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Sai o ônibus, entra o trem: 6 novas rotas ferroviárias vão substituir o transporte rodoviário e reativar trilhos no Brasil

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 15/06/2025 às 18:33
Novas rotas ferroviárias vão conectar cidades brasileiras com reaproveitamento de trilhos e mudar o transporte regional nos próximos anos.
Novas rotas ferroviárias vão conectar cidades brasileiras com reaproveitamento de trilhos e mudar o transporte regional nos próximos anos.
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Governo federal prepara pacote ferroviário com seis novas ligações regionais entre cidades, aproveitando trechos abandonados e apostando na integração com metrôs e ônibus municipais.

O governo federal anunciou a retomada do transporte ferroviário regional de passageiros com o lançamento de seis novas rotas que prometem transformar a mobilidade entre cidades brasileiras.

A iniciativa faz parte do Novo PAC e busca reativar trilhos abandonados, oferecer uma alternativa ao transporte rodoviário e promover maior integração entre regiões metropolitanas.

Governo prevê novas linhas ferroviárias regionais até 2025

De acordo com o Ministério dos Transportes, responsável pelo plano, os projetos serão estruturados por meio de parcerias público-privadas (PPPs), com apresentação prevista para outubro de 2025.

O objetivo é aproveitar trilhos já existentes para reduzir custos e acelerar a implantação dos serviços.

As seis novas rotas de trens regionais incluem ligações estratégicas em diferentes regiões do país:

  • Brasília (DF) – Luziânia (GO)
  • Londrina (PR) – Maringá (PR)
  • Pelotas (RS) – Rio Grande (RS)
  • Salvador (BA) – Feira de Santana (BA)
  • Fortaleza (CE) – Sobral (CE)
  • São Luís (MA) – Itapecuru Mirim (MA)

Modelo do Trem Intercidades pode servir de referência

Durante o Workshop de Transporte Ferroviário de Passageiros, realizado em 28 de maio em Brasília, o secretário nacional de Transporte Ferroviário, Leonardo Ribeiro, explicou que o modelo do Trem Intercidades entre São Paulo e Campinas pode inspirar os novos projetos.

Segundo ele, “a ideia é aplicar modelos com participação pública significativa, garantindo viabilidade e atratividade para os investidores”.

Malha ferroviária existente será reaproveitada

A estratégia do governo prevê o reaproveitamento de trechos da malha ferroviária hoje voltados ao transporte de carga, como a Malha Paulista, operada por concessionárias privadas.

Estima-se que cerca de R$ 600 milhões possam ser alocados inicialmente, a partir de concessões já vigentes no setor de carga.

Estudos técnicos e licitações já estão em andamento

Os estudos técnicos, econômicos e sociais estão em andamento e incluem etapas de consulta pública, definição de traçados e elaboração de editais.

A expectativa é que os projetos estejam prontos para licitação até o final de 2025.

Novas rotas ferroviárias vão conectar cidades brasileiras com reaproveitamento de trilhos e mudar o transporte regional nos próximos anos.
Novas rotas ferroviárias vão conectar cidades brasileiras com reaproveitamento de trilhos e mudar o transporte regional nos próximos anos.

Hoje, Brasil tem apenas duas linhas ferroviárias de passageiros

Atualmente, o Brasil conta com apenas duas linhas regulares de longa distância para passageiros: Vitória–Minas e Carajás, ambas operadas pela Vale.

Esses trechos são funcionais, mas atendem um número limitado de usuários e estão distantes de grandes centros urbanos.

Novo PAC prevê R$ 94 bilhões para o setor ferroviário

O Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) prevê R$ 94 bilhões em investimentos para o setor ferroviário até 2026.

A meta é atender regiões metropolitanas com alta densidade populacional, favorecendo deslocamentos rápidos, acessíveis e sustentáveis.

Regiões metropolitanas e mobilidade intermunicipal no foco

Segundo o Ministério dos Transportes, as rotas foram escolhidas com base na proximidade entre as cidades, no volume diário de deslocamentos e na disponibilidade de trilhos subutilizados ou abandonados.

