Um Olhar sobre o Crescimento Econômico Brasileiro e a Desindustrialização
O Brasil, com seu crescimento errático e tímido, não tem apresentado marcas significativas na evolução da renda per capita. Uma análise dos dados do Banco Mundial de 1980 a 2019 revela um aumento de apenas 34% na renda per capita brasileira. Este crescimento é nitidamente contrastante com o de outras regiões do mundo, como a América Latina com 74%, os Estados Unidos com 95% e os países do Sudeste Asiático com impressionantes 342%.
Paralelamente, presenciamos no Brasil um processo de desindustrialização acelerado, incomparável a qualquer outro lugar no planeta. A porcentagem da indústria de transformação no Produto Interno Bruto (PIB) do país despencou de 21,83% para 10,33% de 1991 a 2019. Esse retrocesso não pode ser apenas atribuído à alteração do perfil de consumo da população, que geralmente ocorre quando um país avança de um estágio de renda média para alta.
Competitividade e Custo Brasil: Entraves para a Indústria
O problema vai além e está atrelado à competitividade da nossa economia, que diminui a capacidade da nossa indústria de competir no mercado. Isso gera um ciclo vicioso no qual a indústria, sendo o setor mais dinâmico da economia, não consegue contribuir de maneira efetiva para o progresso do país rumo a um patamar de renda superior. Essa situação resulta naquilo que se convencionou chamar de armadilha da renda média.
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O Custo Brasil, caracterizado por fatores como altas cargas tributárias, insegurança jurídica, excesso de burocracia e infraestrutura deficiente, é um dos principais obstáculos para a competitividade da nossa indústria. De acordo com um levantamento da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o país ainda ocupa uma posição desconfortável nos rankings de competitividade internacional.
Porém, existem caminhos para superar esses entraves. Uma pesquisa da CNI com empresários indicou que as principais mudanças necessárias nas políticas públicas para melhorar a competitividade da indústria são: redução de impostos, simplificação de tributos e controle de gastos públicos.
Na Busca por um Brasil Eficiente: Reformas e Eficiência Administrativa
A Reforma Tributária, atualmente em discussão no Congresso Nacional, promete ser um passo significativo para desfazer o nosso emaranhado tributário, considerado um dos mais complexos e ineficientes do mundo. No entanto, para atender à principal preocupação dos empresários e da sociedade – a redução da carga tributária -, é essencial a implementação da Reforma Administrativa, visando a eficiência da administração pública.
Além disso, é fundamental olhar para as experiências de sucesso em outros países, que conseguiram equilíbrio fiscal e retomada do crescimento por meio da redução e aumento da eficiência dos gastos públicos.
Importante destacar o esforço do Sr. Vice-presidente da República e Ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, em defesa da modernização da indústria brasileira, com a incorporação de tecnologias de última geração. Ele reconhece que a indústria ainda tem um papel crucial a desempenhar para que o Brasil entre no rol dos países desenvolvidos. Porém, para isso, é necessário construir uma economia mais competitiva, ou seja, um Brasil Eficiente. Esperamos que esse entendimento seja compartilhado por seus pares no governo.
Créditos – Escrito por : Carlos Rodolfo Schneider – empresário