Trem com vagões norte-coreanos volta a ligar Pyongyang e Moscou, em um trajeto de mais de 10 mil km com paradas por diversas cidades russas.
O serviço ferroviário de passageiros entre Pyongyang e Moscou voltou a operar após cinco anos de suspensão. Essa é a rota ferroviária mais longa do planeta.
A retomada, anunciada pelo Ministério dos Transportes da Rússia, marca o retorno da mais longa rota ferroviária de passageiros do mundo.
Mais de 10 mil quilômetros em nove dias de viagem
A viagem cobre mais de 10.000 quilômetros e dura pouco mais de oito dias de uma longa viagem.
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O trem, composto por vagões norte-coreanos, fará paradas em importantes cidades russas como Khabarovsk, Irkutsk, Novosibirsk e Yekaterinburg. O trajeto, considerado o mais longo do mundo em operação regular, terá dois serviços mensais.
As passagens de Pyongyang são vendidas na Coreia do Norte. Já as passagens de Moscou e outras cidades russas podem ser adquiridas nas bilheterias internacionais da Federal Passenger Company, vinculada à Russian Railways. No lado norte-coreano, apenas membros autorizados do Partido dos Trabalhadores podem realizar a viagem.

Expansão para nova rota
Além da linha principal até Moscou, uma nova conexão mensal entre Pyongyang e Khabarovsk começará a operar a partir de 19 de junho. A medida amplia o vínculo ferroviário entre os dois países, num momento de aproximação política e militar.
O tráfego de passageiros foi interrompido em fevereiro de 2020, quando as fronteiras fecharam por causa da pandemia de COVID-19.
Em dezembro de 2024, uma ligação limitada foi restabelecida entre Tumen, na Coreia do Norte, e Khasan, na Rússia, abrindo caminho para a retomada completa do serviço.
Segundo autoridades russas, o objetivo é fortalecer o turismo entre os dois países. A iniciativa também reforça os laços bilaterais entre Moscou e Pyongyang, em um momento de crescente alinhamento estratégico.


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