O estado de Santa Catarina será grande destaque em gás natural liquefeito com a construção do novo terminal, que receberá um investimento de até R$ 400 milhões
De acordo dados do segundo semestre do ano passado, o estado de Santa Catarina registra consumo de gás natural acima da média. Mas o estado contará salto na oferta do insumo em meados do primeiro semestre de 2022, com o início das operações do Terminal de Gás Sul (TGS), unidade de gás natural liquefeito (GNL), em São Francisco do Sul. O investimento é de R$ 400 milhões e o projeto teve início com a multinacional norueguesa Golar Power. A expectativa é de que com as obras, milhares de empregos poderão ser gerados. Veja ainda: Obras para construção de navios da Marinha, no estado de Santa Catarina, já tem data para começar
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O novo terminal de GNL
A expectativa era de que a obra em Santa Catarina ficaria pronta em pouco mais de um ano após a licença ambiental de instalação (LAI) concedida em maio, mas a empreiteira Tenenge, que assumiu o projeto da multinacional americana New Fortress Energy (NFE), vai conseguir antecipar a conclusão da instalação para o final de março ou abril do ano que vem.
Conforme o presidente da SCGás, Willian Anderson Lehmkuhl, tal antecipação será possível porque a Tenenge conseguirá executar a obra em cinco frentes ao mesmo tempo. Ele afirma que esse projeto vai permitir atender às necessidades de expansão do consumo em Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Paraná e ainda terá excedente para São Paulo.
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Oferta de gás natural, em Santa Catarina
Atualmente, Santa Catarina conta com oferta contratada de 2,1 milhões de metros cúbicos fornecidos pelo gasoduto Brasil-Bolívia (Gasbol), mas usa 2,5 milhões de metros cúbicos. Para usar mais, paga taxa adicional. O TGS vai fornecer 15 milhões de metros cúbicos. Para SC, a expectativa é de que sejam destinados cerca de 7 milhões de metros cúbicos adicionais. Está prevista a construção de uma usina termelétrica pela Engie Brasil Energia em função dessa oferta de GNL.
O presidente da SCGás, diz que a companhia está se preparando para uma mudança no perfil de consumo, com fornecimento maior para consumidores residenciais, comerciais e de serviços.
Confira ainda: Complexo portuário em Santa Catarina receberá R$ 15 bilhões em investimentos nos próximos anos, com expectativa de gerar 45 mil novas vagas de emprego
O complexo portuário Babitonga, que conta com os portos de São Francisco e de Itapoá, possui projetos de investimentos para os próximos 10 anos que somam R$ 15 bilhões, com grande expectativa de gerar muitos empregos ao estado de Santa Catarina. O presidente do porto de Itapoá, Cássio José Schreiner, informa que com os investimentos divulgados, o objetivo é duplicar a capacidade do terminal, passando de 1,2 milhão de TEUs (unidade de medida de contêineres) para mais de 2 milhões de TEUs por ano.
Cassio Schreiner diz que a série de investimentos no complexo portuário Babitonga deve incluir, em breve, uma concessão para aprofundar o canal de acesso à baía até 2022, criando um pedágio para a entrada de navios. Essa obra no estado de Santa Catarina vai ampliar de 14 para 16 metros a profundidade do calado, permitindo receber grandes navios de contêineres de 400 metros, que são as grandes embarcações mundiais de cargas atualmente.
Entre os aportes e empregos projetados para o entorno da Baía da Babitonga na próxima década, Schreiner cita o Terminal de Gás Sul (TBG), unidade de gás natural liquefeito orçada em US$ 77 milhões (R$ 388 milhões) que acaba de ser licenciada. Na lista estão também o terminal Mar Azul, para cargas da ArcelorMittal, o Porto Brasil Sul, o Terminal Graneleiro Babitonga (TGB). Ao todo, são mais de 30 empresas portuárias e retroportuárias previstas.