Dutos e UPGN’s da Petrobras teriam que ser acessados pela Potiguar E&P que dobraria a oferta de gás natural no estado
O projeto do governo federal de ofertar gás natural com 50% de desconto passa por vários entraves e um deles está afetando o estado do Rio Grande do Norte. O estado tem potencial para entregar aproximadamente 300 mil m³/dia de gás natural, mas precisa resolver algumas questões referentes a infraestrutura. Petrobras revisa o projeto e pode cancelar o FPSO de Itapu.
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A declaração é do presidente da Potiguar E&P, Marcelo Magalhães, e foi dada durante uma entrevista concedida ao portal epbr. O executivo declarou que este potencial é maior que o consumo total de gás natural do estado do Rio Grande do Norte que atualmente está em 200 mil m³/dia, mas já atingiu o pico de 318 mil m³/dia em 2018.
Um fator favorável, segundo Magalhães, é que os campos estão ligados a malha dutoviária da Petrobras, mas por outro lado falta acesso a infraestrutura para negociar o gás natural com a Potigás, empresa que faz a distribuição para o estado do Rio Grande do Norte.
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Como as empresas já tem um memorando de entendimento visando um futuro contrato de comercialização do gás, faz se necessário o acesso a esta infraestrutura.
“Preciso de acesso ao gasoduto de produção (da Petrobras), que leva da minha instalação até a UPGN e, depois, que ela preste o serviço (de processamento) com a UPGN”, explicou o presidente da Potiguar E&P.
Vale lembrar que para realizar a abertura do mercado de gás, a Petrobras firmou acordo com o CADE, mas precisará resolver alguns entraves referentes a tributação deste tipo de operação, que está sendo feita pela primeira vez no Brasil.
A Potiguar E&P também opera na Bahia, através da PetroReconcavo e comprou no fim do ano passado o Polo Riacho da Forquilha, na Bacia Potiguar. O estado do Rio do Norte tem enorme potencial onshore por já possuir mão de obra qualificada e tem cerca de 200 blocos na oferta permanente dos leilões da ANP.