Por mais de três décadas, motoristas e passageiros que trafegavam pela BR-381, conhecida como a “rodovia da morte”, viveram com medo constante, enfrentando curvas perigosas e o intenso tráfego de veículos pesados.
A tão aguardada concessão da BR-381, que liga Belo Horizonte a Governador Valadares, pode finalmente sair do papel.
O leilão, que será realizado na sede da B3, conta com duas empresas disputando a concessão dessa rodovia de 304 quilômetros, conhecida pelo elevado número de acidentes fatais.
O trecho, que passa pelo Vale do Aço, abriga grandes usinas siderúrgicas e é vital para o tráfego de veículos pesados.
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Expectativas elevadas, mas riscos persistem
Os governos anteriores de Jair Bolsonaro (PL) e Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentaram, sem sucesso, leiloar essa estrada, enfrentando dificuldades em atrair interessados devido aos altos riscos de engenharia e incertezas sobre o retorno financeiro.
Agora, dois grupos apresentaram propostas, elevando as expectativas de que o projeto finalmente será concretizado. De acordo com a CNN Brasil, um dos consórcios é liderado por Aterpa e JMalucelli, enquanto o outro envolve o Grupo Opportunity e a operadora Monte Rodovias.
Investimentos e responsabilidades
Na nova modelagem do projeto, a concessionária vencedora deverá investir cerca de R$ 9 bilhões ao longo dos próximos 30 anos.
Serão duplicados 134 quilômetros da rodovia, incluindo obras remanescentes e novos trechos, além da construção de 83 quilômetros de faixas adicionais, quase 10 quilômetros de marginais, 20 passarelas e 15 passagens de fauna.
Houve também uma mudança importante: trechos críticos próximos a Belo Horizonte, que exigem desapropriações e remoção de moradias irregulares, foram transferidos para a responsabilidade do poder público, reduzindo assim os riscos para os investidores.
Expectativas para o futuro da rodovia da morte
Mesmo com o leilão se aproximando, a BR-381 continua a ser um desafio de engenharia e gestão. A sinuosa estrada e o tráfego pesado ainda representam riscos significativos, e a viabilidade do projeto dependerá da capacidade da futura concessionária de executar as melhorias prometidas.
Além disso, os anos de promessas não cumpridas geram ceticismo entre os usuários da rodovia, que aguardam por mudanças concretas.
Esperança ou mais promessas vazias?
A grande questão que persiste é se o leilão de quinta-feira (29) marcará o início de uma nova era para a BR-381 ou se será apenas mais uma promessa vazia.
Será que, finalmente, os motoristas poderão trafegar por uma rodovia mais segura, ou essa concessão enfrentará os mesmos obstáculos que as tentativas anteriores? O futuro da “Rodovia da Morte” está em jogo, e o resultado desse leilão pode definir o destino de milhares de vidas.