O retorno da antiga Ricardo Eletro está chegando. A varejista agora se chama Nossa Eletro e contará com 50 novas lojas até 2024.
A varejista Ricardo Eletro agora é chamada pelo nome de “Nossa Eletro” e já foram inauguradas duas primeiras unidades em Minas Gerais, recentemente. O retorno da antiga Ricardo Eletro vem após a empresa conseguir reverter sua falência na Justiça e, agora, o objetivo é que, até o fim deste ano, sejam abertas entre 18 e 20 unidades, chegando ao número de 50 lojas já em 2024.
Iniciativa promete gerar mais de 30 mil novos empregos
O movimento acontece após a “extinção” da antiga rede da Ricardo Eletro, que estava espalhada pelo Brasil com mais de 400 pontos de venda e que, no auge, chegou a faturar aproximadamente cerca de R$ 10 bilhões por ano e a empregar 30 mil pessoas, atualmente são cerca de 100 colaboradores.
Segundo Pedro Bianchi, CEO da varejista, a companhia está refundando a empresa e já foram abertas duas lojas e a expectativa é que mais três sejam abertas neste mês de abril. Todas as lojas previstas para este ano serão instaladas no estado de Minas Gerais.
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A ampliação da nova rede da empresa será suportada pelo desbloqueio de valores que haviam sido vendidos pela Justiça e através da venda de ativos. O executivo da antiga Ricardo Eletro reclama do encarecimento do crédito diante do alto patamar dos juros no país, com o Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) a 13,75% ao ano.
Bianchi destaca que o Banco Central está agindo de forma errada com a mão na questão dos juros. Não há motivo para se ter os maiores juros do mundo. A inflação não é de demanda e esses juros altos estão penalizando muito as varejistas que vivem do crédito. O que houve com a Americanas foi algo negativo para todos, visto que atualmente os bancos estão com medo de dar crédito para as varejistas.
Dívida da Ricardo Eletro está avaliada em R$ 3 bilhões
O CEO da empresa conta que a dívida da companhia está calculada em aproximadamente R$ 3 bilhões atualmente. Bianchi também negocia com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional para quitar um passivo de mais de 1,2 bilhão de reais. É uma negociação complexa, visto que envolve o pagamento de dinheiro e ativos da empresa, mas o objetivo é quitar todos esses passivos.
Bianchi ressalta que não foi ele quem fez essa dívida, mas planeja resolver isso, trazendo o retorno da Ricardo Eletro, e entrará na operação após a compra da Máquina de Vendas pelo fundo de private equity Starboard em 2019.
O CEO afirma que após o pedido de recuperação judicial da empresa, em 2020, começou a ser bombardeado com ações judiciais que impactaram a sua pessoa física, mas afirma que não pensa em desistir da operação.
Foi necessário apertar o cinto, inclusive em sua pessoa física, teve que fazer vários ajustes em sua vida, completa Bianchi, afirmando que está sofrendo um monte de processos trabalhistas que nem mesmo são de sua responsabilidade.
Entenda o motivo da nova identidade da Ricardo Eletro
A nova identidade é uma forma de dar um ar mais coletivo para a empresa, tirando assim a imagem de que a varejista era de uma pessoa e dar essa coletividade.
O principal motivo, no entanto, não seria esse. A fundação da nova marca é uma chance de se “desligar” da imagem de seu antigo dono, o empresário Ricardo Nunes, que comercializou sua participação no antigo conglomerado em 2019.
Fundador da Ricardo Eletro, Nunes chegou a ser condenado por corrupção ativa, em 2011, pelo pagamento de propina a um auditor da Receita Federal, e foi preso ao lado da filha, em 2020, sob acusação de sonegação de R$ 400 milhões de impostos.
Fonte: Veja