Uma inovação surpreendente no setor de transporte: uma motocicleta que funciona exclusivamente com água, ‘promete’ ser capaz de percorrer mais de 1.000 km com um único tanque.
A promessa desta moto inovadora revela uma tecnologia capaz de extrair hidrogênio da água para utilizá-lo como combustível, revolucionando o conceito de mobilidade sustentável.
De acordo com informações, o equipamento de eletrólise altamente eficiente instalado nesta moto é o cerne desta inovação. Ele deveria extrair o hidrogênio contido na água, que é então utilizado como combustível. Esta abordagem elimina a necessidade de armazenar hidrogênio em tanques de alta pressão, uma vez que apenas o hidrogênio necessário é extraído. E além disso, o sistema de segurança da motocicleta desativa a geração de hidrogênio em caso de acidentes, evitando o risco de explosões.
Consulta com engenheiros e especialistas
A ideia de uma moto movida a água, que supostamente funcionaria como uma fonte auto-sustentável de energia, é frequentemente abordada no contexto de inovações na mobilidade. No entanto, é importante analisar essa ideia sob a luz das leis da física e da engenharia.
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Primeiramente, é essencial compreender que toda máquina, para funcionar, precisa de uma fonte externa de energia. Essa energia é convertida pelo motor em trabalho útil, mas há sempre perdas no processo, principalmente devido a fatores como atrito e calor. Por exemplo, em um motor de combustão interna tradicional, apenas cerca de 25% da energia proveniente da gasolina é efetivamente utilizada para mover o veículo; o restante é perdido principalmente em forma de calor.
No caso de uma moto que supostamente funcionaria com água, a ideia geral seria a de que a água poderia ser decomposta em hidrogênio e oxigênio através de eletrólise, e o hidrogênio seria então utilizado como combustível. Entretanto, a eletrólise requer energia elétrica, e essa energia precisa vir de alguma fonte externa. Não é possível, segundo as leis da termodinâmica, que a moto gere mais energia do que a energia que recebeu inicialmente para iniciar a eletrólise.
Portanto, a ideia de uma moto movida a água que produziria hidrogênio suficiente para se autopropulsionar e ainda gerar energia excedente é cientificamente inviável. Tal conceito violaria a primeira e a segunda leis da termodinâmica, particularmente o princípio de que não é possível criar ou destruir energia, apenas transformá-la, e que nenhum sistema pode ser 100% eficiente devido a perdas inerentes, como o atrito e a dissipação de calor.
Dessa forma, uma moto que funcione exclusivamente com água e seja capaz de produzir sua própria energia de forma contínua e auto-sustentável, sem necessidade de um combustível externo, não é viável com o atual entendimento das leis da física e da engenharia. Motores que utilizam hidrogênio como combustível são uma área de pesquisa, mas o hidrogênio utilizado nesses casos ainda precisa ser produzido e armazenado de forma tradicional, usando energia de fontes externas.
Essa moto já existe, porém não se pode dizer que é só a água, pois tem um catalisador que neste caso é o alumínio. É um processo químico e elétrico; a moto funciona perfeitamente. Se viola as leis da física ou não, isso é o que menos importa.