1. Início
  2. / Ciência e Tecnologia
  3. / Réptil marinho de 3 metros e pescoço gigante que viveu há 183 milhões de anos é descoberto na Alemanha
Tempo de leitura 3 min de leitura Comentários 0 comentários

Réptil marinho de 3 metros e pescoço gigante que viveu há 183 milhões de anos é descoberto na Alemanha

Escrito por Ruth Rodrigues
Publicado em 06/08/2025 às 08:51
A descoberta do réptil marinho foi feita na Alemanha, e traz novas informações sobre a biodiversidade marinha do período Jurássico.
A descoberta do réptil marinho foi feita na Alemanha, e traz novas informações sobre a biodiversidade marinha do período Jurássico.
Seja o primeiro a reagir!
Reagir ao artigo

A descoberta do réptil marinho foi feita na Alemanha, e traz novas informações sobre a biodiversidade marinha do período Jurássico.

Um réptil marinho de cerca de 3 metros, com pescoço extremamente longo, acaba de ser oficialmente reconhecido por cientistas como uma nova espécie.

O animal viveu há 183 milhões de anos, durante o período Jurássico, e seus restos fossilizados estavam armazenados desde 1978 no Museu Estadual de História Natural de Stuttgart, na Alemanha.

Agora, graças a uma análise mais aprofundada, a espécie foi nomeada Plesionectes longicollum.

Fóssil ficou décadas guardado antes de ser estudado

Segundo Sven Sachs, do Naturkunde-Museum Bielefeld e autor principal do estudo, o fóssil já fazia parte de coleções científicas há décadas, mas nunca havia sido completamente investigado.

Fóssil que permitiu a nova classificação foi escavado em 1978 em uma pedreira em Holzmaden.
Fóssil que permitiu a nova classificação foi escavado em 1978 em uma pedreira em Holzmaden.

“Nosso exame detalhado revelou uma combinação incomum de características esqueléticas que o distinguem claramente de todos os plesiossauros conhecidos até então”, afirmou Sachs.

O exemplar foi escavado originalmente em Holzmaden, uma região famosa pelos depósitos fossilíferos de xisto da formação Posidonia.

Réptil marinho viveu em um período de grandes transformações

O estudo também destaca o contexto em que esse réptil marinho viveu: o início do período Toarciano, fase marcada por mudanças ambientais intensas, incluindo um evento anóxico oceânico — quando partes do oceano ficaram sem oxigênio.

Para o coautor Dr. Daniel Madzia, a descoberta representa um avanço:

“Esta descoberta acrescenta mais uma peça ao quebra-cabeça da evolução dos ecossistemas marinhos durante um período crítico da história da Terra.”

Réptil de 3 metros com pescoço longo desafia classificações antigas

Inicialmente, o fóssil foi classificado como pertencente ao gênero Microcleidus. Essa espécie tem como característica principal o pescoço com 40 vértebras e uma cauda curta com 28 vértebras.

No entanto, análises posteriores notaram diferenças consideráveis no esqueleto, ainda que por anos o reconhecimento oficial de uma nova espécie tenha sido adiado, principalmente por conta da má conservação do crânio e do estágio jovem do animal.

Análise atual confirma espécie nova para a ciência

Na avaliação mais recente, os cientistas conseguiram realizar uma descrição osteológica completa do fóssil.

Isso permitiu reinterpretar algumas características importantes e confirmar que se tratava de um novo táxon.

“A presença de um conjunto único de caracteres osteológicos justifica a criação de um novo gênero e espécie”, diz o estudo.

Com cerca de 3 metros de comprimento, o Plesionectes longicollum aumenta a diversidade de répteis marinhos já conhecidos da formação Posidonia.

A descoberta do Plesionectes longicollum contribui para ampliar o conhecimento sobre os répteis marinhos que habitaram os oceanos há cerca de 183 milhões de anos.

O fóssil representa um importante registro paleontológico que ajuda a compreender como esses animais evoluíram em um período marcado por transformações ambientais significativas no planeta.

Inscreva-se
Notificar de
guest
0 Comentários
Mais recente
Mais antigos Mais votado
Feedbacks
Visualizar todos comentários
Ruth Rodrigues

Formada em Ciências Biológicas pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), atua como redatora e divulgadora científica.

Compartilhar em aplicativos
0
Adoraríamos sua opnião sobre esse assunto, comente!x