O Governo do Rio Grande do Sul fechou parceria com a Enerfín do Brasil com objetivo de desenvolver um projeto de hidrogênio verde no maior distrito industrial do estado
O Governo do Rio Grande do Sul fechou uma parceria com a empresa Enerfín do Brasil, do grupo espanhol Elecnor/Enerfín, na última quinta-feira (24). Foi assinado, por ambos, um memorando de entendimento para construção de um projeto de produção de hidrogênio verde no estado. Este é o segundo acordo assinado pelo governo do Rio Grande do Sul com intuito de se aprofundar em tecnologias de hidrogênio verde. Em dezembro do último ano, uma parceria foi fechada com a empresa White Martins.
Saiba mais sobre as intenções do memorando com a Enerfín do Brasil
O texto do memorando define como meta a construção de um potencial projeto de hidrogênio verde no Rio Grande do Sul. Também serão identificadas oportunidades para criação de um projeto no porto do Rio Grande e foi estabelecida a intenção de encontrar oportunidades para desenvolver um projeto de produção de hidrogênio verde.
O memorando do governo do Rio Grande do Sul com a Enerfín também visa encontrar outras oportunidades voltadas para o setor elétrico ou de eletrificação de indústrias ligadas ao projeto, além de tornar cooperações viáveis e sinergias entre as partes para encontrar possíveis entraves regulatórios e fiscais.
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De acordo com Eduardo Leite, Governador do Rio Grande do Sul, é uma grande oportunidade para o estado e estão sendo mobilizadas todas as forças do governo para que sejam lideradas e construídas condições para que se tenha uma vocação alavancada. Leite afirma buscar empresas para que sejam apresentados motivos pelos quais o RS é visto como um bom acolhedor na implantação do projeto de hidrogênio verde, e também para que sejam construídas relações que permitam comprovar a viabilidade do investimento.
RS utiliza 80% de energia renovável
Segundo o governo do Rio Grande do Sul, o estado tem feito estudos para realizar uma transição para a descarbonização através do uso de hidrogênio verde, desenvolvendo um ramo na matriz econômica de alta tecnologia e valor agregado.
Atualmente, o estado já opera com 80% de energia renovável em sua matriz, onde a energia eólica corresponde a 20%. Leite explica que a assinatura do memorando com a Enerfín do Brasil é mais um passo rumo ao futuro.
O porto disponível, as indústrias, o potencial eólico e também os vários usos que o hidrogênio verde e a amônia podem ter em outras atividades dão ao estado uma chance diferenciada em relação aos outros estados. Vale lembrar que o uso do hidrogênio está de acordo com o compromisso assumido pelo Rio Grande do Sul de neutralizar pela metade as emissões de carbono até o começo da próxima década.
Enerfín do Brasil se pronuncia sobre o memorando assinado
A Enerfín é uma filial do grupo Elecnor, uma empresa espanhola experiente no desenvolvimento, instalação e operação de usinas de energia eólica. No RS, o grupo construiu o complexo eólico de Osório, o primeiro parque eólico de grande porte da América Latina. Marco Antônio Morales, diretor de novos negócios da Enerfín na América Latina, destacou a confiança na parceria e também o potencial do estado para a construção do projeto.
Morales afirma que a empresa acredita que esta solução energética, que o mundo tanto necessita, vai acontecer, e está encantado de fazer isso pela primeira vez no Rio Grande do Sul. A empresa quer implantar no RS esse projeto por todas as possibilidades de exportação e consumo interno, reafirmando a confiança que tem no estado.
O local com maior potencial para receber o projeto é o porto do Rio Grande, o maior distrito industrial do Rio Grande do Sul, que conta com 2.580 hectares, uma posição estratégica e privilegiada e retroáreas disponíveis.