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Roberto Brisolla assumiu o cargo de CEO do Atlântico Sul Heavy Industry Solutions (Estaleiro Atlântico Sul), após o anúncio da saída de Nicole Terpins

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/02/2023 às 18:05
Estaleiro Atlântico Sul
Estaleiro Atlântico Sul (Foto/divulgação)

Nicole Mattar Haddad Terpins, a executiva que reabriu o Estaleiro Atlântico Sul, deixou a companhia nesta última sexta-feira. Ela foi responsável por uma das mais extraordinárias jornadas de recuperação judicial e expandiu os serviços de reparos navais da empresa, colocando-a entre as maiores do setor.

Agora, ela parte para um novo desafio pessoal, provavelmente em Pernambuco. A empreendedora chegou ao EAS com apenas um sonho, mas sem nenhum serviço ou recurso. Ela teve que ligar para seus ex-funcionários, muitos deles formados através do próprio site daquele que era considerado o maior centro de produção naval da América do Sul. Apenas assim conseguiu transformar a sua planta fechada em um negócio de sucesso.

A Atlântico Sul Heavy Industry Solutions, antes conhecida como empresa de Nicole Terpins, anunciou que Roberto Cavalheiro Brisolla Neto assume a presidência. Brisolla é um engenheiro civil formado, detentor de MBA em Finanças e com 22 anos de experiência nos setores de infraestrutura, construção civil, construção naval, óleo e gás, finanças corporativas e gestão empresarial.

O conhecimento e expertise do novo presidente da Atlântico Sul Heavy Industry Solutions foi reconhecido com um respeitoso comunicado feito a todos os colaboradores, clientes, fornecedores e amigos. Roberto Brisolla é uma figura única e inovadora, que trará grandes contribuições para o futuro da empresa.

Nicole Terpins foi um grande ativo para o Atlântico Sul durante todo o seu tempo como membro do Conselho de Administração. Ela forneceu orientação preciosa à empresa nos últimos anos, tanto enquanto Diretora Jurídica quanto Presidente. O Atlântico Sul está muito grato por sua contribuição incrível à organização e honrado por ter desfrutado de seus conhecimentos e habilidades durante esse tempo.

Nicole Terpins deixou seu legado na história do Estaleiro Atlântico Sul. Ela foi fundamental para o retorno das atividades da empresa, criando um plano consistente de oferta de serviços de reparo. Nicole também foi essencial no desenho e na execução do Plano de Recuperação Judicial e nas negociações para a reestruturação dos ativos do Altântico Sul.

A chegada da executiva marcou uma reviravolta para a empresa, que tinha estado inativa por muito tempo. Poucos profissionais do setor, e ainda menos mulheres, poderiam ter conseguido o que ela fez: trazer o AES de volta ao mercado com sucesso. Ao se despedir dos funcionários, Nicole disse que era gratificante olhar para trás e ver todos os avanços alcançados.

A EAS conseguiu alcançar um enorme sucesso na recuperação judicial, retomando a operação normalmente e gerando caixa suficiente para iniciar o pagamento antecipado de suas dívidas.

A marca também se tornou referência em reparo naval na América Latina. Maersk vence leilão de área do Estaleiro Atlântico Sul e agora irá construir um novo terminal de contêineres para concorrer com a Tecon no Porto de Suape. Além disso, a empresa investiu parte de seus ativos em grandes projetos de infraestrutura, trabalhando com renomados players.

Com muito orgulho, a EAS compartilhou que tem contribuído para o desenvolvimento econômico e industrial do Estado de Pernambuco, e desejou sorte a Roberto Brisolla, novo CEO da companhia, que está confiante que conduzirá a empresa à excelência. Aqui está a certeza de que a EAS continuará sua trajetória vitoriosa!

Com os R$ 455 milhões recebidos após o leilão de ativos, Roberto Brisolla e sua equipe da empresa Atlântico Sul estão mais próximos de sair da recuperação judicial. Com a contribuição de Nicole Terpins, a equipe conseguiu motivar e focar os colaboradores para operar na prestação de serviços de reparo, com 30 docagens já feitas em menos de dois anos em um mercado que possui 300 navios no território nacional.

Além disso, a companhia possui planos de entrar no mercado dos parques eólicos off-shore, que demandam grandes turbinas e bases metálicas de fixação, para o qual já mantém conversas. Por fim, a autorização para prosseguimento da venda do terreno e instalações para construção de um terminal de uso múltiplo foi aprovada pelo CADE na semana passada.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 2.300 artigos publicados no CPG. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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