Modelos novos e usados começam a surgir no mercado nacional por valores abaixo de R$ 100 mil, abrindo espaço para quem busca entrar no universo dos elétricos com menor investimento inicial.
Encontrar carro elétrico por menos de R$ 100 mil ainda é exceção no país. Hoje, entre os 0 km, quem ocupa esse espaço é o Renault Kwid E-Tech, tabelado a R$ 99.990.
As demais opções chegam a essa faixa no mercado de seminovos, fenômeno ligado à desvalorização típica dos primeiros anos e à entrada de modelos mais competitivos.
A seguir, cinco opções que podem ser garimpadas até esse teto, com dados de autonomia (Inmetro), bateria e dimensões para orientar a escolha.
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Renault Kwid E-Tech: carro elétrico 0 km mais barato
Importado da China e vendido na configuração Intense, o Kwid E-Tech é hoje o elétrico novo mais barato do Brasil, com preço público sugerido de R$ 99.990.
O conjunto entrega 65 cv e 11,5 kgfm, alimentados por bateria de 26,8 kWh. A autonomia homologada pelo Inmetro é de 185 km.
Em desempenho, cumpre 0 a 100 km/h em 14,6 s e atinge 130 km/h. Pelo porte, é um subcompacto: 3,73 m de comprimento, 2,42 m de entre-eixos e 290 litros de porta-malas.
A recarga aceita AC até 7,4 kW e DC até 30 kW, com tempos usuais de 15% a 80% na casa de minutos em carga rápida.
BYD Dolphin Mini: hatch usado abaixo de R$ 100 mil
O Dolphin Mini, líder entre os elétricos em diversas praças, começou a surgir nos classificados por valores próximos ou até ligeiramente abaixo de R$ 100 mil, a depender de ano, versão e quilometragem.
Na referência recente, a Tabela Fipe da configuração de entrada gira em torno de R$ 106,6 mil. Ainda assim, anúncios pontuais podem ficar abaixo disso no mercado real.
Lançado em 2024, o hatch traz motor de 75 cv e 13,8 kgfm, bateria LFP de 38 kWh e autonomia de 280 km (Inmetro).
Faz 0 a 100 km/h em 14,9 s, mede 3,78 m de comprimento, tem 2,50 m de entre-eixos e 230 litros no porta-malas. A recarga trabalha em 6,6 kW (AC) e até 40 kW (DC).
Em 2025, o modelo passou a contar com versão de cinco lugares; as unidades mais baratas costumam ser as de quatro lugares dos primeiros lotes.
Nissan Leaf: clássico entre os elétricos
Ícone dos elétricos, o Nissan Leaf deixou de ser importado oficialmente em 2024, o que ampliou a oferta de usados a preços mais agressivos.
Já há anúncios de 2022 anunciados na casa dos R$ 99 mil, valor inferior à média da própria Fipe para o ano.
O hatch médio utiliza motor de 149 cv e 32,6 kgfm, com bateria de 40 kWh e autonomia de 273 km (Inmetro).
A aceleração de 0 a 100 km/h em 7,9 s destaca o bom desempenho. Em dimensões, são 4,48 m de comprimento e 2,70 m de entre-eixos, com 435 litros de porta-malas.
Para quem busca espaço interno e rodagem mais confortável, o Leaf permanece como opção consistente no mercado de usados elétricos.
JAC E-JS1: opção acessível na Tabela Fipe
Entre os modelos que aparecem na Fipe abaixo de R$ 100 mil, o JAC E-JS1 2023 é destaque: a referência mais recente aponta valor na casa de R$ 86 mil.
Voltado ao uso urbano, traz motor de 62 cv e 15,3 kgfm, bateria de 30,2 kWh e autonomia de 161 km (Inmetro).
Com 3,65 m de comprimento e 2,39 m de entre-eixos, prioriza manobrabilidade e eficiência. O porta-malas tem 121 litros.
Em carregamento, trabalha com AC e DC, geralmente com tempos inferiores aos de compactos a combustão na rotina de recargas noturnas em tomada ou wallbox.
Pelo preço praticado e custo de uso, costuma ser uma porta de entrada competitiva para a mobilidade elétrica.
Caoa Chery iCar EQ1: compacto com suspensão independente
Outro pioneiro entre os elétricos urbanos, o Caoa Chery iCar EQ1 deixou de ser importado em 2023, mas segue presente nos classificados por menos de R$ 100 mil. Na Fipe 2023, a referência usual para o hatch fica em R$ 88.266.
O conjunto utiliza motor de 61 cv e 15,3 kgfm, bateria de 30,8 kWh e autonomia declarada de 197 km.
O iCar é um subcompacto de duas portas, com 3,20 m de comprimento, 2,15 m de entre-eixos e porta-malas de 100 litros.
Um diferencial técnico é a suspensão independente nas quatro rodas, recurso raro no segmento e que favorece o conforto em piso irregular.
Para deslocamentos curtos e garagens apertadas, é uma alternativa que maximiza compacidade sem abrir mão de equipamentos.
O que avaliar antes da compra
Apesar do apelo do preço, convém avaliar histórico de uso, estado da bateria e tipo de recarga compatível de cada unidade.
Em elétricos, a variação de autonomia com clima, relevo e estilo de condução é parte do uso normal.
Por isso, a etiqueta Inmetro serve como referência padronizada, não como garantia fixa.
Verificar cabo, adaptadores e padrão de conector também evita surpresas na rotina de recarga.
Para quem procura o primeiro elétrico, o Kwid E-Tech 0 km segue como atalho para fugir da incerteza de histórico.
Já Dolphin Mini e Leaf aparecem como seminovos com bom custo-benefício quando o objetivo é mais autonomia ou mais espaço.
E-JS1 e iCar são escolhas essencialmente urbanas, priorizando tamanho contido e baixo custo por quilômetro.
Qual desses perfis atende melhor ao seu uso diário — autonomia maior para intermunicipais, espaço de família, ou compacidade extrema para a cidade?