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Será este o fim do gás FREON em geladeiras e ares-condicionados? Cientistas dos EUA criam imãs com tecnologia sustentável de Bombas de Calor Magnetocalóricas

Escrito por Paulo Nogueira
Publicado em 18/12/2024 às 16:33
Adeus aos Refrigerantes, Olá aos Ímãs!

Nesta matéria, você vai descobrir como a tecnologia das bombas de calor magnetocalóricas está revolucionando o mercado, oferecendo uma alternativa mais limpa e eficiente para aquecimento e resfriamento, com aplicações práticas que prometem substituir sistemas convencionais e reduzir impactos ambientais.

Conheça como uma inovação incrível está revolucionando os sistemas de aquecimento e resfriamento! Vamos explicar como as bombas de calor magnetocalóricas podem superar as tecnologias convencionais em custo, peso e desempenho, ao mesmo tempo que eliminam os refrigerantes prejudiciais ao meio ambiente.

A substituição dos refrigerantes por ímãs: o futuro está aqui

Pesquisadores do Laboratório Nacional Ames, ligado ao Departamento de Energia dos EUA, criaram uma bomba de calor magnetocalórica que rivaliza com as tradicionais bombas de compressão de vapor. Diferente das tecnologias que utilizam refrigerantes — conhecidos por suas altas emissões de carbono e danos à saúde humana e ao meio ambiente — essa inovação promete eficiência energética e sustentabilidade sem precedentes.

Modelo de linha de base com uma cunha cortada para mostrar o interior. Crédito: Departamento de Energia dos EUA Ames National Laboratory
Modelo de linha de base com uma cunha cortada para mostrar o interior. Crédito: Departamento de Energia dos EUA Ames National Laboratory

As bombas de calor magnetocalóricas eliminam completamente as emissões de refrigerantes e ainda operam com maior eficiência energética. Embora antes essas bombas não conseguissem competir em peso, custo e desempenho com os sistemas tradicionais, a nova tecnologia alcança um equilíbrio perfeito, oferecendo uma alternativa mais limpa e econômica para residências e indústrias.

A visão da pesquisadora: Como tudo começou

De acordo com Julie Slaughter, líder do projeto, o desenvolvimento da bomba começou com uma análise das limitações existentes. “Estudamos os dispositivos atuais e questionamos até onde poderíamos levar a tecnologia magnetocalórica”, comentou Slaughter.

As bombas magnetocalóricas funcionam por meio da aplicação de um campo magnético em materiais especiais, enquanto um fluido é bombeado para transferir calor. Ímãs permanentes e aço magnético desempenham papéis centrais no design, permitindo maior controle e eficiência na movimentação do calor.

As aplicações práticas da tecnologia magnetocalórica

A nova bomba de calor magnetocalórica promete transformar diversos setores ao oferecer uma alternativa mais eficiente e ecológica. Entre as aplicações práticas estão:

  • Aquecimento e resfriamento residencial: substituindo sistemas tradicionais de ar-condicionado e aquecimento em casas e apartamentos com menor impacto ambiental.
  • Refrigeração comercial e industrial: sendo usada em supermercados, armazéns e indústrias alimentícias para reduzir emissões de gases refrigerantes.
  • Climatização de automóveis e transportes: climatizando veículos elétricos e híbridos ou refrigerando alimentos e medicamentos de forma mais sustentável.
  • Data centers: resfriando servidores com menor consumo energético e impacto ambiental.
  • Indústria médica: garantindo controle térmico preciso em equipamentos como ressonância magnética.
  • Climatização de grandes espaços: como escritórios, hospitais e aeroportos, que exigem sistemas robustos e econômicos.

Os materiais que tornam tudo possível

O estudo focou em dois materiais principais:

  • Gadolínio: usado no protótipo básico por sua simplicidade.
  • Ferro-lantânio-silício (LaFeSi): um material mais avançado, com maior densidade de potência, mas menos acessível.

Os pesquisadores também ajustaram a quantidade de materiais caros, como ímãs permanentes, para tornar o sistema mais econômico e viável para produção em larga escala.

Atingindo um marco na competitividade

Com otimizações no design, a nova bomba alcançou densidade de potência comparável às tecnologias atuais de compressão de vapor. Além disso, a redução de materiais caros nos componentes principais viabilizou custos semelhantes aos dos sistemas convencionais, tornando a produção em massa uma realidade.

Conclusão: Um salto sustentável

Com esta nova tecnologia, as bombas de calor magnetocalóricas se apresentam como uma solução revolucionária. Ao eliminar os danos causados pelos refrigerantes e oferecer o mesmo desempenho das bombas de calor tradicionais, o futuro do aquecimento e resfriamento está mais verde do que nunca!

Será que veremos essa tecnologia se tornar dominante em breve?

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Nivaldo Antônio da Silva
Nivaldo Antônio da Silva
18/12/2024 23:23

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Mauro Rocha
Mauro Rocha
20/12/2024 09:26

Um ar condicionado mais econômico seria muito bem vindo. Tomara que essa tecnologia se torne acessível bem rápido.

Salomão
Salomão
20/12/2024 11:06

Espero que realmente aconteça, da forma que vamos não pode ficar. O planeta agradece.

Paulo Nogueira

Eletrotécnica formado em umas das instituições de ensino técnico do país, o Instituto Federal Fluminense - IFF ( Antigo CEFET), atuei diversos anos na áreas de petróleo e gás offshore, energia e construção. Hoje com mais de 8 mil publicações em revistas e blogs online sobre o setor de energia, o foco é prover informações em tempo real do mercado de empregabilidade do Brasil, macro e micro economia e empreendedorismo. Para dúvidas, sugestões e correções, entre em contato no e-mail informe@clickpetroleoegas.com.br. Vale lembrar que não aceitamos currículos neste contato.

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