Além das tarifas altas, vamos conviver com cortes de energia e esperamos que não chegar a uma situação de apagão. Alerta Adilson de Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ)
Apagão? Segundo o comitê de monitoramento do setor, apesar de ter havido aumento nas chuvas nas principais bacias hidrográficas que abastecem as hidrelétricas do Brasil, esse aumento ainda não foi capaz de reverter as condições dos reservatórios e a escassez de água nas bacias aumenta o risco de colapsos na geração de energia.
Leia também
- Grupo marítimo e offshore Wilson Sons inicia recrutamento e seleção para marítimos
- Concurso da Aeronáutica (EAGS) com 231 vagas de ensino médio técnico
- 40 vagas de emprego na Construtora Camargo Corrêa para obras de construção civil e infraestrutura
- Petrobras anuncia desinvestimento milionário no Nordeste; estatal vende 3 parques eólicos para o Grupo Vinci
Entre outubro e dezembro, o Sistema Interligado Nacional (SIN) registrou a segunda pior afluência – água que chega aos reservatórios das hidrelétricas – em 90 anos nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e Sul.
Para se ter ideia de como a situação é grave, um terço dos reservatórios monitorados pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) está com menos de 20% da capacidade total.
- Incrível usina solar no meio do mar: China inaugura megaprojeto de 1,2 mil hectares com quase 3 mil painéis, revolucionando o setor energético
- E se, em vez de pagar, você ganhasse com a conta de luz? Tesla transforma lares em potentes usinas de energia com 7 mil baterias!
- Importante Usina (BR) será reaberta com produção histórica e gerará 1.200 novos empregos diretos!
- Usina brasileira, uma das Maravilhas do Mundo Moderno, desbanca Três Gargantas da China e entra no Guinness Book: 3 bilhões de MWh acumulados, energia para abastecer o mundo por 43 dias
Apesar dos dados serem preocupantes, há boas perspectivas de chuvas em importantes bacias, especialmente na região Sudeste, que concentra a maior parte das usinas hidrelétricas do país.
Devido a expectativa, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), vinculado ao Ministério de Minas e Energia, decidiu na última quarta-feira (6) limitar a geração de energia por usinas térmicas e a 16,5 mil megawatts médios (MWmédios) a importação de energia.
Já que a energia elétrica produzida pelas usinas térmicas é mais cara se comparada à energia produzida por usinas hidrelétricas e pesa diretamente no bolso do consumidor.
No fim do ano passado, as contas de luz tiveram um reajuste e o consumidor passou a pagar a tarifa mais alta (bandeira vermelha patamar 2). Agora, voltou a um status de alerta (bandeira amarela).
Adilson de Oliveira, professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), que durante a reforma do setor elétrico foi consultor do Ministério de Minas e Energia, explica que o governo precisa agir rápido para evitar problemas ainda mais drásticos alerta:
“A conta vai aumentar, porque vamos trabalhar com as bandeiras tarifárias mais elevadas. Em março, é provável ter outra tarifação. Além das tarifas altas, vamos conviver com cortes de energia e esperamos que não chegar a uma situação de apagão”.