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Ressaca bloqueia saída da Baía de Guanabara e paralisa navegação, pesca e turismo no litoral do Rio

Escrito por Caio Aviz
Publicado em 31/07/2025 às 11:45
Estragos causados por ressaca na orla da praia do Rio de Janeiro à noite
Quiosques destruídos e areia invadindo o calçadão após forte ressaca noturna na orla do Rio de Janeiro
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Ondas de até 4 metros interrompem embarcações, causam prejuízos e provocam alagamentos em diferentes pontos do estado

A forte ressaca que atinge o litoral fluminense desde terça-feira, 29 de julho, obrigou a Capitania dos Portos a restringir completamente a saída de embarcações da Baía de Guanabara.

Segundo a Marinha do Brasil, ondas de até 4 metros tornaram a navegação externa impraticável. Dessa forma, somente embarcações em águas abrigadas foram autorizadas a operar até novo aviso.

Além da Baía de Guanabara, a medida também vale para as baías de Sepetiba e da Ilha Grande. O objetivo principal é preservar vidas e proteger as embarcações.

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Em nota, a Marinha informou que, diante das “condições adversas de vento e mar”, decidiu interditar a navegação para evitar acidentes e prevenir danos ambientais.

Proibição atinge pesca e transporte marítimo

Em Copacabana, a Colônia de Pescadores Z13 não conseguiu operar nesta quinta-feira, 31 de julho. Nenhum barqueiro se arriscou a sair com o mar revolto.

Com isso, o tradicional ponto de vendas no Posto 6 amanheceu com as gôndolas totalmente vazias. O impacto afetou diretamente o comércio local, que depende da atividade pesqueira.

Ainda segundo a Marinha, quem desobedecer à portaria está sujeito a multa de até R$ 3.200. A punição pode incluir prisão e suspensão da habilitação náutica.

A recomendação é clara: evitar banho de mar, prática de esportes aquáticos e permanecer longe das áreas onde as ondas quebram com força.

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Via costeira é reaberta após interdição

A prefeitura fechou a Avenida Delfim Moreira, na orla do Leblon, após sucessivas invasões das ondas entre terça e quarta-feira.

As águas chegaram a prédios residenciais.

Na madrugada desta quinta-feira, com a redução da maré, equipes da Comlurb conseguiram remover os detritos acumulados. Por isso, a via foi liberada novamente ao tráfego.

Durante os dias anteriores, os danos foram significativos. Um portão de prédio foi destruído. Além disso, diversos quiosques relataram prejuízos estruturais e materiais.

A CET-Rio manteve bloqueios e monitoramento constante para garantir segurança. Ainda assim, o cenário foi de tensão ao longo da orla.

Ressaca provoca alagamentos e destruição em comunidades

Na Zona Oeste, a região de Rio das Pedras enfrentou alagamentos. Moradores da área conhecida como Areal caminharam com água até os joelhos nas primeiras horas da manhã.

Embora não tenha chovido forte, a combinação da maré alta com a ressaca empurrou o volume das águas da Lagoa da Tijuca até o Rio das Pedras.

O terreno baixo agravou a situação. As ondas destruíram parte do famoso Deck dos Pescadores, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos.

Algumas embarcações também se perderam. Pescadores locais mantêm a estrutura, e voluntários junto à comunidade reconstruirão o espaço, segundo nota não oficial da Prefeitura local.

Previsão do tempo para os próximos dias

Apesar da previsão de término do aviso de ressaca na noite desta quinta-feira, o mar continuará agitado na sexta-feira, 1º de agosto, com ondas de até 2 metros.

Além disso, a circulação de ventos da alta pressão que se afasta para o oceano ainda deve trazer umidade marítima para o Grande Rio e a Região dos Lagos.

Durante o período da manhã, pode chover fraco nessas áreas. Já no interior do estado, a umidade relativa do ar pode cair abaixo dos 30%.

A queda é esperada principalmente nas regiões próximas a Minas Gerais. O frio permanece. A capital deve registrar máximas de até 22°C na sexta-feira.

As manhãs continuam frias até domingo, 3 de agosto, com madrugadas geladas. Já na segunda-feira, 4 de agosto, os efeitos pré-frontais elevam ligeiramente a temperatura.

As tardes tendem a esquentar mais, com máximas de até 31°C. Até lá, não há previsão de chuvas fortes. Contudo, o mar continuará exigindo atenção.

A orientação é válida especialmente para navegadores, pescadores e esportistas aquáticos.

Fiscalização será intensificada até o fim da instabilidade

A Capitania dos Portos, portanto, reforçou que continuará fiscalizando as áreas afetadas, sobretudo nas saídas das baías, onde o risco permanece elevado.

Além disso, a segurança seguirá como prioridade absoluta até que as condições marítimas retornem à normalidade, o que ainda pode demorar alguns dias.

Enquanto isso, os moradores do litoral fluminense permanecem em alerta, pois a ressaca, embora passageira, causou sérios prejuízos à infraestrutura, ao comércio e às comunidades.

Ademais, além das ondas elevadas, a atuação de ventos moderados com rajadas de até 50 km/h deve continuar entre a Costa Verde e a Região dos Lagos.

Por isso, a orientação segue sendo de cautela. Ainda que não haja alerta formal de ressaca, o mar continuará forte e instável nos próximos dias.

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Caio Aviz

Escrevo sobre o mercado offshore, petróleo e gás, vagas de emprego, energias renováveis, mineração, economia, inovação e curiosidades, tecnologia, geopolítica, governo, entre outros temas. Buscando sempre atualizações diárias e assuntos relevantes, exponho um conteúdo rico, considerável e significativo. Para sugestões de pauta e feedbacks, faça contato no e-mail: avizzcaio12@gmail.com.

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