Com investimentos no setor, Itajaí, que já é reconhecida nacionalmente como a capital da construção naval, deve em breve se tornar referência na América Latina
Itajaí deve se tornar, nos próximos anos, um pólo referência da construção naval militar da América Latina. TCU libera a construção das corvetas da Marinha e estima gerar 8 mil vagas de emprego no estaleiro Oceana em Itajaí.
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O Governo Federal liberou recursos que passam dos R$ 4 bilhões para serem investidos em programas militares, mas a procura por embarcações de passeio também cresceram nos últimos anos.
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O setor náutico de Itajaí, um dos pilares mais importante da economia do município, está navegando de vento em popa.
Nos estaleiros, a fabricação de esporte e laser registra crescimento, a localização e a infraestrutura oferecidas foram quesitos importantes para a tomada de decisão das empresas em investir e se estabelecer em Itajaí.
O ano de 2019 foi muito favorável para Sedna Group — uma empresa nacional, com a mais forte presença no segmento de pesca no Brasil e América do Sul. A companhia projeta crescer 20% em 2020.
Para o próximo ano no estaleiro já tem 63 barcos encomendados, por isto o ritmo de trabalho segue intenso na fábrica.
“O segundo semestre foi bem mais favorável que o primeiro em função da troca de governo e políticas econômicas. O investidor (nosso cliente) tem encontrado segurança nas soluções que o governo propõe e o ano de 2020 promete ser muito melhor que 2019, temos uma projeção de crescimento de 20 % no mercado nacional e cerca de 15% no mercado de exportação”, diz Hemerson Dinis, gerente de vendas da Sedna.
Em Itajaí o vento sopra em direção ao alto mar. A cidade foi a grande vencedora do prêmio Bom Barco de Excelência Náutica em 2019, considerado o Oscar da área náutica.
“Isso demonstra que a cidade não só tem uma construção naval qualificada, mas, acima de tudo, que ela traz isso com qualidade. Então, essa premiação enaltece muito os estaleiros do município e valorizando também o próprio município de itajaí, que ano após ano tem se qualificado cada vez mais, com mão-de-obra mais qualificada e empresas melhor preparadas para atender a demanda do mercado e também a oferta de emprego que acaba gerando no setor”, afirma Thiago Morastoni, Secretário de Desenvolvimento Econômico de Itajaí.
Outra boa notícia é que Itajaí deve se tornar, nos próximos anos, um pólo referência da construção naval militar da América Latina.
Neste ano, deve iniciar a construção de duas corvetas — embarcações destinadas a navegação da marinha do Brasil. A ordem de serviço ainda não foi assinada, mas quando se tornar realidade deverá gerar mais de 8 mil vagas de emprego indiretos.
O dinheiro já foi liberado pelo Governo Federal. Serão investido 4 bilhões e 250 mil reais para os programas de construção das corvetas estilo Classe Tamandaré e para a compra de um navio de apoio Antártico.
O consórcio Águas Azuis que envolve o estaleiro Oceana de Itajaí, além da Embraer e da Thyssen Group da Alemanha, venceu a licitação e será o responsável pela construção.
“Há muita troca de tecnologia entre as universidades, as empresas e os governos envolvidos. Então, Itajaí cada vez mais vai crescer não só no mercado de lazer, no mercado do petróleo, mas, acima de tudo, num mercado totalmente aberto, que é o mercado da construção naval militar. Nós temos poucos pontos no mundo que são referência na construção naval militar e, Itajaí deve se tornar um desses novos postos, se tornando referência na construção naval militar na América Latina”, conclui o Secretário.