A intenção da construção das refinarias advém de empresários do ramo do petróleo. Investimentos somam cerca de R$ 6,8 bilhões
Empresários do ramo de petróleo e gás anunciaram a intenção de construir três refinarias de petróleo no Espírito Santo, com a criação de pelo menos 3.600 empregos. Investimento somam cerca de R$ 6,8 bilhões.
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Dois dos empreendimentos são planejados para Presidente Kennedy; e outro, para Aracruz, ambas no Estado do Espírito Santo.
Segundo matéria publicada pelo Tribuna Online, o projeto para Kennedy é da gigante americana Oil Group, em parceria com Energy Platform, e inclui uma unidade para produzir combustível e uma minirrefinaria para a produção de lubrificantes. A previsão é de produzir até 30 mil barris por dia, ao todo. O investimento é de R$ 2,5 bilhões.
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O CEO (executivo) da Energy Platform, Márcio Félix, disse que a ideia é que ambos os empreendimentos sejam instalados anexos a um porto que será construído no litoral Sul do Estado. “A de lubrificantes pode ir para o Norte, provavelmente em Jaguaré ou São Mateus, mantendo a refinaria no Sul. A questão é de sinergia: as duas juntas vão gerar economia de escala”, conta.
A refinaria, diz Félix, vai produzir derivados como óleo diesel, gasolina e combustível marítimo — este último, o principal objetivo da refinaria.
“Estamos na fase de viabilidade econômica. Na prática, poderá criar 500 empregos na operação e 1.500 na construção. Isso pode demorar um pouco, mas estou confiante no investimento no Espírito Santo, com foco no mercado interno, marítimo”, disse, sem estimar datas para as obras.
O outro projeto é da Noxis Energy, com investimento previsto em US$ 800 milhões (R$ 4,3 bilhões) — valor que pode subir ou diminuir dependendo da proximidade da área com o mar. Gabriel Debellian, CEO da Noxis Energy, aguarda a liberação de uma área em Aracruz para o projeto, com previsão de produzir 50 mil barris ao dia, focando no combustível marítimo de baixo teor de enxofre e diesel marítimo.
“Há previsão de 1.500 empregos na construção e de 140 na operação, que será muito moderna e automatizada, abrindo oportunidades para técnicos de petróleo, de laboratório, técnicos em manutenção, com operação em três turnos”, disse.
A área prevista para a construção, ressalta Debellian, é o impasse. “Recebemos uma área da prefeitura que foi considerada imprópria. Dependemos disso para manter o empreendimento no Espírito Santo.”
“Temos uma área (pública) que será trocada com uma empresa da região para pegar em troca uma área (pertencente à indústria) que atenda ao projeto. É um processo que, por ser no setor público, tem burocracias, temos de fazer avaliações, olhar o valor de metro quadrado das áreas. Mas já estamos fazendo avaliação”, disse Balestrassi. Segundo ele, a empresa já demonstrou interesse na troca.
“Mas o processo precisa ir à Câmara, o que pode demorar de 4 a 5 meses.”
Questionado se a demora pode levar o investimento para outro município, o secretário disse que, enquanto isso, a Noxis pode já ir fazendo estudos de viabilidade e captação de investidores. “O acordo verbal já foi feito.” Ele espera investimentos, ao todo, de R$ 4 bilhões, com a atração de mais empresas, como de logística.