A indústria automotiva está avançando cada vez mais com foco na sustentabilidade. Agora a MAN, montadora de caminhões, está desenvolvendo um motor a hidrogênio.
A MAN, montadora de caminhões, está desenvolvendo uma nova motorização de combustão interna que pode mudar a indústria automotiva. Trata-se de um motor a hidrogênio que tem como base um poderoso motor MAN D38, o novo MAN H45 está já em pré-construção. Segundo a montadora alemã, o novo propulsor será testado em caminhões MAN TGX, e funciona de forma bastante parecida com os motores movidos a diesel presentes no mercado.
Tupy fornecerá peças à MAN para a construção do motor movido a hidrogênio
A Tupy, empresa brasileira situada em Joinville, informou a assinatura de um contrato para o fornecimento exclusivo de cabeçotes para o motor a hidrogênio desenvolvido pela MAN, utilizado em caminhões, o MAN H45, que promete revolucionar a indústria automotiva.
O comunicado foi realizado pela empresa na última quinta-feira (4) e segundo a Tupy, além de zero emissão de carbono, o motor traz uma redução de NOx significativa se comparado à versão a diesel, sendo ainda melhor que as exigências propostas no EURO VII, que está previsto para entrar em vigor em 2027 nos países europeus, e que estabelece normas mais rígidas de emissões de poluentes.
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Segundo a Tupy em seu comunicado, esta solução de motor de hidrogênio será utilizada pelas principais montadoras de veículos pesados, como é o caso da MAN, devido ao seu custo reduzido, tolerância ao uso de hidrogênio com menor grau de impureza, alta eficiência operacional e uma durabilidade superior.
Motores de combustão interna de hidrogênio estão sendo vistos pela indústria automotiva como uma das principais alternativas ao diesel, com uma implementação mais simples e barata do que caminhões equipados com células de combustível, para se ter uma ideia.
A MAN ainda não estabeleceu as datas para o começo da produção comercial dos motores H45, que agora passarão por um ciclo de testes em rodovias na Europa e em bancadas.
Scania e MAN fecham acordo para impulsionar indústria automotiva
Além da produção de motor a hidrogênio, a Scania e MAN, empresas que compõem o grupo Traton, utilizarão um novo sistema modular a partir de 2030 na indústria automotiva.
A princípio, os veículos da Scania, Volkswagen e MAN compartilharão motores, caixa de marchas, chassi e outras tecnologias. É algo que já acontece na prática, como por exemplo, o sistema ADAS 2.0 que utiliza os mesmos radares de ponto cego para MAN e Scania.
As caixas de marchas da Scania e os motores serão utilizados nos caminhões da MAN até o próximo ano. E isso também deve acontecer no Brasil, onde a Volkswagen Caminhões e Ônibus usará motores Scania no lugar das unidades MAN. Já os motores Cummins, que estão presentes em produtos em especial, não se sabe seu destino.
Hidrogênio também chega no setor de aviação
Além dos avanços na indústria automotiva com o motor de hidrogênio da MAN, a Zerovia, empresa que atua com foco em soluções de propulsão elétrico a hidrogênio, recebeu recentemente da Alaska Airlines um avião modelo Bombardier Q400 com capacidade para 76 passageiros para que possa ser convertido com tecnologia que não emite gases poluentes, como foi prometido alguns anos atrás.
A empresa agora visa avançar com seus planos de testar voos do maior avião do mundo movido a hidrogênio antes do esperado, por conta dos avanços em sistemas de motores modulares.
A companhia planeja comercializar aviões movidos a hidrogênio a partir de 2025, com uma autonomia de 482 km e capacidade de 9 a 19 passageiros. A empresa já está com planos para voos com aviões maiores com capacidade para 40 a 80 passageiros e mais de 1000 km de autonomia até 2027.


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