“O plano é ambicioso, mas temos a infraestrutura básica em muitos desses trechos”, afirmou Ribeiro durante o evento.

Trens regionais como alternativa ao transporte rodoviário

A retomada do transporte regional por trilhos é uma alternativa para aliviar a pressão sobre as rodovias, especialmente em regiões onde o trânsito intermunicipal é intenso.

A conectividade regional por trem pode impulsionar o turismo, facilitar o acesso a serviços públicos e estimular o desenvolvimento econômico local.

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Integração com estados, municípios e outros modais

Os novos sistemas ferroviários devem operar em parceria com governos estaduais e municipais, com foco na integração com ônibus urbanos, metrôs, VLTs e terminais rodoviários.

A proposta é criar um sistema de mobilidade intermodal eficiente e adaptado às realidades regionais.

Projeto também deve gerar empregos e fortalecer a indústria ferroviária

A implantação das linhas demandará obras de reabilitação de trilhos, construção de estações, compra de composições e serviços de manutenção, gerando empregos diretos e indiretos.

A expectativa é de que a indústria ferroviária nacional também seja estimulada com essa nova demanda.

Com trilhos voltando a cortar o interior do país e ligando grandes centros a cidades vizinhas, o transporte ferroviário de passageiros no Brasil pode estar prestes a viver uma nova era.

Será que o trem vai reconquistar o espaço que perdeu para os ônibus nas últimas décadas?

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Antonio
Antonio
26/06/2025 07:26

Para um transporte ferroviário, mais rápido é preciso que as linhas férreas sejam duplicadas, para evitar a disputa de ida e volta, entre os trens de carga ou de passageiros, e com sistema de linhas com bitolas largas, para dar mais estabilidade, garantindo trens com maior velocidade, e evitar demora nas viagens. As ferrovias nos túneis, viadutos e as altas e compridas pontes, também, precisam ser duplicados.

José
José
19/06/2025 07:15

O que nós brasileiros precisamos é acabar com essa manobra iludindo o povo com essa de esquerda e direita e nós em todas eleições não reeleger deputados e senadores esses corruptos que atrasam o Brasil pois a anos o Brasil não anda.Se renovar o congresso pode reduzir os impostos e vai ter ainda muito dinheiro para investir no Brasil e hoje investe em países lá fora e ainda perdoando dívidas de ****.

julien martoran
julien martoran
Em resposta a  José
20/06/2025 11:07

A a maior burrada que a gente faz é achar que os gastos que atrasam o país são o estado ou o poder público, enquanto os bancos privados e a taxa SELIC nos roubam todos os anos quase um trilhão de reais. Não meta o **** nos impostos. Meta o **** nos juros do Banco Central. Diferença da inflação para a meta: 0,33%. E esses sujeitos sobem a taxa para 15% ao ano!

José
José
19/06/2025 07:08

Esse governo do PT é o maior atraso para o Brasil já tem 20 anos desde Lula entrou pela primeira vez vem com essas promessas de reativar as linhas de ferro e só nas mentiras e nada sai do papel. Quantos empregos não são gerados. Linha de belo horizonte a ouro preto já só promessas. Já roubaram até as linhas.

Jorge alfaro
Jorge alfaro
Em resposta a  José
19/06/2025 15:43

O PT promete e faz. Já o Inelegível passou o governo inteiro e não fez absolutamente nada. Exemplo: túnel submarino ligando Santos ao Guarujá, prometido há mais de cem anos pela direita, vai sair agora, no PAC, do PT.

osvaldo howenstein
osvaldo howenstein
Em resposta a  José
20/06/2025 11:12

Enquanto isso os bancos tomam do governo 400 bilhões de reais por ano só em juros da taxa SELIC e vc não chia nem pia. 275 mil empregos de carteira assinada pelo Caged foram criados apenas em abril deste ano. Agora, me diz aí, Bidu, qtos kms de ferrovia foram criados no desgoverno o ****.

Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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