Leilões de plataformas da Petrobras podem aliviar a situação dos estaleiros parados no Brasil e segundo a ANP cerca de 20 unidades serão descomissionadas a partir de 2021.
Amanhã (24/07), acontecerá o grande leilão, organizado pelo leiloeiro João Emilio, das plataformas da Petrobras , P-7, P-12 e P-15 e a ANP estima que é a grande partida para o desenvolvimento de uma indústria bastante promissora no Brasil: a do descomissionamento. Retomada da construção naval! Petrobras voltará a fabricar seus próprios FPSO’s e estaleiro EBR é um dos pré-qualificados
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Segundo dados da agência, somente no Brasil, existem cerca de 160 plataformas offshore operando no Brasil e aproximadamente 42% delas opera há mais de 25 anos.
Deste total, 74 plataformas são fixas e já foram programadas para descomissionamento, sendo que entre 15 e 20 estão inclusive com notificação emitida à ANP de que serão descomissionadas a partir de 2021.
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Oportunidades aos estaleiros
Segundo um estudo da COPPE/UFRJ o Brasil fará o descomissionamento de 60 instalações offshore e cerca de 165 poços entre os 3 e 5 próximos anos.
O fato desencadeará uma demanda para desmantelamento das unidades offshore, o que certamente vai fomentar uma atividade até então não explorada pelos nossos estaleiros.
A crise na construção naval brasileira se intensificou a partir de 2014 e hoje temos vários grandes estaleiros nacionais em até situação de recuperação judicial.
Preocupado com este cenário a SOBENA criou um comitê Técnico para estudar o Desmantelamento de Navios e Descomissionamento de Plataformas, com o objetivo de debater tecnologias e boas práticas, e vem realizando workshops e webinares sobre estes temas nestes tempos de pandemia.
Em relação ao descomissionamento de plataformas fixas informadas pela ANP, pode se executar a atividade da seguinte forma: Remoção Completa; Remoção Parcial; Tombamento no Local; Reutilização e Deixar no Local para Utilizações Alternativas.
Todas estas alternativas necessitarão de desenvolvimento de tecnologias e técnicas que minimizem os efeitos ao meio ambiente conforme a norma internacional IMO, com a constante preocupação de onde e como depositar a sucata gerada, como resolver a questão do Coral-Sol que já abordamos em outra matéria aqui no CPG e até mesmo como descartar os materiais radioativos de ocorrência natural, como o Radio, Boro, Estrôncio, Pb-210, e outros.