1. Início
  2. / Agronegócio
  3. / Safra de cana-de-açúcar 2025/26 enfrenta desafios dos impactos climáticos na agricultura brasileira com queda na produção, segundo Conab
Tempo de leitura 4 min de leitura Comentários 0 comentários

Safra de cana-de-açúcar 2025/26 enfrenta desafios dos impactos climáticos na agricultura brasileira com queda na produção, segundo Conab

Escrito por Rodrigo Souza
Publicado em 05/11/2025 às 08:51
A safra de cana-de-açúcar 2025/26 chega em um momento de forte atenção do setor agroindustrial brasileiro
A safra de cana-de-açúcar 2025/26 chega em um momento de forte atenção do setor agroindustrial brasileiro (Foto: CONAB)
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

Mesmo com aumento de área plantada, a safra de cana-de-açúcar sofre os efeitos da seca e do calor intenso, influenciando açúcar, etanol e sustentabilidade no agronegócio nacional

A safra de cana-de-açúcar 2025/26 chega em um momento de forte atenção do setor agroindustrial brasileiro, segundo uma matéria publicada.

A estiagem prolongada e as ondas de calor registradas durante 2024 e parte de 2025 afetaram o desenvolvimento das lavouras, principalmente na região Centro-Sul, reduzindo a produtividade nacional.

Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a produção total está estimada em 666,4 milhões de toneladas, o que representa queda de 1,6% em comparação ao ciclo anterior.

Apesar de o cultivo ocupar uma área maior, chegando a 8,97 milhões de hectares, crescimento de 2,4% sobre 2024/25, o rendimento médio nacional caiu 3,8%, atingindo 74.259 quilos por hectare.

Esse cenário reflete como os impactos climáticos na agricultura brasileira interferem diretamente na rentabilidade e na competitividade do setor.

Impactos climáticos na agricultura brasileira reduzem rendimento e afetam principais polos de cultivo

No Sudeste, região responsável pela maior parte da produção, as adversidades climáticas resultaram em retração de 4,4%, com a colheita projetada em 420,2 milhões de toneladas.

São Paulo, o maior produtor do país, deve colher 18,2 milhões de toneladas a menos em relação à safra anterior.

A seca intensa, as altas temperaturas e os incêndios nos canaviais prejudicaram o rebrote das plantas, limitando o avanço da produção.

Cenário semelhante ocorre no Norte, onde a limitação hídrica também reduziu o volume esperado, estimado em 4 milhões de toneladas.

Já no Centro-Oeste, embora a produtividade média tenha recuado 1,9%, o aumento de 6% na área colhida elevou a produção regional para 151 milhões de toneladas, crescimento de 3,9%.

Esses dados reforçam o desafio de equilibrar expansão territorial com eficiência agronômica diante das mudanças do clima, um dos principais temas de sustentabilidade no agronegócio nacional.

Produção de açúcar e etanol no Brasil mantém força mesmo com restrição hídrica

A safra de cana-de-açúcar influencia diretamente o desempenho das indústrias sucroenergéticas.

Apesar da menor disponibilidade de matéria-prima, a produção de açúcar deve alcançar 45 milhões de toneladas, alta de 2% sobre o ciclo anterior, configurando o segundo maior volume histórico, atrás apenas de 2023/24, quando o país produziu 45,68 milhões de toneladas.

Já a fabricação de etanol, somando as origens da cana e do milho, deve atingir 36,2 bilhões de litros, redução de 2,8%.

O etanol derivado da cana apresenta queda de 9,5%, totalizando 26,55 bilhões de litros, enquanto o combustível produzido a partir do milho cresce 22,6%, chegando a 9,61 bilhões.

Desse total, 13,58 bilhões de litros são de anidro e 22,16 bilhões de hidratado. Esses números reforçam a relevância da diversificação das fontes energéticas e mostram como a produção de açúcar e etanol no Brasil segue estratégica para o abastecimento e o mercado internacional.

Projeções da Conab para 2025 e o mercado do etanol e açúcar mostram ajustes e estabilidade

De acordo com as projeções da Conab para 2025, as regiões Nordeste e Sul demonstram leve crescimento, com 55,1 milhões e 36,2 milhões de toneladas, respectivamente.

No Sul, as chuvas mais regulares favoreceram ganhos de produtividade de 7,7%. No mercado externo, o açúcar brasileiro registrou exportação de 17,7 milhões de toneladas entre abril e setembro, retração de 9% frente ao mesmo período anterior.

Mesmo com o mix de produção mais voltado ao adoçante, a menor qualidade da matéria-prima e o Açúcar Total Recuperável (ATR) mais baixo limitaram ganhos.

Ainda assim, o mercado do etanol e açúcar apresenta sinais de estabilidade. As vendas internas de etanol anidro seguem firmes, sustentadas pela demanda de mistura na gasolina.

O hidratado, por sua vez, depende do câmbio e da paridade de preços. Com o avanço da colheita e o ATR reduzido, a tendência é de operação estável no último trimestre.

Outras informações oficiais sobre a safra de cana-de-açúcar e seus derivados estão disponíveis no boletim técnico publicado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com análises detalhadas sobre produtividade, área cultivada e perspectivas do setor sucroenergético nacional.

Banner quadrado em fundo preto com gradiente, destacando a frase “Acesse o CPG Click Petróleo e Gás com menos anúncios” em letras brancas e vermelhas. Abaixo, texto informativo: “App leve, notícias personalizadas, comentários, currículos e muito mais”. No rodapé, ícones da Google Play e App Store indicam a disponibilidade do aplicativo.
Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Rodrigo Souza

Jornalista formado em 2006 pelo UNI-BH e com mais de 15 anos de experiência na produção de conteúdo otimizado para sites e blogs. Sou apaixonado pela escrita e sempre prezo pela credibilidade. Ao longo da minha carreira, já prestei serviço para diversos portais de notícias e agências de marketing digital na produção de matérias jornalísticas e artigos SEO.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x