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Santa Catarina poderá se destacar no setor de gás natural com a construção de novo terminal de GNL. Milhares de empregos poderão ser abertos

Escrito por Roberta Souza
Publicado em 02/08/2021 às 15:06
Atualizado em 03/08/2021 às 09:14
Santa Catarina – gás natural – terminal – empregos
Navio transportador de GNL/ Fonte: Money Times

O estado de Santa Catarina será grande destaque em gás natural liquefeito com a construção do novo terminal, que receberá um investimento de até R$ 400 milhões

De acordo dados do segundo semestre do ano passado, o estado de Santa Catarina registra consumo de gás natural acima da média. Mas o estado contará salto na oferta do insumo em meados do primeiro semestre de 2022, com o início das operações do Terminal de Gás Sul (TGS), unidade de gás natural liquefeito (GNL), em São Francisco do Sul. O investimento é de R$ 400 milhões e o projeto teve início com a multinacional norueguesa Golar Power. A expectativa é de que com as obras, milhares de empregos poderão ser gerados. Veja ainda: Obras para construção de navios da Marinha, no estado de Santa Catarina, já tem data para começar

O novo terminal de GNL

A expectativa era de que a obra em Santa Catarina ficaria pronta em pouco mais de um ano após a licença ambiental de instalação (LAI) concedida em maio, mas a empreiteira Tenenge, que assumiu o projeto da multinacional americana New Fortress Energy (NFE), vai conseguir antecipar a conclusão da instalação para o final de março ou abril do ano que vem.

Conforme o presidente da SCGás, Willian Anderson Lehmkuhl, tal antecipação será possível porque a Tenenge conseguirá executar a obra em cinco frentes ao mesmo tempo. Ele afirma que esse projeto vai permitir atender às necessidades de expansão do consumo em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e ainda terá excedente para São Paulo.

Oferta de gás natural, em Santa Catarina

Atualmente, Santa Catarina conta com oferta contratada de 2,1 milhões de metros cúbicos fornecidos pelo gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), mas usa 2,5 milhões de metros cúbicos. Para usar mais, paga taxa adicional. O TGS vai fornecer 15 milhões de metros cúbicos. Para SC, a expectativa é de que sejam destinados cerca de 7 milhões de metros cúbicos adicionais. Está prevista a construção de uma usina termelétrica pela Engie Brasil Energia em função dessa oferta de GNL.

O presidente da SCGás, diz que a companhia está se preparando para uma mudança no perfil de consumo, com fornecimento maior para consumidores residenciais, comerciais e de serviços.

Confira ainda: Complexo portuário em Santa Catarina receberá R$ 15 bilhões em investimentos nos próximos anos, com expectativa de gerar 45 mil novas vagas de emprego

O complexo portuário Babitonga, que conta com os portos de São Francisco e de Itapoá, possui projetos de investimentos para os próximos 10 anos que somam R$ 15 bilhões, com grande expectativa de gerar muitos empregos ao estado de Santa Catarina. O presidente do porto de Itapoá, Cássio José Schreiner, informa que com os investimentos divulgados, o objetivo é duplicar a capacidade do terminal, passando de 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida de contêineres) para mais de 2 milhões de TEUs por ano.

Cassio Schreiner diz que a série de investimentos no complexo portuário Babitonga deve incluir, em breve, uma concessão para aprofundar o canal de acesso à baía até 2022, criando um pedágio para a entrada de navios. Essa obra no estado de Santa Catarina vai ampliar de 14 para 16 metros a profundidade do calado, permitindo receber grandes navios de contêineres de 400 metros, que são as grandes embarcações mundiais de cargas atualmente.

Entre os aportes e empregos projetados para o entorno da Baía da Babitonga na próxima década, Schreiner cita o Terminal de Gás Sul (TBG), unidade de gás natural liquefeito orçada em US$ 77 milhões (R$ 388 milhões) que acaba de ser licenciada. Na lista estão também o terminal Mar Azul, para cargas da ArcelorMittal, o Porto Brasil Sul, o Terminal Graneleiro Babitonga (TGB). Ao todo, são mais de 30 empresas portuárias e retroportuárias previstas.

Roberta Souza

Engenheira de Petróleo, pós-graduada em Comissionamento de Unidades Industriais, especialista em Corrosão Industrial. Entre em contato para sugestão de pauta, divulgação de vagas de emprego ou proposta de publicidade em nosso portal. Não recebemos currículos

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