A ANM informa que o Brasil se tornará umas das maiores potencias mundiais na exploração de Lítio, minério este muito usado na fabricação de baterias. As atenções do mercado global deste setor estão voltadas ao Vale do Jequitinhonha – MG
A demanda internacional favorável e uma recente descoberta de reservas de lítio no Brasil causaram uma corrida pelo metal, usado em baterias elétricas, informa a Folha de São Paulo. Dois projetos em andamento elevarão o Brasil ao status de um dos maiores países produtores de lítio do mundo na próxima década, de acordo com dados da Agência Nacional de Mineração, ANM.
A ANM informa que 117 pedidos de pesquisa de lítio foram arquivados até dezembro. Isso é mais de três vezes a quantidade do ano passado e quase dez vezes o número de pedidos em 2016.
O interesse em trazer muitas expectativas para o Vale do Jequitinhonha, no norte de Minas Gerais, uma das partes mais pobres do Brasil, mas com um alto potencial, dadas as suas reservas de lítio.
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O lítio, às vezes chamado de “óleo do futuro” por seu potencial em carros movidos a eletricidade como um substituto dos motores de combustão, é um bem-vindo produto nos mercados internacionais.
Os preços do lítio dispararam recentemente devido a uma corrida para encontrar novas reservas, que, por sua vez, foram causadas pelos planos dos países desenvolvidos de reduzir as emissões de carbono. Montadoras como a Volkswagen já anunciaram metas para acabar com a produção de carros movidos a combustíveis fósseis, e vários países europeus estabeleceram prazos para motores de combustão.
Atualmente, a produção brasileira de lítio é em pequena escala, concentrada em Araçuaí, Minas Gerais, voltada para o mercado interno de lubrificantes e cerâmicas. Mas os novos investimentos em levantamento de novas reservas já estão fazendo mudanças no setor.
“A participação do Brasil no mercado de lítio foi tímida. Mas agora, com a demanda por motores elétricos, a indústria está despertando ”, diz Ivan Jorge Garcia, especialista em recursos minerais da ANM.