Após o presidente do Brasil, Lula, em sua posse, ter recepcionado representantes do governo venezuelano, a empresa aérea estatal venezuelana, Conviasa, anunciou a retomada dos voos entre os dois países. O Serviço Autônomo de Aeroportos Regionais da Venezuela (SAAR), comemorou.
Inclusive o serviço já anunciou os horários de chegada e partida dos voos, que devem ser feitos pela empresa estatal com aeronaves da Embraer. Às quintas-feiras, a E190, modelo da aeronave, pretende decolar da cidade de Puerto Ordaz, às 12 horas e 30 minutos, e pousar na capital amazonense, Manaus às 14 horas e 40 minutos.
A volta está programada para as 15 horas e 40 minutos, de Manaus, chegando à Venezuela às 17 horas e 50 minutos. No país bolívar as conexões são em Puerto Ordaz, Caracas e Porlamar. Há previsão que as passagens em breve estarão à venda.
Desde março de 2020 não havia operações regulares no transporte aéreo entre Brasil e Venezuela. O aeroporto Eduardo Gomes, é um dos destinos internacionais de Manaus mais procurados, está entre os dez primeiros. Antes dele estão o aeroporto de Tocumen, no Panamá; Fort Lauderdale, em Miami, Estados Unidos; e, Bogotá, na Colômbia.
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A empresa estatal venezuelana também tem como destinos México, Cuba, Bolívia, São Vicente e Granadinas, Rússia e Espanha. O Peru também é destino, e possui ofertas especiais. As brasileiras Gol Linhas Aéreas, Azul Linhas Aéreas e Copa Airlines já oferecem serviços internacionais em Eduardo Gomes. Junto com a Conviasa, Avianca também se prepara para operar.
Retomada das relações
Lula quer retomar as relações rompidas pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, que não reconhecia o país pelo fato de que ele se encontra em um regime ditatorial, segundo Bolsonaro. E isso foi confirmado por carta enviada pelo presidente Lula quando ele ainda nem havia sido diplomado, em 7 de dezembro último.
O brasileiro reconheceu que sabia da dificuldade de Nicolás Maduro vir à posse, que inclusive teve problemas de abastecimento da aeronave, tendo sido representado pelo presidente da Assembleia Nacional, Jorge Rodrigues. Rodrigues foi designado chefe da delegação.
Com a decisão de Lula, o Brasil passa a não mais reconhecer o governo interino de Juan Guaidó. Como medida de política externa, essa foi uma das primeiras adotadas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Já no período da transição, o agora ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, havia afirmado que o primeiro despacho do presidente Lula conteria, entre outras medidas, a orientação para o restabelecimento de relação entre o Brasil e a Venezuela de Maduro. Para tanto, já nos próximos dias, um encarregado de negócios estará sendo enviado. Depois, com a posse da nova legislatura do Senado, o nome do embaixador deve ser encaminhado para a necessária aprovação. Outra informação da carta de Lula é de que será derrubada a portaria de 19 de agosto de 2019, que continha lista de venezuelanos proibidos de entrar no Brasil, como Maduro, por exemplo.