações do município, sem interferências por causa do aluguel.

“A empresa optou pelo aluguel, uma vez que o prédio não estava sendo utilizado, e vê como positiva a possibilidade de geração de receitas e novos empregos para a população local, ainda mais em momento desafiador da economia brasileira”, afirmou.

Flavia Marinho

Flavia Marinho é Engenheira pós-graduada, com vasta experiência na indústria de construção naval onshore e offshore. Nos últimos anos, tem se dedicado a escrever artigos para sites de notícias nas áreas da indústria, petróleo e gás, energia, construção naval, geopolítica, empregos e cursos. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal.

Compartilhar em aplicativos