Com motor da Himalayan, mas calibrado para mais torque, nova naked aposta em agilidade e painel TFT com GPS para conquistar o mercado.
A Royal Enfield Guerrilla 450 foi oficialmente lançada no Brasil, posicionando-se como uma nova e forte concorrente no segmento de nakeds de média cilindrada. Com um preço inicial agressivo de R$ 28.990, o modelo aposta em um estilo flat-track, ciclística ágil e um pacote tecnológico que inclui um painel TFT com espelhamento de GPS. As primeiras impressões e detalhes técnicos foram compartilhados pelo youtuber Rodolfinho da Z diretamente do evento de lançamento, realizado no Kartódromo Aldeia da Serra, em São Paulo.
Apresentada ao público brasileiro no Festival Interlagos de 2025, a nova motocicleta utiliza a mesma plataforma de motor da bem-sucedida Himalayan 450, mas não se engane: a proposta aqui é completamente diferente. Enquanto sua irmã é focada em aventura, a Guerrilla 450 foi projetada para o asfalto, com ajustes que priorizam a entrega de torque em baixas rotações e uma agilidade superior para o trânsito urbano e estradas sinuosas, mirando um público que busca performance e design em um pacote acessível.
Motor Sherpa 450: potência conhecida, resposta nova
O coração da Royal Enfield Guerrilla 450 é o já conhecido motor Sherpa de 450cc. Trata-se de um monocilíndrico com refrigeração líquida que entrega 40 cavalos de potência, o mesmo número da Himalayan. No entanto, como observado por Rodolfinho da Z, o grande diferencial está na nova calibragem do mapa de injeção eletrônica. Essa mudança foi pensada para alterar radicalmente o comportamento da moto, oferecendo mais força em baixas e médias rotações.
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Diferente da Himalayan, onde o pico de potência é sentido em rotações mais altas, a Guerrilla 450 responde muito mais cedo ao acelerador. Isso se traduz em uma pilotagem mais vigorosa no ambiente urbano, com saídas de semáforo e retomadas mais rápidas. O modelo conta com acelerador eletrônico (ride-by-wire) e oferece dois modos de pilotagem: “Desempenho”, para uma resposta mais imediata, e “Econômico”, para otimizar o consumo de combustível.
Ciclística focada em agilidade urbana
A personalidade da Royal Enfield Guerrilla 450 é definida por sua ciclística. O chassi foi projetado com um entre-eixos mais curto, o que, segundo as primeiras impressões, torna a moto “sensacional” para fazer curvas. A agilidade é complementada por rodas de liga leve de 17 polegadas em ambos os eixos, calçadas com pneus mais largos que garantem maior aderência e estabilidade em curvas.
O sistema de freios, com pinças da marca BYBRE e ABS nas duas rodas, também é herdado da Himalayan. Um detalhe importante, no entanto, é que o sistema ABS da Guerrilla 450 não pode ser desativado, reforçando sua vocação estritamente para o asfalto e diferenciando-a de modelos com propostas off-road. Essa configuração visa garantir máxima segurança em frenagens de emergência no ambiente urbano.
Tecnologia e itens de série inclusos
Um dos maiores destaques do lançamento é, sem dúvida, seu painel. A Royal Enfield Guerrilla 450 vem equipada com um painel 100% digital em uma tela TFT colorida de formato arredondado, com dois temas de visualização. A grande estrela é a funcionalidade “Tripper Dash”, que permite a conexão via Bluetooth com o smartphone do piloto para espelhar informações, incluindo um sistema de navegação GPS completo via Google Maps.
Conforme apontado por Rodolfinho da Z, há uma ressalva importante no uso do GPS: ele funciona apenas com a tela do celular desbloqueada. Se o aparelho for bloqueado, a navegação no painel é interrompida. Além da tecnologia, a moto já sai de fábrica com itens práticos, como o protetor de suspensão sanfonado (guarda-pó) e o cavalete central em todas as versões, um acessório que facilita enormemente a manutenção e o estacionamento do veículo.
Design, acabamento e pontos de atenção
O visual da Royal Enfield Guerrilla 450 é um dos seus principais atrativos. A iluminação é full LED, com farol redondo, setas e uma lanterna traseira multifuncional que integra luz de freio e piscas. O escape é mais curto e compacto que o da Himalayan, e o tanque possui um bocal de combustível do tipo aeronáutico, posicionado à direita para facilitar o abastecimento completo quando a moto está no descanso lateral.
Apesar do acabamento geral ser elogiado, a análise de Rodolfinho da Z apontou alguns pontos que merecem atenção. O banco do garupa foi considerado estreito e um pouco duro, podendo causar desconforto em trajetos longos. Além disso, foram notados dois detalhes de acabamento: um protetor da bomba de freio traseiro que, por ser muito afastado, pode causar atrito constante com a perna do piloto, e um espaçamento visível na carenagem do farol, onde, segundo ele, “ficou faltando uma moldura”.
Versões e preços no mercado brasileiro
A Royal Enfield Guerrilla 450 chega ao Brasil em duas linhas, que se diferenciam apenas pelas cores e grafismos, mantendo todos os equipamentos e acessórios de série em ambas.
A primeira opção é a monocolor, disponível nas cores Bronze e Cinza, com o preço público sugerido de R$ 28.990. A segunda opção, com pintura em dois tons, custa R$ 29.490, uma diferença de apenas R$ 500. As combinações incluem um vibrante amarelo com preto e detalhes em roxo, e uma versão com grafismos em azul e branco, que traz o chassi e a roda dianteira também pintados em azul.
A Royal Enfield Guerrilla 450 entra no mercado brasileiro com uma proposta clara: oferecer uma naked estilosa, ágil e tecnologicamente equipada por um preço altamente competitivo. Seus pontos fortes são o motor com bom torque em baixa, a ciclística divertida e itens de série como o painel TFT com GPS e o cavalete central. Embora apresente pequenos detalhes de acabamento que podem ser aprimorados, seu pacote geral a posiciona como uma opção a ser seriamente considerada.
O que você achou da nova Royal Enfield Guerrilla 450? Acha que o preço e os equipamentos a tornam uma forte concorrente para as outras nakeds no mercado brasileiro? Deixe sua opinião nos comentários, queremos saber o que os entusiastas pensam na prática.