A iniciativa do Banco Mundial reforça a regulação de emissões de metano e apoia a ANP no avanço de políticas sustentáveis para o setor de petróleo, gás e energia limpa no país
A regulação de emissões de metano ganhou novo impulso no Brasil com o lançamento de uma licitação internacional pelo Banco Mundial, por meio do programa Global Flaring and Methane Reduction Partnership (GFMR), segundo uma matéria publicada.
A iniciativa tem como meta selecionar uma empresa especializada para conduzir uma campanha de detecção de emissões em três unidades de produção de petróleo e gás natural, marcando um avanço significativo no compromisso global pela redução de gases de efeito estufa.
Essa ação integra um esforço conjunto entre o Banco Mundial e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), com execução prevista para o primeiro trimestre de 2026 e duração estimada entre oito e dez semanas.
-
Tenenge fecha contrato com Petrobras para obras na Refinaria Abreu e Lima e prevê a abertura de 1.500 vagas de emprego
-
Gás de Cozinha: Mudanças da ANP podem ameaçar segurança
-
Petróleo volta a cair e atinge menor valor desde maio: excesso de oferta, tensões comerciais e trégua no Oriente Médio redefinem cenário global da commodity
-
Milhões de litros de gasolina e diesel apreendidos no Brasil ganham destino inédito após acordo histórico que promete acabar com o risco ambiental e salvar bilhões em perdas
O encerramento do processo de licitação está programado para 11 de novembro de 2025, e a expectativa é que os resultados fortaleçam a capacidade técnica e regulatória da ANP, contribuindo diretamente para políticas mais eficazes no controle ambiental da indústria energética.
Monitoramento ambiental e capacitação técnica fortalecem a indústria energética
A campanha de detecção de metano é considerada uma das ações mais estratégicas da parceria ANP–Banco Mundial.
Além de mapear as fontes de vazamento e dispersão, a iniciativa proporcionará capacitação técnica para servidores públicos, ampliando o conhecimento sobre o monitoramento ambiental em áreas de exploração e produção.
Com isso, o Brasil passa a integrar um grupo de países que priorizam a redução de emissões fugitivas no setor de energia, alinhando-se a compromissos internacionais de sustentabilidade e mitigação climática.
A regulação de emissões de metano ganha, portanto, papel central não apenas na redução de impactos ambientais, mas também na modernização das práticas operacionais da indústria petrolífera, que busca eficiência e transparência em suas ações de controle.
Regulação de emissões de metano e o avanço da agenda regulatória da ANP
A regulação de emissões de metano está inserida na Agenda Regulatória 2025–2026 da ANP, que prevê medidas para aprimorar a fiscalização e criar um marco regulatório sólido para o tema.
Os resultados da campanha apoiada pelo Banco Mundial irão alimentar o inventário nacional de emissões de metano, permitindo uma base técnica mais robusta para decisões políticas e regulatórias.
Essa estrutura contribuirá para o fortalecimento da transparência dos dados ambientais, auxiliando o país a cumprir metas climáticas e ampliar o acesso a financiamentos internacionais voltados à energia limpa e sustentável.
A consulta pública sobre o estudo preliminar que fundamenta essa regulamentação segue aberta até 6 de novembro de 2025, estimulando a participação de empresas, especialistas e sociedade civil.
Energia limpa e sustentabilidade no setor de petróleo e gás
O movimento coordenado pelo Banco Mundial e pela ANP reforça o compromisso brasileiro com a transição energética e a adoção de práticas ambientais responsáveis.
A integração entre tecnologia, fiscalização e capacitação técnica é vista como essencial para reduzir o desperdício de gás natural e mitigar impactos do metano, um gás com potencial de aquecimento 80 vezes superior ao do dióxido de carbono (CO₂) em um horizonte de 20 anos.
Essa ação não apenas moderniza a governança ambiental do setor, como também posiciona o Brasil como referência regional na busca por energia limpa e desenvolvimento sustentável.
A continuidade dessas iniciativas representa um passo concreto para consolidar a regulação de emissões de metano como eixo estratégico de políticas ambientais e energéticas no país.