A origem do asteroide que exterminou os dinossauros é finalmente revelada por cientistas, trazendo novas descobertas sobre o impacto que transformou a Terra e alterou a trajetória da vida no planeta
Uma equipe de cientistas finalmente revelaram a verdadeira origem do asteroide que causou a extinção em massa há cerca de 66 milhões de anos, resultando na extinção dos dinossauros não aviários e de aproximadamente 60% das espécies da Terra.
Um estudo recente identificou que o impactador Chicxulub, responsável por essa catástrofe, veio de um raro asteroide carbonáceo do tipo C, originário de além de Júpiter.
Esse achado põe fim a décadas de especulação e desafia hipóteses alternativas, como a possibilidade de que o evento tenha sido causado por atividade vulcânica intensa ou pela colisão de um cometa.
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A extinção dos dinossauros
O asteroide Chicxulub colidiu com a Terra no que é hoje o Golfo do México, marcando o fim da era dos dinossauros e o início de uma nova fase na história geológica do planeta.
Esse impacto devastador lançou enormes quantidades de detritos para a atmosfera, obscurecendo a luz solar e causando um resfriamento global prolongado que resultou na extinção de inúmeras espécies.
As evidências mais fortes dessa colisão vêm dos elementos do grupo da platina (PGEs), como irídio, rutênio, ósmio, ródio, platina e paládio, que são extremamente raros na Terra, mas comuns em meteoritos.
Esses elementos foram encontrados em concentrações elevadas em camadas rochosas da fronteira Cretáceo-Paleogeno (K-Pg), em locais espalhados pelo globo, sugerindo que os detritos resultantes da colisão foram disseminados mundialmente. Isso reforçou a hipótese de que um corpo extraterrestre desempenhou um papel decisivo na extinção dos dinossauros.
Diferenciando o impacto de Chicxulub de atividade vulcânica
Ao longo dos anos, alguns cientistas sugeriram que a erupção massiva da província vulcânica de Deccan Traps, na Índia, poderia ter sido uma fonte alternativa para a extinção dos dinossauros, devido à liberação de gases e partículas na atmosfera.
Contudo, novas análises de isótopos indicam que as proporções dos elementos PGEs na camada K-Pg correspondem mais a um impacto de asteroide do que à atividade vulcânica.
Em um estudo conduzido por Mario Fischer-Gödde e sua equipe, amostras da fronteira K-Pg foram analisadas quanto aos isótopos de rutênio (Ru), comparando-as com outras amostras de impactos conhecidos e meteoritos carbonáceos.
As assinaturas isotópicas encontradas na fronteira K-Pg mostraram grande semelhança com condritos carbonáceos (CCs), indicando que o asteroide Chicxulub não veio de qualquer parte do Sistema Solar, mas sim de uma região além de Júpiter, onde se formam asteroides do tipo C.