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Revelado o remédio para dor responsável por quase 70 MIL mortes por ano 

Escrito por Alisson Ficher
Publicado em 03/08/2024 às 14:15
Revelado o remédio para dor responsável por quase 70 MIL mortes por ano. (Imagem: reprodução/ Ola, Ciência)
Revelado o remédio para dor responsável por quase 70 MIL mortes por ano. (Imagem: reprodução/ Ola, Ciência)
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Você sabia que um simples analgésico pode ser responsável por milhares de mortes anuais? É chocante, mas essa é a realidade dos opioides, medicamentos que, apesar de eficazes contra a dor, podem causar dependência e até levar à morte.

A trajetória dos opioides remonta a milhares de anos, começando com a papoula, uma planta que possui uma seiva especial.

Conforme o canal Olá, Ciência, a seiva da papoula, conhecida como ópio, tem uma combinação peculiar de propriedades: anestesia, relaxamento e euforia. Inicialmente usada para tratar diversos problemas de saúde, a substância acabou se tornando uma droga de abuso devido aos seus efeitos psicoativos.

Em 1805, o cientista alemão Friedrich Sertüner conseguiu extrair do ópio uma substância que combate a dor de forma eficaz, chamada de morfina.

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Segundo o canal citado, a morfina é até hoje uma das substâncias mais potentes disponíveis contra dores intensas. Com o tempo, outros analgésicos naturais foram descobertos, como a codeína, e cientistas começaram a isolar essas substâncias, evitando o uso direto da seiva da papoula.

Opioides: salvadores e vilões

Os opioides naturais serviram de base para muitos outros analgésicos. Esses remédios são eficazes contra dores moderadas a intensas, especialmente após cirurgias ou em casos de doenças como câncer avançado.

De acordo com o Olá, Ciência, eles se ligam perfeitamente a receptores no corpo, bloqueando os sinais de dor de maneira mais eficiente do que os analgésicos comuns, como o paracetamol.

No entanto, os opioides não são apenas benéficos. Eles também agem no cérebro, bloqueando a capacidade de controlar sinais de prazer e bem-estar, o que pode levar à liberação excessiva de dopamina, conhecida como o “hormônio do prazer”.

Isso cria uma sensação de euforia, que, ao longo do uso contínuo, pode levar à dependência. Conforme o Olá, Ciência, à medida que a pessoa continua a tomar o remédio, o corpo diminui a quantidade de receptores disponíveis, necessitando de doses cada vez maiores para obter o mesmo efeito.

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A epidemia de opioides

A dependência química leva muitas pessoas a buscar doses cada vez maiores de opioides, resultando em cerca de 68 mil mortes por overdose nos Estados Unidos em 2020.

Segundo o Olá, Ciência, a situação pode se agravar no Brasil, onde o número de prescrições de opioides aumentou de 1,6 milhão em 2009 para 9 milhões em 2015. Os principais opioides vendidos no Brasil incluem derivados da codeína, como o Codex e o Tylex, e do fentanil, como o Durogesic e o Fentanest.

Nos Estados Unidos, o fentanil, um opioide até 100 vezes mais potente que a morfina, é um dos principais responsáveis pela crise de overdose.

O fentanil conquistou o mercado ilegal, permitindo que pessoas dependentes de opioides e até aquelas sem prescrição médica obtenham a substância facilmente. No Brasil, a regulação rigorosa tenta evitar um cenário semelhante, mas o risco ainda existe.

Medicamentos opioides comuns no Brasil

Abaixo, uma tabela com exemplos de medicamentos bastante usados no Brasil que contêm substâncias opioides:

SubstânciaMedicamento ComercialIndicação
CodeínaCodex, TylexDor moderada a intensa
FentanilDurogesic, FentanestDor severa, como em casos de câncer
OxicodonaOxyContinDor moderada a severa
MorfinaDimorfDor intensa e crônica
TramadolTramalDor moderada a severa

A importância da conscientização no uso de remédios para dor

Apesar dos riscos, os opioides são essenciais para tratar dores intensas ou crônicas, desde que usados corretamente. Seguir as recomendações médicas à risca é crucial para evitar dependência e overdose.

De acordo com o Olá, Ciência, é importante que as pessoas estejam cientes dos perigos e nunca compartilhem receitas médicas.

Nesse sentido, notados que os opioides têm uma história complexa, sendo ao mesmo tempo salvadores para muitos e vilões para outros.

Ou seja, a conscientização e a regulação são essenciais para evitar que a situação nos Estados Unidos se repita no Brasil.

Você acha que o Brasil está preparado para lidar com uma possível epidemia de opioides? Deixe seu comentário e participe da discussão.

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Alisson Ficher

Jornalista formado desde 2017 e atuante na área desde 2015, com seis anos de experiência em revista impressa, passagens por canais de TV aberta e mais de 12 mil publicações online. Especialista em política, empregos, economia, cursos, entre outros temas. Registro profissional: 0087134/SP. Se você tiver alguma dúvida, quiser reportar um erro ou sugerir uma pauta sobre os temas tratados no site, entre em contato pelo e-mail: alisson.hficher@outlook.com. Não aceitamos currículos!

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