Cobertura indeniza demissão sem justa causa com parcelas mensais, pode complementar o seguro-desemprego e é exclusiva para trabalhadores com carteira assinada
O seguro para perda de renda é uma cobertura adicional do seguro de vida que garante indenização mensal de R$ 1 mil por até seis parcelas em caso de demissão sem justa causa. O custo parte de R$ 69 por mês, em planos acessíveis e personalizáveis, voltados a quem busca previsibilidade financeira em períodos de transição profissional.
Em 2025, a procura cresceu com a maior incerteza no mercado de trabalho. Segundo Alessandro Malavazi, da Bradesco Vida e Previdência, 81% dos acionamentos de seguros de vida com uso em vida no primeiro semestre foram direcionados à cobertura de perda de renda, sinal de que o produto ganhou espaço como instrumento de proteção do orçamento familiar.
Como funciona a cobertura
A lógica é simples.
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Em caso de perda involuntária do emprego, o segurado recebe uma renda mensal por tempo limitado, normalmente até seis pagamentos, para ajudar a cobrir despesas essenciais enquanto busca recolocação.
A indenização não substitui o salário integral, mas cria um colchão que reduz a necessidade de crédito emergencial.
Essa proteção pode complementar o seguro-desemprego, ampliando a capacidade de manter compromissos como aluguel, contas e alimentação.
Ao distribuir o risco no tempo, a apólice transforma um choque de renda em um período de ajuste mais administrável.
Quem pode contratar e quando o benefício é acionado
A cobertura é exclusiva para trabalhadores com carteira assinada. Isso porque o gatilho do sinistro é a demissão sem justa causa, evento formalizado na rescisão do contrato de trabalho.
Pedidos de demissão e dispensas por justa causa não são elegíveis, e essa distinção precisa estar explícita na apólice.
Para acionar, o segurado comprova a demissão conforme orientações do contrato e segue o fluxo de análise da seguradora.
Transparência e documentação organizada aceleram o pagamento, reduzindo o tempo entre a perda do emprego e a chegada das parcelas.
Quanto custa e o que você recebe
O desenho de preço é prático: planos a partir de R$ 69 mensais dão direito, no exemplo mais divulgado, a R$ 1 mil por mês durante até seis parcelas.
No cenário máximo, o total indenizado chega a R$ 6 mil, valor que ajuda a atravessar o período de recolocação sem quebrar o orçamento.
O custo-benefício depende do perfil do segurado.
Quem tem compromissos fixos altos ou pouca reserva de emergência tende a se beneficiar mais da previsibilidade.
Vale comparar franquias, limites e prazos para entender exatamente o que está sendo contratado e qual o valor real dessa rede de proteção no seu caso.
Vantagens, limites e cuidados antes de assinar
A principal vantagem do seguro para perda de renda é transformar incerteza em fluxo, com pagamentos mensais que suavizam o impacto da demissão.
Outra força é a simplicidade de uso em relação a linhas de crédito, que cobram juros e podem agravar a situação financeira.
Há limites claros. O valor mensal é pré-definido e não acompanha o seu último salário, e o número de parcelas é limitado.
Além disso, exclusões contratuais podem abranger tipos específicos de desligamento ou períodos iniciais sem cobertura.
Ler as condições gerais com calma evita frustrações e garante que a expectativa esteja alinhada ao que será entregue.
Como comparar apólices e incorporar ao seu plano financeiro
Para escolher bem, observe cinco pontos: valor da parcela mensal, número máximo de parcelas, exclusões e carências, processo de acionamento e reajustes ao longo do tempo.
Checar se a cobertura já está embutida no seu seguro de vida também é essencial, pois pode haver economia por pacote.
Integre a apólice ao seu planejamento. Reserva de emergência e seguro não são substitutos, são camadas de proteção.
A cobertura oferece renda temporária; a reserva cobre imprevistos de curto prazo. Juntas, desarmam o efeito dominó que uma demissão costuma provocar nas finanças da família.
O seguro para perda de renda não promete milagre, promete tempo, e isso faz diferença quando a renda cessa de um dia para o outro.
Ao garantir pagamentos mensais por um período definido, ele ajuda a proteger o essencial e dá fôlego para uma recolocação mais estratégica, sem decisões precipitadas.
E você, contrataria essa cobertura hoje? O valor de R$ 1 mil por mês faria diferença no seu orçamento durante a busca por um novo emprego? R$ 69 mensais cabem no seu planejamento ou você prefere guardar esse montante em reserva? Conte como você organizaria essa proteção na sua realidade — queremos ouvir quem já passou, ou teme passar, por essa situação.