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Resíduos nucleares reciclados vão alimentar baterias espaciais para veículos lunares e de pouso da NASA

Escrito por Fabio Lucas Carvalho
Publicado em 26/09/2025 às 15:08
Resíduos nucleares reciclados alimentam baterias espaciais: amerício-241 com meia-vida de 430 anos impulsionará veículos lunares e pousadores da NASA
Resíduos nucleares reciclados alimentam baterias espaciais: amerício-241 com meia-vida de 430 anos impulsionará veículos lunares e pousadores da NASA
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Amerício-241 reciclado garante energia duradoura às baterias nucleares da NASA, viabilizando veículos lunares, sondas de pouso e infraestrutura no programa Artemis

A energia nuclear avança como solução para garantir a exploração espacial de longa duração. Uma empresa norte-americana está prestes a usar resíduos nucleares reciclados para fabricar baterias capazes de alimentar veículos lunares e sondas de pouso da NASA.

A Zeno Power, sediada em Washington, desenvolve sistemas de energia por radioisótopos (SPR) que utilizam amerício-241 (Am-241), um isótopo de longa duração que se mostra especialmente adequado para o espaço.

Energia nuclear para o programa Artemis

As baterias da Zeno fornecerão energia confiável para sobreviver à noite lunar e operar em regiões permanentemente sombreadas.

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Esses recursos são vitais para o programa Artemis e para a iniciativa “Lua a Marte” da NASA. Segundo a empresa, o amerício-241 permitirá ampliar a capacidade de funcionamento de veículos e infraestrutura em ambientes extremos da Lua.

O projeto marca uma mudança importante, já que até o momento os sistemas de energia espacial usavam o plutônio-238 (Pu-238). O suprimento limitado desse combustível e a demanda crescente por energia confiável aceleraram a busca por alternativas. Nesse cenário, o amerício surge como um suplemento sustentável e viável.

Parceria estratégica com a Orano

Para garantir o fornecimento contínuo de Am-241, a Zeno Power firmou um acordo estratégico com a Orano, empresa reconhecida mundialmente pela produção e gestão de materiais do ciclo do combustível nuclear. O contrato prevê investimento multimilionário da Zeno para obter acesso prioritário a grandes quantidades do isótopo produzidas na unidade de reciclagem da Orano em La Hague, na Normandia, França.

A parceria assegura uma cadeia de suprimento confiável e diversificada. Com isso, a Orano utilizará sua experiência em reciclagem de combustível nuclear usado para recuperar amerício-241, transformando um resíduo antes descartado em combustível valioso para missões espaciais.

Diferenciais do amerício-241

O Am-241 possui meia-vida superior a 430 anos, o que o torna ideal para sistemas que precisam funcionar por décadas.

Ele se forma naturalmente a partir da decomposição de outros isótopos presentes em combustíveis nucleares já utilizados. Essa característica permite à Orano posicionar-se como líder global na produção do material, aproveitando a estrutura de reciclagem existente.

De acordo com a Zeno, essa abordagem amplia a durabilidade das baterias e oferece maior autonomia às missões de exploração. Tyler Bernstein, cofundador e CEO da empresa, destacou que a estratégia multicombustível da Zeno combina amerício-241 para missões espaciais e estrôncio-90 para implantações marítimas e terrestres. Essa diversificação busca desbloquear operações tanto no mar profundo quanto no espaço profundo.

Valor agregado da reciclagem nuclear

O uso do amerício também reforça a importância da reciclagem no setor nuclear. Corinne Spilios, vice-presidente executiva da Unidade de Negócios de Reciclagem da Orano, afirmou que o trabalho com a Zeno demonstra como é possível agregar valor a materiais antes considerados resíduos. Segundo ela, recuperar o Am-241 mostra o potencial de transformar rejeitos em recursos estratégicos, viabilizando aplicações avançadas como os sistemas de energia espacial.

Esse acordo representa, portanto, uma mudança de paradigma: resíduos nucleares passam a ser vistos como fontes valiosas para missões de longo prazo no espaço, garantindo energia constante em condições onde outras tecnologias não conseguem operar.

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Fabio Lucas Carvalho

Jornalista especializado em uma ampla variedade de temas, como carros, tecnologia, política, indústria naval, geopolítica, energia renovável e economia. Atuo desde 2015 com publicações de destaque em grandes portais de notícias. Minha formação em Gestão em Tecnologia da Informação pela Faculdade de Petrolina (Facape) agrega uma perspectiva técnica única às minhas análises e reportagens. Com mais de 10 mil artigos publicados em veículos de renome, busco sempre trazer informações detalhadas e percepções relevantes para o leitor.

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