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Relatório americano denuncia Brasil como maior mercado de pirataria do mundo e ameaça relações comerciais bilionárias com Washington

Escrito por Bruno Teles
Publicado em 13/09/2025 às 21:45
Relatório dos Estados Unidos classifica a pirataria no Brasil como a maior do mundo, citando Hollywood e fragilidade na propriedade intelectual. A denúncia da Seção 301 ameaça relações comerciais bilionárias entre Brasília e Washington.
Relatório dos Estados Unidos classifica a pirataria no Brasil como a maior do mundo, citando Hollywood e fragilidade na propriedade intelectual. A denúncia da Seção 301 ameaça relações comerciais bilionárias entre Brasília e Washington.
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Documento divulgado nos Estados Unidos classifica o Brasil como o maior mercado de pirataria do mundo, citando streaming ilegal, falsificação de produtos e fragilidade na proteção de patentes, segundo análise do advogado Davi Aragão.

O mais recente relatório norte-americano sobre propriedade intelectual trouxe uma denúncia grave: o Brasil foi apontado como o maior mercado de pirataria do mundo. A constatação não se restringe ao consumo irregular de filmes e séries, mas envolve também falsificação em larga escala, pirataria digital e falhas estruturais no sistema de registro de patentes. O impacto dessa classificação pode ir além da reputação do país, afetando diretamente as relações comerciais bilionárias entre Brasília e Washington.

Segundo o advogado Davi Aragão, que acompanha de perto a repercussão do documento, o mercado ilícito no Brasil já movimenta cifras expressivas e ameaça setores como audiovisual, farmacêutico e tecnológico. Além de prejudicar multinacionais, o fenômeno mina o desenvolvimento de empresas brasileiras que tentam inovar e proteger suas criações.

Quem denunciou e por que o Brasil foi citado

O relatório faz parte da chamada Seção 301, instrumento usado pelos Estados Unidos para monitorar práticas que afetam interesses comerciais americanos.

Nele, o Brasil é descrito como o maior consumidor e distribuidor de produtos piratas e falsificados, incluindo desde o famoso “gatonet” até a venda em polos populares como a Rua 25 de Março, em São Paulo.

A denúncia cita Hollywood como uma das principais vítimas, já que conteúdos de filmes e séries são reproduzidos em plataformas ilegais sem pagamento de royalties.

Para os EUA, o problema não está apenas no consumo, mas na ausência de uma política pública consistente de combate, já que operações policiais pontuais não conseguem alterar a realidade.

Quanto a pirataria impacta o comércio internacional

De acordo com Davi Aragão, as perdas para a indústria americana são bilionárias, já que empresas de tecnologia, farmacêuticas e produtoras de conteúdo dependem da proteção de patentes e direitos autorais para garantir retorno sobre seus investimentos.

Em alguns casos, uma patente leva até nove anos para ser registrada no Brasil, reduzindo pela metade o tempo de exploração legal de uma invenção que, em tese, deveria durar 20 anos.

Esse gargalo amplia o espaço para falsificações, afetando diretamente empresas que investem pesado em pesquisa.

Seja em medicamentos, softwares ou produtos culturais, a pirataria no Brasil compromete acordos comerciais e desestimula novos aportes internacionais.

Onde a pirataria é mais evidente no Brasil

O relatório aponta exemplos concretos.

Além do “gatonet”, que distribui ilegalmente sinais de TV por assinatura e streaming, a 25 de Março foi citada como símbolo da venda massiva de produtos falsificados.

Marcas americanas de roupas, eletrônicos e acessórios estão entre as mais afetadas.

O problema não se restringe ao comércio informal.

Milícias e organizações criminosas já transformaram a pirataria em fonte de renda, ampliando a complexidade do combate.

O efeito imediato é a perda de arrecadação tributária, que atinge tanto o governo quanto empresas que atuam legalmente no país.

Por que os EUA pressionam e quais podem ser as consequências

Os Estados Unidos veem a proteção à propriedade intelectual como questão estratégica para manter sua liderança econômica.

Quando países como o Brasil são classificados como frágeis nesse aspecto, abre-se espaço para retaliações comerciais, barreiras tarifárias e até restrições em acordos bilaterais.

Segundo Davi Aragão, o Brasil corre o risco de sofrer sanções indiretas caso não adote medidas mais duras contra a pirataria.

A imagem do país como ambiente seguro para investimentos pode ser comprometida, reduzindo a atração de empresas globais em setores de alto valor agregado.

Vale a pena para o Brasil enfrentar esse problema?

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Para especialistas, a resposta é clara: enfrentar a pirataria é fundamental não só para atender pressões externas, mas também para fortalecer a economia interna.

Cada produto falsificado representa perda de empregos formais, evasão fiscal e risco à saúde e à segurança dos consumidores.

Por outro lado, a falta de políticas consistentes, aliada à lentidão do sistema de patentes, cria um ciclo em que a pirataria segue crescendo.

A solução exigiria investimento em fiscalização contínua, modernização dos processos do INPI (Instituto Nacional da Propriedade Industrial) e políticas públicas que incentivem o consumo legal de bens culturais e tecnológicos.

O relatório que classifica o Brasil como o maior mercado de pirataria do mundo acende um alerta não apenas para as relações com os Estados Unidos, mas para o próprio futuro econômico do país.

Sem enfrentar a pirataria de forma estruturada, o Brasil continuará perdendo investimentos, arrecadação e credibilidade internacional.

Você acredita que o Brasil deve endurecer as políticas contra pirataria para evitar sanções dos EUA ou considera que o problema está em outro ponto, como a falta de acesso a produtos e serviços legais? Deixe sua opinião nos comentários — sua visão pode enriquecer esse debate.

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Bruno Teles

Falo sobre tecnologia, inovação, petróleo e gás. Atualizo diariamente sobre oportunidades no mercado brasileiro. Com mais de 7.000 artigos publicados nos sites CPG, Naval Porto Estaleiro, Mineração Brasil e Obras Construção Civil. Sugestão de pauta? Manda no brunotelesredator@gmail.com

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