A geração distribuída alcançou a marca de 1 GW no estado, impulsionada pela instalação de energia solar, que explodiu nos últimos 14 meses.
Nesta sexta-feira o estado de São Paulo alcançou uma métrica interessante. O estado alcançou a marca de 1 GW instalado de energia distribuída. Nesse sentido, a energia solar vem sendo amplamente responsável pelo crescimento, com um aumento da instalação de painéis solares antes da aprovação da chamada “taxação do sol” e graças ao aumento dos valores de energia elétrica nos últimos meses.
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As empresas de instalação comemoram e aproveitam o crescimento. De acordo com a Associação Brasileira de Geração Distribuída (ABGD) 98% dos municípios paulistas possuem, ao menos, uma instalação de geração distribuída. Todos os outros dados aqui apresentados fazem parte do mesmo relatório, mostrando o perfil da energia distribuída no estado.
Qual o perfil da geração distribuída do estado de São Paulo?
Dentre as diversas cidades da capital – São Paulo, Campinas e Ribeirão Preto vem se destacando em geração de energia distribuída, com boa parte das instalações.
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Como já citado, as instalações de energia distribuída são predominantemente em instalações residenciais (491 MW). Depois disso, temos em ordem as instalações comerciais (342 MW), seguidos por instalações industriais (89 MW) e rurais (70 MW).
A matriz de energia distribuída no estado são, basicamente, instalações de energia solar (98%), seguidas por Mini e micro termelétrica (1,01%) e unidades hidrelétricas (0,37%), que vêm sendo instaladas em ambientes industriais.
Boa parte das instalações termelétricas são instaladas por empresas que, de alguma forma, produzem o combustível para a termelétrica em suas próprias atividades.
Nesse sentido, é importante destacar o papel das indústrias nadadeiras e de produção de papel e celulose, que usam chips de madeira e outros vestígios de produção como combustível verde para a geração de energia termelétrica, já que o carbono resultado da queima desses detritos é só equivalente ao quê árvores sugaram da atmosfera para seu conhecimento, o que é chamado de “carbono zero”.
Uma das metas do futuro da associação é aumentar a variedade das matrizes de geração, incluindo termelétricas de biomassa e resíduos sólidos urbanos.
A explosão da geração distribuída e “a corrida do ouro” pela geração solar.
Outro dado interessante dos dados apresentados mostram a explosão da geração distribuída nos últimos 14 meses. No estado de São Paulo, a primeira instalação de energia distribuída foi em agosto de 2013, e desta data até 2020, houve a instalação de 500MW. Os outros 500 MW foram instalados em apenas 14 meses.
De acordo com opresidente da ABGD, Carlos Evangelista, “Há uma justificada corrida pelo ouro, especialmente em energia solar. O avanço do Marco Legal da Geração Distribuída e a elevação do custo da energia elétrica justificam a busca por minigeração e microgeração”. Ou seja, as dificuldades criadas pela crise hídrica e o aumento constante da conta de luz, associado com a possibilidade da geração de uma taxação para a energia distribuída (apelidada de taxação do sol, tramitando no Senado) fizeram com que o mercado explodisse.
A energia solar vem absorvendo esse interesse, especialmente porque é um projeto plenamente adaptável para microgeração residencial. Os painéis solares podem ser colocados no telhado e a instalação depende de menos complicações que outras opções.
Vale a pena instalar energia solar?
A geração distribuída de energia solar é, de acordo com especialistas, um excelente custo benefício. Podendo reduzir a conta de energia em até 95%, de acordo com informações do Portal Solar.
O buyback ( momento em que a economia gerada pela instalação dos painéis solares compensa o valor investido na instalação) acontece entre 4 e 6 anos, sendo que geralmente a instalação funciona sem manutenção por até mais de 10 anos.
O valor continua sendo o maior empecilho para a popularização da energia solar, já que os valores de instalação costumam passar dos R$10mil, mas as empresas de instalação de energia solar já vem trabalhando em formas de facilitar o pagamento da instalação.